6- Evellyn

3541 Words
Eu não acreditei quando aquele cretino enfiou a sua língua na minha boca, era para ser apenas um selinho mas já que não foi ele podia ter evitado aquilo, será que ele nunca ouviu falar em beijo técnico? Não é porque ele é bonitinho que eu vou deixar ele se aproveitar da situação esse infeliz, eu vou enfiar soda caustica na boca dele se ele me beijar daquele jeito outra vez, eu vou odiar eternamente esse brutamontes por ele ter concordado com essa porcaria de acordo, mas o que mais está me incomodando é esse olhar perverso da minha querida sogrinha para cima de mim, se ela sabe que esse casamento é uma farsa, porque ela está me olhando assim? — Oi querida, eu posso dar uma palavrinha com você por um instante? — Pede dona Paola pegando minha mão fingindo um carinho que ela não sente por minha pessoa. — Mas é claro Sra. Paola, com o maior prazer. — Digo com um pequeno sorriso sem abandonar o meu personagem então nos afastamos um pouquinho da minha mãe e as outras garotas. — O que eu tenho para dizer a você é o óbvio Evellyn... Eu quero que você tenha muito cuidado para não levar esse casamento a sério e se apaixonar pelo meu filho, pois no final desse contrato eu quero você longe dele, ouviu bem? Eu já escolhi a mulher com quem o meu filho merece ser feliz e essa mulher não é você, espero que me compreenda pois eu não sou uma mulher de ficar repetindo tudo a toda hora, eu fui Clara? — Diz ela com um sorriso cínico no rosto disfarçando a sua insatisfação em me ter como sua nora. — Não se preocupe querida sogrinha... Pois eu mesma faço questão de fugir para bem longe de você quando essa palhaçada toda acabar, você não está satisfeita com esse acordo e eu menos ainda pois eu não queria perder seis meses da minha adorável vida passando por isso aqui. — Digo a última parte rodando o dedo indicando esse teatro todo e vejo ela me encara surpresa com a minha reação. — Por mim eu não estaria aqui e não se preocupe, porque eu não vou me apaixonar pelo seu filho, isso é uma probabilidade impossível de acontecer levando em conta que tudo isso foi decidido contra a minha vontade, e eu me sinto obrigada a participar desse circo. — Retribuo o seu sorriso cínico fingindo estarmos tendo uma conversa simples e amigável e ela me encara ainda mais surpresa, olho em direção ao meu pai e vejo Derick me encarar intrigado com alguma coisa. — Que bom que estamos nos entendendo Evellyn, assim não entraremos em conflitos todos os dias a toda hora, não é mesmo? — Diz ela ainda forçando o seu sorriso mas eu dou uma gargalhada alta chamando a atenção de todos para nós. — E quem disse que eu pretendo vê-la todos os dias a toda hora, Sra. Paola? Eu vou me casar com o seu filho e não com você. — Digo ainda sorrindo por ela achar que vai conseguir me intimidar, "Ela nem imagina com quem está lidando!" — Só mais uma coisa Sra. Paola... A senhora não me intimida e nem me mete medo, então não perca o seu tempo tentando me deixar m*l pois são raras as pessoas que conseguem fazer isso, eu fui Clara...? Bom, agora se não se importa eu vou voltar para perto da minha família... Vamos? — Encaro fixamente os seus olhos e dou o meu melhor sorriso para ela entrelaçando o meu braço no seu. Guio-a de volta para perto das meninas e o sorriso da minha sogrinha parece cada vez mais forçado depois da nossa breve conversa, essa mulher passou a noite inteira me encarando feio já demonstrando que não gostou da minha presença aqui, eu sei que posso ter passado dos limites com as coisas que eu disse a ela mas, não sou de levar desaforos para casa, minha irritação por ter que cometer essa loucura de me casar com um desconhecido que eu já odeio está me deixando ainda mais estressada e com a língua afiada. Minha mãe ficou quase o jantar inteiro calada pois ela também percebeu que essa mulher não gostou de mim, mas ela também sabe que não sou de abaixar a cabeça para qualquer um e não vai ser para essa megera que farei isso. Durante o jantar eu também percebi que Luan não tirava os olhos da irmã de Derick e pela cara dele, sei que meu noivo não gostou nada disso, percebi os olhares e sorrisos do tal Maycon para cima de mim mas eu não dei importância, pois já percebi que ele não passa de um safado sem vergonha como o irmão também deve ser. Meu pai conversou bastante com meu futuro sogro mas seus assuntos eram apenas sobre os negócios. Depois de tanto conversar com Emma e Brenda que me encheram de perguntas sobre o casamento, eu vi que já está ficando tarde e essa é a minha deixa para ir embora daqui, já estou de saco cheio com tudo isso então aviso aos meus pais que já está na hora irmos, ainda estamos cansados da viagem e ainda nem desarrumamos as nossas malas, por sorte eles concordaram em irmos embora então nos despedimos de todos mas o infeliz do meu noivo insistiu em me levar em casa para fazer média com a sua família. Meus pais e meu irmão foram no carro que alugamos assim que chegamos e eu tive que entrar no carro de Derick, passo o meu endereço para ele e seguimos boa parte do caminho sem trocarmos uma palavra se quer um com o outro, então decidi quebrar o silencio. — Já que vamos trabalhar juntos, amanhã mesmo eu quero conhecer a empresa, quero saber um pouco mais sobre o que eu vou fazer, onde vou fazer e com quem vou trabalhar... Tudo bem para você? — Digo com os meus olhos focados na estrada e finalmente ele diz alguma coisa. — O que você sabe fazer? No que você trabalha na empresa do seu pai? — Pergunta também sem olhar para mim e eu não me importo com isso. — Eu trabalho na contabilidade da empresa... Mas o que você me der para fazer já está de bom tamanho, eu só não quero ficar sem trabalhar... Seis meses vão passar rápidos, bom, assim eu espero. — Digo ainda frustrada com essa situação me sentindo exausta então sinto o seu olhar sobre mim, mas não me preocupo em me virar para encará-lo. — Bom, eu não sei se te falaram mas... Você ficará como minha assistente pessoal, mas quero deixar bem claro que não é porque estamos fingindo esse noivado que você poderá fazer o que quiser a hora quiser dentro da minha empresa, estamos entendidos? Dentro da minha empresa eu não serei apenas o seu noivo mas também serei o seu chefe, está me entendendo? — Diz ele em um tom ríspido e grosseiro praticamente gritando comigo e isso também me irrita. — Ok, estamos entendidos, mas não tem necessidade de você falar comigo nesse tom porque eu não sou sua criada, ouviu bem...? E nunca mais me beije daquele jeito porque você beija muito m*l, eu sugiro que aprenda o beijo técnico se quiser realmente que as pessoas acreditem que estamos juntos. — Digo com um ar de deboche e ele para o carro bruscamente no meio da pista me encarando incrédulo. — O que foi isso seu maluco...? Está querendo nos matar seu louco? — Digo irritada e ele me encara furioso como se quisesse voar no meu pescoço e me estrangular. — Você é a primeira mulher que não gosta do meu beijo, porque nenhuma outra havia reclamado antes... Mas não se preocupe porque eu não pretendo te beijar outra vez, eu só o fiz porque me senti pressionado e obrigado a fazê-lo... Você não faz o meu tipo. — Diz quase gritando ainda me encarando furioso mas a sua reação não me surpreende já que estou lidando com um ogro. — Ok eu já entendi, mas não precisa gritar porque eu estou aqui do seu lado e não sou surda... Bom, acho que agora eu fiquei surda com esses seus gritos estéticos, parece uma mocinha escandalosa. — Digo com um pequeno sorriso erguendo uma sobrancelha e ele respira fundo como se estivesse se controlando para não me jogar para fora desse carro, então ele liga o mesmo e acelera cantando pneus pelas ruas de Miami. Talvez eu consiga fazer ele desistir desse acordo antes do casamento! Eu não vou me importa em me tornar uma noiva abandonada no altar! Não falo mais nada e nem o provoco mais pois para deixá-lo a ponto de querer desistir desse maldito contrato, eu preciso irritá-lo aos poucos e não de uma só vez, eu preciso conseguir me livrar desse acordo absurdo pois eu não vou aturar aquela mulher insuportável que é a mãe dele. Passamos o restante do trajeto em silêncio e poucos minutos depois ele estaciona a sua Lamborghini veneno na portaria do prédio onde tenho um apartamento, assim que o carro para na portaria do prédio eu não espero ele dizer nada e saio batendo a porta do seu carro, entro na portaria do prédio e ouço o som de pneus cantando na pista, sorrio vitoriosa por tê-lo deixado irritado e sei que vou conseguir fazer ele desistir desse acordo mais cedo do que eu imaginava. — Ah Derick Drumond... Você não perde por esperar... Eu vou fazer você desistir desse maldito acordo e ainda pagar aquela multa absurda, de queda ainda vou me livrar de você e daquela cascavel da sua mãe, se é que se pode chamar aquela mulher de mãe. — Digo sozinha sorrindo por ter visto aquele brutamontes quase perder o controle com tanta facilidade. Entro no elevador e subo para o meu apartamento já imaginando encontrar a minha mãe e o meu pai na sala me esperando para conversar, mas me surpreendo ao encontrar apenas a minha mãe sentada me esperando. Me aproximo dela com receio pois sei o que ela vai dizer sobre aquele terrível jantar, sei que assim como eu ela também não gostou da minha futura "sogra". — Está tudo bem querida? O que você achou do seu jantar de noivado? — Pergunta me investigando para saber o que eu vou dizer mas sei o que ela quer saber. — Vamos direto ao assunto mamãe, esse acordo de casamento vai ser fichinha para mim perto do que vou passar nas mãos da minha querida sogrinha... Eu sei que você percebeu que ela não está satisfeita com esse casamento, mesmo sendo um casamento de aparências, mesmo sabendo que em seis meses tudo voltará ao normal cada um seguindo as suas vidas. — Digo enquanto tiro os meus sapatos e me acomodo melhor no sofá me deitando com a cabeça em seu colo. — Eu só vou te pedir uma coisa minha filha... Toma cuidado com aquela mulher, eu vi a perversidade nos olhos dela, eu não a conheço mas eu sinto que essa mulher não é uma boa pessoa, então por favor meu amor, se cuida enquanto você estiver por aqui, está bem...? Eu queria muito poder ficar com você, mas eu não posso deixar o meu trabalho de lado por tanto tempo. — Mamãe acaricia os meus cabelos me trazendo uma sensação tão boa. — Não se preocupe tanto comigo mamãe, eu vou saber me cuida mas se eu precisar eu prometo que te chamo para me socorrer... Eu te amo muito mamãe, você é o meu exemplo de mulher e mãe, você é a pessoa mais amorosa desse mundo, sabia? — Me sento encarando fixamente os seus olhos com ternura e a abraço apertado. — Eu pensei que a pessoa mais amorosa desse mundo fosse eu... Mas já vi que fui enganado e trocado, tudo bem, eu me acostumo com isso. — Diz meu pai aparecendo na sala acompanhado de Luan que tem um sorriso bobo no rosto. — Está bem papai, deixa eu me corrigir por favor... Mamãe você é uma das pessoas mais amorosas e importante para mim... Eu amo muito todos vocês então não precisam ficar com ciúmes, ouviram? No meu coração tem amor para todos. — Estendo a mão para meu pai que sorrir se sentando ao meu lado e meu irmão se senta ao lado de nossa mãe. — Quando tudo isso acabar, eu quero ver você voltar para nós com esse mesmo sorriso lindo em seu rostinho minha princesa... Me promete que você vai se cuidar enquanto estiver longe de nós? Eu já falei com Derick que o mato se ele não cuidar bem da minha garotinha... Ele me prometeu que vai cuidar bem de você. — Diz meu pai me surpreendendo com as suas palavras. — Eu sei me cuidar papai, não precisava você pedir que ele cuide de mim, eu não sou mais uma criança e não quero aquele brutamontes atrás de mim como se eu precisasse de uma babá. — Digo incomodada e eles sorriem me encarando desconfiados. — Diz a verdade maninha? Você gostou daquele beijo não foi? Eu vi como você ficou vermelha de vergonha depois daquele beijo apaixonado. — Pergunta Luan tirando sarro da minha cara e eu me irrito ainda mais. — Para de falar besteiras moleque! Você não sabe o que está dizendo, eu não gostei do beijo daquele arrogante... Ele não beija assim tão m*l mas ele também não precisa saber disso. — Digo irritada mas logo me acalmo ao me lembrar daquele beijo. Porque estou me lembrando daquele beijo? Nem foi lá essas coisas, foi normal! — Cuidado para não confundir as coisas minha filha, e nós duas sabemos o porquê, não é? — Diz mamãe se levantando me encarando apreensiva e eu me levanto junto acompanhando-a em direção as escadas. — Como assim? Do que vocês estão falando? Espera filha vocês precisam me contar sobre o que vocês estão falando... Heloise? Querida que tal um drink antes de descansarmos um pouquinho? — Diz meu pai curioso vindo atrás de nós e sorrimos abraçadas uma a outra. Subimos para o andar de cima e seguimos cada um para os seus quartos, assim que entro no meu me jogo na minha cama e me pego pensando naquele arrogante de olhos verdes, meu Deus como ele é alto, eu terei que estar sempre de salto ao lado dele para não parecer uma anã, eu não acredito que estou me preocupando com esse tipo de coisa, mas eu não posso negar que ele é muito lindo assim como seus irmãos e também a Brenda, aquela cobra da minha sogra é uma verdadeira maquina de fazer filhos lindos mesmo sendo uma pessoa tão desprezível, será que essa família se ama como eu e a minha família nos amamos? Mesmo depois do que fez eu jamais deixaria de amar o meu pai porque ele é tudo para mim, assim como minha mãe e meu irmão, mas naquela família eu duvido que eles se amem tendo uma mulher daquela como mãe, bom, acho melhor esquecer aquela família por hoje se eu não quiser ter dor de cabeça. Me levanto e vou para o meu closet me despindo e logo vou para o banheiro, tomo uma ducha quente para relaxar o corpo mas alguns minutos depois já estou me trocando para dormir, me jogo na minha cama e me permito pensar um pouco em como o meu dia será amanhã, eu preciso visitar a empresa do meu futuro marido e si possível quero começar a trabalhar amanhã mesmo, sei que não será nada fácil lidar com aquele cara arrogante mas eu sou forte, eu vou conseguir vencer essa batalha. Na manhã seguinte eu acordo cedo no meu horário habitual de trabalho e vou direto para o banheiro, faço a minha higiene pessoal e depois tomo um banho pouco demorado. Vou para o meu closet me arrumar e escolho uma calça jeans bem justa ao corpo e uma blusa branca de alças finas pouco decotada e soltinha no corpo, pego o meu blazer preto e os saltos na mesma cor e faço um make leve realçando apenas os olhos, deixo os cabelos soltos e pego a minha bolsa de mão e também o meu celular, uma cópia da chave do apartamento e as chaves do carro que também aluguei para mim até comprar um. Desço para tomar o meu café da manhã antes de sair e encontro os meus pais já na mesa, conversando enquanto a empregada que pedi na agência ontem serve o café da manhã. — Bom dia papai! Bom dia mamãe! — Os cumprimento com um beijo em cada um e me sento ao lado da mamãe já me servindo também. — Bom dia querida! — Diz papai voltando a tomar o seu café. — Bom dia filha! Você dormiu bem? Vai sair tão cedo? Eu pensei que fossemos passar o dia juntas. — Mamãe diz tirando o meu cabelo do rosto e logo volta a tomar o seu chá. — Sim mamãe, eu vou sair, eu preciso conhecer a empresa do Sr. Drumond pois não quero ficar muito tempo sem trabalhar... Eu não queria ter que trabalhar para mais ninguém além do meu pai mas... Por seis meses eu serei funcionaria do Sr. Drumond, talvez eu consiga começar ainda hoje mas... Se vocês quiserem eu passo o dia com vocês com o maior prazer do mundo, amanhã já é sexta mesmo então acho que posso começar a trabalhar na segunda. — Digo também tomando o meu café mas encarando mamãe esperando ela dizer algo. — Não meu amor está tudo bem, se você quiser começar a trabalhar hoje por mim não tem problema... Porque vamos ficar com você esse final de semana. — Diz ela como quem não quer nada e eu me surpreendo já que eles disseram que iriam embora amanhã. — É sério mamãe? Vocês vão ficar comigo esse final de semana? Isso é maravilhoso eu adorei. — Largo a minha xícara de café de lado para abraça-la forte e logo me solto indo abraçar o meu pai que tem um pequeno sorriso em seu rosto. — Sim filha, vamos ficar o final de semana com você para aproveitarmos mais esse tempo juntos, mas mesmo você morando aqui, a quilômetro de distância eu quero ver você lá em casa pelo menos umas duas ou três vezes no mês, estamos entendidos...? Eu não vou aceitar ficar tanto tempo sem ver a minha filhota que eu amo tanto. — Diz ele assim que nos soltamos e eu volto para o meu acento para terminar o meu café. — Tudo bem papai não se preocupe, eu faço questão de ir visitá-los sempre para não ficar entediada aqui. — Pisco para mamãe que me entende no mesmo instante, ela sabe que me refiro a minha futura sogrinha. Conversamos um pouco mais enquanto terminamos o nosso café e logo me despeço deles para sair de casa. Desço até a garagem e entro no meu carro alugado, um Audi A5 Sportback 2.0 TDI 150CV. Digito o endereço da empresa no GPS e saio da garagem seguindo para empresa, não é muito longe de onde moro então em poucos minutos estou entrando no estacionamento da Petrointer Drumond. Escolho uma vaga e deixo o meu carro, sigo para a recepção e me identifico pedindo para ir até o andar da presidência e a recepcionista me informa que o Sr. Drumond já havia chegado, pelo menos ele é pontual. Sigo para o elevador e subo todos aqueles andares imaginando como Derick iria me receber, já que ele é um m*l humorado irritante, depois de tanto pensar finalmente chego ao andar da presidência e assim que saio do elevador, vejo uma recepção e um extenso corredor. — Bom dia... Srta. Aline. — Cumprimento-a reparando no nome em uma plaquinha no seu uniforme. — Bom dia! Em que posso ajudar? — Diz ela me encarando com um sorriso forçado. — Eu vim para ver o Sr. Derick Drumond, você pode me dizer onde fica a sala dele? — A encaro fixamente e ela continua com aquele sorriso forçado. — Me desculpe mas você tem hora marcada? O sr. Drumond está sem secretária então eu mesma devo anunciá-la. — Diz mexendo em seu computador. — Não, eu não tenho hora marcada... Mas pode dizer que a noiva dele, Evellyn Kannenberg veio vê-lo, ele está me esperando. — Cruzo os braços a encarando atenta e a recepcionista me encara com os olhos levemente arregalados. — Só um momento por favor. — Diz ela pegando o telefone discando o ramal da presidência. — Sr. Drumond, a sua noiva, a Srta. Kannenberg está aqui e quer vê-lo... Sim senhor. — Diz ela sem tirar os olhos de mim e logo põe o telefone no gancho. — A última porta no final do corredor, Srta. Kannenberg, pode entrar sem bater o Sr. Drumond está aguardando-a. — Diz ela me encarando surpresa apontando para o final do corredor, eu apenas agradeço seguindo a direção indicada.
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