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2808 Words
MASSIMO Encaro Manni, meu guarda-chefe, enquanto ele leva Emelia embora. Se tivesse acabado aqui, eu mesmo a levaria para casa. Não ele. Já sinto meu sangue fervendo ao vê-lo tocá-la. Observando-o tocar o que é meu. A princesa Balesteri, uma mulher considerada valorizada. Ela é a princesa trancada na torre. Acabei de movê-la de uma torre para outra. A diferença dessa história é que não haverá príncipe para salvá-la. Ninguém virá para lhe dar liberdade. Ela é o espólio da guerra. O troféu que vim colecionar. Se eu fosse um homem melhor, sentiria pena dela. Ela é uma vítima, uma peça no tabuleiro de xadrez que agora me pertence. — Está feito, — diz aquele filho da p**a do Marzetti. Volto meu foco para eles enquanto ele aplica o selo da família Balesteri no contrato. — Bom, — Pa diz, retomando a liderança nesta nossa visita. Embora eu possa sentir o olhar raivoso de Riccardo em mim, observo Marzetti enquanto junta o contrato e os demais documentos com a nossa oferta e começa a colocá-los em um envelope. Ele é o que eu chamo de 'homem sim'. Um merda irritante e covarde que faz o que lhe mandam. Isso é o que ele faz. Vermes que trabalhavam para Riccardo na época. Encaro o i****a e me pergunto se ele se lembra de mim quando menino. Tenho certeza que sim. Ele está olhando para mim como se se lembrasse de mim muito bem. Quando ele e sua companhia de filhos da p**a vieram para expulsar minha família de nossa casa, eu o encarei como estou agora. Naquela época, ele riu de mim e me chamou de criança tola. Eu tinha dez anos de idade. Agora tenho vinte e nove anos e estou prestes a assumir o império do meu pai. Um império que ele construiu do nada que tínhamos. Com a entrega da liderança, o pagamento da dívida virá para mim. Ao contrário da criança tola que fui chamado, agora possuo Emelia e cerca de sessenta por cento de todos os ativos da Balesteri. O resto virá quando ela fizer vinte e um anos. O poder é uma coisa linda. É muito melhor quando você pode prová-lo e senti-lo correndo em suas veias. Marzetti não está rindo agora. Ele está muito assustado, igual ao diabo do Riccardo. Pa e eu estamos aqui ante eles, e estamos longe de ser impotentes, inúteis ou indefesos. Ao contrário daquele dia no cemitério, não há nada que alguém seria capaz de fazer se matássemos todos os filhos da p**a nesta casa. A morte foi o que ameaçamos, mas não vamos por esse caminho porque queremos muito mais do que isso. Queremos destruir Riccardo e vê-lo queimar no inferno. — Eu devo ir agora? — Marzetti pergunta quando terminou. Eu quase ri. Ele parece estar pronto para se cagar. Riccardo parece ainda pior pelo fato de que seu amado advogado teve que nos pedir permissão para sair. — Você pode, — Pa responde. Não precisamos de um advogado para o que acontece a seguir. É um negócio do Sindicato e, como tal, será tratado entre nós. Será interessante assistir. Continuo a olhar para Marzetti, que sai correndo daqui, correndo como o rato que é. — Deixe-nos, — diz Riccardo a seus homens, e eles seguem. Agora somos só nós três. Riccardo pega sua cadeira e eu ando de volta para a minha. — De volta aos negócios, — diz Pa com um sorriso presunçoso bem merecido. Ainda não terminamos com Riccardo. Levar Emelia foi apenas o primeiro ato. Este nosso plano foi bem pensado. É o que você chama de verdadeira arte da guerra - saber quando levar seu inimigo exatamente onde você quer que ele esteja e atacar não no ponto em que ele está ferido, mas quando você sabe que ele anda na linha entre a vida e a morte e apenas um milagre o salvará. É aí que Riccardo está, e o filho da p**a sabe disso. — Você não pode simplesmente tirar meus direitos de voto, — diz Riccardo, tentando manter seu tom sob controle. — Eles são o que me ligam ao Sindicato. Que tipo de m****o eu seria sem meus direitos de votar e sem tomar decisões? — Essa não é minha preocupação. Eu quero seus direitos de voto, ou o negócio está cancelado, — Pa responde. Meu pai está aqui comigo para garantir a última coisa que esse idiota possui: seus direitos de voto no Sindicato, a Irmandade. Como Riccardo, meu pai é um dos líderes do Sindicato. Os direitos de voto igualam o poder e o controle. Eles dão o controle e tiram o controle. Este é o ato final do meu pai como chefe. Seu último presente para mim antes de me entregar o império D'Agostino. Nossa exigência pelo direito de voto de Riccardo foi o choque que enfrentamos pouco antes de Emelia entrar. Foi por isso que ele se comportou daquele jeito com ela. Choque e desespero o consumiram. Choque ao saber que tínhamos tanto poder e descobrimos seus segredos. Desespero por estar encurralado em um canto. Nós ameaçamos matá-lo pelo dinheiro que ele nos deve. Ou, oferecer a ele uma saída que também destruiria sua b***a. A oferta era esta: sua amada filha e o novo conjunto de apartamentos de luxo que ele comprou no início do ano para a dívida, mais seus direitos de voto em troca de nosso silêncio sobre seus crimes contra o Sindicato por quebrar a crença . — Você me dará, ou eu não hesitarei em informar a Irmandade de seus erros grosseiros. Duvido que você queira isso em suas mãos. O terror faz gotas de suor se formarem no lábio superior de Riccardo. Bastardo. Ele é um i****a por pensar que nós, de todas as pessoas, vamos deixá-lo argumentar conosco. É sortudo. Isso é o que ele é. Sorte que só queremos destruí-lo em vez de apenas matar sua b***a. O filho da p**a fez a única coisa que não se deve fazer em nosso mundo: subestimar. Ele nunca pensou que alguém descobriria seu segredo de que está à beira da falência. E que ele é um ladrão. — Você está adorando isso, não é? — Riccardo zomba. — Sim, estou, — Pa responde, curto, doce e sucinto, sabendo que Riccardo não quer o Sindicato em sua b***a. Eu disfarço um sorriso enquanto vejo um sorriso de vitória dançar nos lábios do meu pai. Riccardo se achava intocável, mas todo mundo perde às vezes. Foi o que aconteceu com ele. Fez uma grande aposta quando começou a trabalhar com membros do Cartel e jogou com dinheiro do Sindicato. Milhões se foram assim. Ele perdeu tudo e teve que recorrer a nós para obter ajuda. Nós, seus inimigos. Veio até nós porque sabia que não poderia ir para mais ninguém. Talvez tenha pensado que poderia usar a amizade perdida que ele e meu pai uma vez compartilharam. Então a pior coisa aconteceu com ele quando não pôde nos pagar de volta. Mas eu sabia que isso aconteceria. Ele caiu direto na armadilha. — Giacomo, você levou minha filha, — lembra Riccardo ao Pa. — Nós não passaremos por isso de novo, Riccardo, — Pa responde, imitando seu tom. — É um assunto sério. — Isso não está em discussão, — acrescenta Pa, cortando o silêncio tenso que se tornou tão denso no ar que parece tangível. Como se eu pudesse pegar meu canivete e cortá-lo. — Não vejo como você acha que é certo fazer isso comigo. — Eu não me importo com o que você acha que é certo ou errado. Esta é a maneira que será. Decida agora. Não temos a p***a da noite toda. Devo fazer a ligação agora para a Irmandade? Ou você vai me entregar o que eu quero? Riccardo olha de volta, fúria transbordando em seus olhos junto com medo. Além de nós, a Irmandade do Sindicato é composta por duas outras poderosas famílias criminosas italianas e duas famílias Bratva. Eles não ficarão satisfeitos em saber como Riccardo vem se beneficiando de seus investimentos nos últimos dez anos e quanto roubou. Ele sabe que irão matá-lo. Eles vão lidar com a morte exatamente como ele ameaçou no funeral da minha mãe. Começaria com ele, depois matariam sua filha, sua família e amigos. Todo mundo que ele conhece daqui e da Itália. O Sindicato é uma sociedade secreta de famílias criminosas criado para proteger a riqueza e permitir que seus membros floresçam em mais riqueza. Se atravesse em seu caminho e quebre a crença, e isso significa morte para todos que você conhece. Não há saída. Este filho da p**a egoísta, no entanto, está apenas preocupado consigo mesmo. Eu sei isso. Ele sabe que vamos matá-lo também, e seremos capazes de fazê-lo sem retaliação por tudo o que ele fez. A morte, no entanto, é boa demais para ele. Fez exatamente o que queríamos. Queríamos ver o i****a cair e desmoronar. Ver seu rosto enquanto ele perde tudo. É interessante. Eu pensei que sua filha poderia ter sido sua única coisa boa, mas não é. Riccardo Balesteri valoriza seu dinheiro e poder. A única coisa boa em sua vida era o seu direito de voto no Sindicato. O homem me deixa doente. Ele está mais magoado por perder isso do que vender sua filha. — O que será, Riccardo? — Pa pergunta e oferece outro contrato para ele. Essa teria a mesma redação que o que Emelia assinou. Mas precisa ser assinado com sangue. — Seu desgraçado. Você tinha que levar tudo, — Riccardo diz e olha de Pa para mim. Sentei-me e cuidei do meu lugar, permitindo que meu pai falasse. Agora é minha vez. — Seja grato para c*****o por termos deixado você com o teto sobre sua cabeça e as roupas em suas costas, — respondo, e ele me lança um olhar afiado. Não me dirá nada. Eu posso dizer que ele ainda está abalado pelo jeito que peguei sua mão mais cedo. Eu ia quebrá-lo. Retribuição pela façanha que ele fez em mim no funeral de Ma. Eu teria feito minha vingança e quebraria a p***a da mão dele em vários lugares. Estou esperando há muito tempo para encontrar uma maneira de pegá-lo e, embora tenha visto esse homem várias vezes desde o funeral de minha mãe, me segurei. O que me impediu foi ela. Emelia. Meu coração frio e morto despertou um pouco, e tive pena da princesa. Foi como ela olhou quando implorou por seus sonhos e sua arte que me pegou. Ver-me quebrar a mão de seu pai teria sido demais para ela. Teria contribuído para a bomba que lançamos à noite. — Nós não temos a noite toda, Riccardo, — afirma Pa em uma voz ameaçadora. A contragosto, Riccardo pega o contrato, examina-o e pega um canivete de sua gaveta. Um sorriso dança em meus lábios quando ele corta a ponta do polegar e o sangue pinga na linha pontilhada. — Lá. Você tem tudo agora. — Ele olha para mim. — Você tem tudo. — Tenho, e você não tem nada, — eu respondo. — Será muito interessante ver o que acontece a seguir. Definitivamente interessante ver o que acontece quando eu me casar com sua filha, arruinando seus malditos planos. Rapaz, esse bastardo já teve seu quinhão de planos. Na Páscoa, ele exibiu sua filha ao submundo no baile beneficente. Todos nós a vimos pela primeira vez. Sem que ela soubesse, esse evento era o que chamamos de Visualização, um sinal para começar a licitar. Ele a exibiu como um pedaço de carne à venda, e como ela tem sido o assunto do submundo desde então, posso imaginar quantos lances ele deve ter recebido. No minuto em que a vi, soube que o filho da p**a queria casá-la e garantir algum acordo de negócios com um casamento. Então descobrimos o que ele estava fazendo com o Sindicato e o problema que ele estava enfrentando por causa de todo o dinheiro que perdeu. Eu sabia exatamente como atacar então. — Você não vai se safar dessa, — ele avisa. Estou surpreso que ele tenha a coragem de dizer isso para mim. Eu me inclino para a frente e seguro seu olhar. — Acho que já o fiz. — Pego o contrato e entrego a Pa, que o aceita com prazer. Quando olho para este demônio diante de mim, penso no dia no cemitério quando jurei vingança. Este é apenas o começo. Ele está falido, não tem filha para garantir qualquer forma de casamento comercial, não tem bens para vender, e a herança de Emelia chegará a mim dentro de alguns anos. Sem seus direitos de voto e a terrível situação financeira, ele é inútil pra c*****o. Essa é uma maneira certa de ser expulso do Sindicato. O Sindicato é um sonho que você espera que aconteça. Pelo que previmos de suas perdas, Riccardo não será capaz de se reconstruir. Assim que ficar claro que seu negócio está falindo, ele será inútil para o Sindicato. O que queremos é que eles o coloquem para fora como um não-iniciado. Esse é o objetivo final. Riccardo não é e******o. Ele saberá que é para isso que estamos nos preparando. Assim como ele fez com o pai quando éramos mais jovens. Esse foi o começo de como perdemos tudo e a vida difícil que se seguiu. Pa não foi iniciado depois que o Sindicato o considerou inútil. Isso foi depois que Riccardo roubou o que deveria ser um consórcio que se tornou a Balesteri Investments. Olho por olho, dente por maldito dente. Uma vez que o Sindicato chutar o traseiro dele, Riccardo não terá nada, e ele não será nada. Pa limpa a garganta e se levanta. Eu também. — É um prazer fazer negócios com você, Riccardo, — diz Pa. — Vou entrar em contato com a Irmandade e informá-los sobre o que está acontecendo em termos de seus direitos. Ricardo olha para trás sabendo que não tem uma perna para se apoiar. Saímos, deixando-o com seus pensamentos. Exatamente onde o queremos. Ele sabe que só vai ladeira abaixo a partir daqui. Os homens nos seguem, e papai e eu paramos nos degraus quando saímos. Olho para os terrenos da mansão. É linda e vale milhões com o design e a terra ao seu redor. — Nós deveríamos ter tomado a propriedade também, — afirmo. — Não, temos que deixá-lo com uma base para que possamos observar seus próximos movimentos, — responde o pai. — Lar é onde está o coração, mesmo para aqueles com almas sombrias. Ele estará planejando seus próximos movimentos aqui. — Sim, imagino que sim, — concordo. Eu só queria realmente deixá-lo na merda, colocá-lo na beira da estrada com um saco de papel se pudesse. Ainda não seria suficiente. — Ele tentará coisas. Nós o incapacitamos muito, mas não o subestime. — Não subestimarei. Ele descansa a mão no meu ombro. O orgulho incha seus olhos. Ver isso em um homem como ele para mim é uma grande conquista. Meu pai é o tipo de homem que passou pelo inferno e voltou. Ele governa com uma mão de ferro que mostra a extensão de seu poder. Eu o vi no seu mais baixo, cortado como grama, e no seu mais alto. É onde ele está agora. Um orgulhoso chefe da máfia, um líder poderoso no mundo dos negócios e do Sindicato. Estou honrado em seguir seus passos. O fato de ele ter me escolhido ao invés de Andreas é uma honra que levarei para o túmulo, por pior que me sinta por ter sido escolhido para liderar a família ao invés de meu irmão mais velho. — Você está pronto para ser chefe. Agiu como um hoje, — diz ele. Baixo minha cabeça em reverência às suas palavras. — Meus agradecimentos a você, pai. — Eu terminarei a transferência de ativos ainda hoje em preparação para a cerimônia. Depois, há as reuniões do Sindicato. Vou iniciar você e passar os próximos meses treinando-o. Então será isso. Será isso. E formarei uma nova liderança com meus irmãos. — Obrigado. O pai descansa a mão no meu ombro e assente.— Vamos deixar este lugar, Massimo. Não deixe sua mulher esperando. — Não, não deixarei. Seu rosto endurece, e eu sei que ele não tem compaixão quando se trata de Emelia. — Certifique-se de que ela saiba quem é o chefe agora. Certifique-se de que ela saiba a quem pertence. Impiedoso. É isso que ele quer que eu seja. Não tenho problema com isso. Não tenho nenhum problema em mostrar-lhe a quem ela pertence. A p***a do meu p*u tem ficado duro por ela desde que a vi pela primeira vez no e******o baile de caridade. Não terei problemas para quebrar meu novo brinquedo.
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