New York State of Mind

3320 Words
CALLIE'S POV Faziam algumas horas que havíamos deixado Arizona no aeroporto. Ela veio nos visitar em NY na semana seguinte que nós partimos. As coisas estavam indo bem entre eu e a Penny. Óbvio que nada era como Seattle, sentia muita falta dos meus amigos, e até mesmo do tempo chuvoso, mas resolvi seguir minha vida longe dali, de todas aquelas lembranças, aquele hospital me lembrava os dias mais felizes que passei, como o nascimento de sofia, meu casamento com a Arizona, minha amizade com Mark, etc. Entretanto, aqueles corredores aquelas ruas me lembravam também tudo o que eu perdi e eu precisava recomeçar do zero. Não sei ao certo se a Penny era a pessoa na qual eu queria recomeçar do zero, mas eu precisava descobrir e a única maneira era tentando, assim como tentei com George e com Arizona. Ela também merecia um voto de confiança, uma tentativa. Deixei Sofia na escola, aquela manhã, entrei no carro e dirigi até o hospital estávamos no meio do ano e o sol brilhava no dia de hoje. Nova York tinha um charme único, a cidade era imponente e fazia você se sentir como um grão de arroz de tão pequeno. O caminho foi um pouco demorado, devido ao transito corriqueiro dessa cidade, mas assim que cheguei, estacionei na minha vaga. Eu trabalhava no hospital escola da NYU (New York University) meus colegas de trabalho estavam sendo bem receptivos, conheciam meu trabalho com cartilagens, o chefe da ortopedia até quis me chamar pra trabalhar com ele num projeto, mas no momento não tinha tempo, pois estava ainda pegando o ritmo do novo ambiente de trabalho. Ainda não conheci ninguém aqui em NY, mas sentia disposição de conhecer pessoas e fazer amizades novas. Assim que cheguei no hospital me dirigi para a sala dos atendentes. Vesti o uniforme e comecei as consultas daquele dia. *** Horas mais tarde, andava pelo corredor da ortopedia, olhando o prontuário de um paciente e alguns raio-x, quando esbarrei em alguém, e acabei derrubando tudo que havia em mãos. Dei uma olhada breve em quem havia esbarrado para me desculpar, acabei avistando uma moça ruiva que aparentava uns 20 poucos anos encarando o chão sentada. Estendi a mão para ajudá-la a se levantar. Me desculpe, minha cabeça está nas nuvens hoje, acho que deveria olhar por onde ando. - A moça sorriu segurando minha mão para o apoio e então finalmente consegui ver seu rosto, que parecia ter chorado, ela ameçou dizer algo. Esperei. - - Tudo bem, Obrigada por me ajudar a me levantar, não sei se teria forças para fazer isso sozinha. - Ela continuou me olhando atentamente com um sorriso tímido, que era encantador, acabei sorrindo de volta e finalmente tomei coragem para perguntar seu nome. - Hum... Então qual o seu nome? - Emma! E você como se chama? - Calliope Torres, prazer em conhecê - la, Emma? - Emma Young, desculpe, mas tenho que ir, meu atendente está me chamando, acho que nos vemos por aí Dra Torres. - Ela sorriu já se afastando dali, fiquei um tempo olhando com um sorriso encantado, e sai de lá, para o quarto do meu paciente. Conversei com o mesmo sobre o procedimento que ele faria hoje. Seriam algumas 4 horas de cirurgia, o que acabaria fechando meu quadro para hoje, pois já é tarde. O resto do dia passou rápido e como estava livre e estava cedo para buscar Sofia, resolvi dar um pulo em um bar que tinha próximo dali para tomar um drink. Tive um dia com poucos casos, porém todos cansativos, assim que entrei no bar notei que me lembrava uma decoração de um bar que tinha próximo a minha faculdade, sentei no balcão e pedi ao barista um vinho tinto e fiquei observando o local, que era bem escuro, lembrava como uma caverna uma decoração meio rústica, uma parede de pedras e mesas de madeira bem largas. Eu sentava no balcão que era de madeira também e no ambiente tocavam músicas da rádio, algo como um blues pelo que eu havia percebido. Estava observando tudo ao redor quando senti alguém tocar minhas costas, me assustei olhando pra trás e dei de cara com a mesma menina que havia visto mais cedo, já sem a cara de choro. - Dra Torres, bom te ver por aqui veio para a noite do karaokê? - Pelo tom mais alto no qual ela falava e a língua enrolada reparei que ela estava um pouco alterada. - - Não, na verdade só vim tomar um drink.. - Aaron, um drink pra doutora já! - Aqui está seu vinho tinto doutora. - Então... o que te traz em Manhattan? - Me mudei faz duas semanas, este é um dos melhores centros ortopédicos de NY, e você é residente de ortopedia? - Sim, quinto ano me mudei faz dois anos para esta região, mas sempre fui do Brooklyn e você não tem jeito de ser daqui. - O que quer dizer com isso? - Disse séria e logo soltei uma risada mostrando estar brincando - - Não, você é latina, desculpa não quis lhe ofender. - Sou, mas moro aqui desde que nasci, digo nos EUA, sou praticamente daqui só nasci no México. - Hum... gosto de latinas são todas muito carismáticas. - Deu uma piscada e um sorriso de me tirar o folego. - - Nem todas, acho que você deveria conhecer minha mãe e com certeza mudaria de ideia. - Nossa calma ai morena já quer que eu conheça sua mãe? Ainda nem me levou pra jantar! - Nós rimos juntas e depois ficamos em silêncio, só se ouvia o barulho da música que tocava de fundo até que alguém cedeu a falar. - Você é daqui de NY? - Não, vim de Seattle. Estou aqui apenas a algumas semanas. - Ela me encarou de uma forma que não soube decifrar e um olhar confuso. E depois ameaçou a falar, porém fechou a boca desistindo novamente, fiquei olhando seus movimentos um pouco confusa. - - Meu deus! Eu adoro essa musica, venha doutora dance comigo! - E então ela me puxou pelo braço tirando a taça que havia nas minhas mãos colocando- a na bancada e me puxando pra pista. Ela segurava na minha cintura e acabei cedendo dançando no ritmo da música. Nesse momento tocava Laugh I Nearly Died do Rolling Stones. Tinha um ritmo lento e nossos corpos estavam bem colados. Emma cantava junto com o vocalista, sua voz era bonita e ela dançava comigo de olhos fechados como se sentisse a música. Pude reparar o quão bonita ela era pela expressão que fazia de alegria, afinal, tinha a visto com cara de choro mais cedo. Os solos de guitarra faziam com que ela desse algumas reboladas enquanto ela aproximava mais o corpo para mim. Quando aquela música finalmente parou fui checar meu celular na bolsa e já estava quase na hora de buscar Sofia na escola. - - Nossa eu tenho que ir Emma, me desculpe me diverti muito, mas nos vemos amanha no hospital. - Uma pena tinha muito o que conversar com você, Dra Torres. - Pode me chamar de Callie. - Sorri e ela sorriu de volta, paguei e sai do local. - *** Após algumas semanas em NY já me acostumava com o clima da cidade e  a rapidez. Todos sempre corriam, era um ritmo completamente diferente de Seattle, mas como estou acostumada com correria por ser uma cirurgiã, nada dessa correria havia me assustado. Cheguei a ver Emma outras vezes pelos corredores, mas ultimamente não tive muito tempo para bater papo com ninguém. Estava com Sofia chegando no estacionamento do meu prédio, subimos no elevador em silêncio, ela parecia triste. Acho que sente falta da mãe, fico com um aperto no coração de deixa-la viver assim longe dela, ela tem dias muito alegres como qualquer criança e outros que fica calada e cabisbaixa, pensei na possibilidade de leva-la a uma terapia de repente poderia com problemas na escola e tem medo de falar comigo. Penny anda sempre muito ocupada com o trabalho, quase nunca nossos horários batem, ela sempre fica até tarde da noite no hospital e eu sempre já adormeci quando ela chega. Assim entrei na casa ela parecia silenciosa, quando ouvi alguns passos vendo a ruiva se aproximar e beijar meus lábios, e depois a ruiva pegou Sofia em seus braços e balançou-a no ar fazendo com que um sorriso surgisse em seus lábios, olhei a cena com um sorriso e fui deixando as coisas numa mesa da entrada. E comecei a fazer sanduíches para nós 3, Sofia tagarelava algo sobre a feira de ciências que haveria na escola e que precisava fazer um projeto, até que cheguei na sala com os pratos e depois peguei os copos que continham suco dentro e começamos a assistir ao filme que Sofia não parava de ver no momento. A pequena sereia, só eu já havia visto umas 20 vezes com ela, imagina só as outras pessoas que convivem com ela. A criança acabou dormindo deitada no colo de Penny que acariciava seus cabelos negros. Peguei -a no colo levando para o quarto e depois retornei à sala onde estava minha namorada. Que me olhou com um sorriso sugestivo como se quisesse algo. - Calliope. - Penelope. – Olhei – a fixamente entendendo o que aquele olhar dela queria me dizer então me aproximei dela com passos lentos sentando no seu colo depositando um beijo longo em seus lábios. Após isso senti ela me deitando no sofá, sentia meu corpo todo queimar de calor então disse  olhando com desejo nos olhos para Penny. – Está quente. - Então acho que deveria tirar essas roupas. – Permanecemos em silêncio depois disso, apenas olhando uma para outra. Até que  Penny me agarrou já tirando todas minhas peças de roupa e fiz o mesmo com ela, os beijos que antes eram calmos, porém intensos se tornaram rápidos e intensos. Comecei a explorar a área da nuca dela com pequenas mordidas nossas mãos exploravam o corpo uma da outra, sem muita delicadeza continuei dando atenção em sua área do pescoço e ouvia alguns gemidos sorria em comemoração, Penny arranhava minhas costas sem dó o que me fazia soltar uns gemidos, demos um beijo um pouco mais quente até que fui descendo com meus lábios pelo corpo da ruiva quando cheguei em seu b***o arranquei com pressa a última peça de roupa que o cobria abocanhando-os com desejo, ela gemia, com cuidado para que não acordássemos minha filha, enquanto chupava um apertava o outro fazendo movimentos com a mão. Joguei -a de costas no sofá subindo em cima dela com uma das minhas pernas no seu centro fazendo pressão com as pernas ali, ela soltava gemidos até que comecei a massagear a região em movimentos leves, a ruiva sussurrou no meu ouvido. – Vai logo, Calliope. – Ao ouvir essas palavras comecei a massagear com mais rapidez e força o que fez Penny gemer sem parar, nesse momento sentia o liquido do meu centro escorrer pelas minhas pernas, enfiei dois dedos na entrada de Penny com força começando a estocar com força. Ela gemia e rebolava sem parar, comecei a acelerar os movimentos cada vez mais até ver a ruiva tremer em meus braços mostrando que havia chegado ao seu ápice. Tirei meus dedos de dentro dela chupando-os. E sentei do lado do seu corpo derrotado. Até que senti ela subir em mim já me deitando encaixando nossos centros e rebolava gemendo em cima de mim, segurava sua cintura fazendo mais pressão para baixo e dava umas apertadas em sua b***a com mais força fazendo – a gemer. Até senti a ruiva sair de cima de mim e com os olhos conectados aos meus enfiou dois dedos sem dó na minha entrada, soltei um gemido puxando seu cabelo que a fez soltar um gemido, ela estocava com tanta força que eu ia a loucura, sentia todo meu corpo numa eletricidade, até que comecei a sentir que estava chegando ao ápice, dei um último gemido um pouco mais alto e a ruiva deitou-se em cima de mim exausta e nossas respirações foram se normalizando até que finalmente nós nos olhamos e rimos. Depois do momento descontraído Penny me olhou séria. – Callie, precisamos conversar. – Sentei o corpo no sofá pequeno me afastando um pouco para olhar para ela esperando que ela continuasse.  – - O que foi? - Ela segurou minha mão, me olhando fixamente nos olhos, depois colocou uma mecha do meu cabelo que caia no rosto atrás da orelha. - - Eu te amo. Senti saudades disso. - Que susto Penny, achei que era algo sério. Não faça mais isso. - Levantei-me recolhendo nossas roupas espalhadas pelo cômodo, indo para nosso quarto. Jogando no cesto do banheiro. - - Ora, e isso não é importante ? - Sim, meu amor, mas achei que fosse algo sério, sei lá achei que queria terminar tudo ou dizer que me traiu. - Claro que não, na verdade, eu iria dizer se você quer casar comigo, mas acho que dei uma amarelada. - Estava pegando uma toalha no armário para tomar banho quando olhei rapidamente e refiz a frase na minha cabeça para ver se havia ouvido direito, assim que olhei para Penny vi ela tirar uma caixinha vermelha de sua bolsa e me olhar atentamente abrindo-a, quando avistei a caixa tinha um anel prata com alguns detalhes de cristais rosas bem pequenos e delicados. Coloquei ambas as mãos no meu rosto não acreditando, mas quando me dei conta do que realmente estava acontecendo fiquei meio sem saber o que dizer ou fazer. Então resolvi falar algo para não deixa-la parada olhando. - - Penny... nossa eu não sei o que fazer ou dizer. - Só diga que aceita, Calliope, venho planejando isso a uma semana, só diga que aceita ser minha esposa. - Mas na minha cabeça eu realmente não sabia, não por não gostar de Penny e sim porque aquilo me confundiu um pouco, quer dizer estou alguns meses namorando com Penny, e a conheço e tudo. Mas demorei quase dois anos para me casar com Arizona, e nem se pode falar de George que me casei depois de uma bebedeira em Las Vegas, mas isso era quando eu era Callie que não pensava nas consequências, quando eu só agia, muitas coisas passavam pela minha cabeça, eu realmente não sabia o que dizer. - - Penny... eu não quero te mago... - Eu sabia que você não me amava de verdade. Sabia que isso seria um erro, mas fazer o que, não custa nada tentar, tudo bem, Callie sério nem se importe em explicar, se me der  licença vou tomar um banho e ir dormir. - A ruiva me olhou furiosa por eu não ter lhe dado a resposta que ela esperava pegou uma das toalhas que havia caído no chão, andando até o banheiro com pressa. Fui atrás dela. - - Penny, espere por favor, é claro que eu te amo não seja boba. Eu só não acho que esse seja o momento certo para darmos um passo tão adiante. Você ainda está no fim da sua residência e você é nova. Eu não quero me magoar Penny, eu já fui casada duas vezes e só tenho 38 anos, não quero ter outra decepção. Nós estamos juntas apenas à alguns meses, temos muito ainda que nos conhecer, e um casamento é um compromisso não só algo que você vai lá casa não rolou vamos separar. É um processo sabe, é cansativo exige muito de você e do seu psicológico, e ainda por cima é doloroso. Entenda por favor. - Ok, callie eu entendo. Agora vou fazer o que com essa aliança. Engolir ? - Claro que não, você comprou, guarde-a para a pessoa certa quando você realmente tiver certeza que quer se casar. - Eu tenho certeza Callie, não sou nenhuma adolescente que não sabe o que esta fazendo, eu sou uma adulta. - Tudo bem, entendo que esteja chateada, você tem todo o direito. – Me enrolei na toalha e voltei para o quarto me sentando na cama pegando meu celular jogado. – Tome banho você primeiro eu entro depois. Ela me olhou ainda decepcionada e fechou a porta na minha cara, olhei nos meus contatos buscando a Meredith por ali. Quando encontrei digitei uma mensagem se ela estava ocupada e se poderia me liga. Ela respondeu de imediato dizendo que sim, que estava no intervalo entre cirurgias. Logo vi seu nome na tela do face time, atendendo e indo para a sala. – - Mer!! Que saudades, como está tudo ai em Seattle - Callie, tudo indo, alguns problemas no hospital com uma nova médica. - Sério Quem é essa médica que está causando tantos problemas - Nada demais, só uma uma mulher que esta tentando tirar o Richard do lugar no qual ele trabalha a anos. - Nossa, mas ela com certeza mexeu com a pessoa errada. Richard é querido da Bailey. - Bailey foi quem a contratou, e inclusive apoia o que ela esta fazendo. - Bailey está louca Depois de tudo o que ele fez por ela. - Pois é, mas o que fez você me ligar a uma hora da manha em NY Callie - Ai Mer, preciso falar com alguém, Penny me pediu em casamento e eu congelei. - O que Calliope Iphigenia Torres como assim - Pois é Mer, isso mesmo que ouviu. Eu não pude aceitar, acho cedo demais para isso, acabei de sair de um divórcio, tudo bem que foi no ano passado, mas mesmo assim sabe, casamentos são muito complicados não sei se estou preparada para outro, nem me recuperei do meu com Arizona. - Você está certa Callie, você tem mais experiência que Penny nesta relação, então precisa faze-la entender que tudo precisa de muita calma, mas ela é muito compreensiva acho que entenderá, mas como está a Sofia Esta se dando bem com NY - Ah ela sente bastante falta da mãe e também de Zola, estava mais acostumada com a escola antiga, e ela logo vai para o segundo ano, está tentando se adaptar com a rotina nova, mas não está depressiva tem dias que fica mais triste, outros mais feliz, depende muito. Sinto muita falta de todos, acredita que ainda não falo com quase ninguém nesse lugar Até fiz amizade com uma residente simpática do hospital onde estou trabalhando, mas a vi uma vez e cruzei com ela nos corredores do hospital sempre com pressa para acudir pacientes. - Ah é normal, é um lugar novo logo você faz novos amigos da cidade grande e nem vai lembrar mais da gente. - Não fale isso, jamais isso vai acontecer. E sempre que puder visitarei vocês e vamos continuar ligando por aqui. Mande um beijo pro pessoal Mer, esta tarde preciso mesmo ir. - Ta bom, se cuida Torres, e ve se não faz nenhuma besteira ou se mete em confusão. - Acho que eu deveria estar falando isso a você né Mer E o Alex? - Esta bem, já voltou para o hospital, não está preso. Ainda bem. - Amelia Nenhum sinal? - Não. Ouvi falar que esta na casa da Edwards se escondendo do Owen, o que me chateia por que ela nem se importou de me dizer que esta bem. - Nossa tudo mudou em tão pouco tempo. - Sim Callie, tudo...vá descansar tchau. – Vi a tela piscar dando sinal que ela havia desligado, andei ate o quarto vi Penny deitada mexendo no seu celular, entrei no banheiro sem dizer uma palavra e tomei banho deixando todo o estresse daquele dia descer pele ralo. Assim que terminei vesti algo confortável e me deitei vendo que a ruiva havia adormecido e fiz o mesmo. –  
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