Aryane
Ligação On (ligação no meio)
— Não mãe, eu não posso, tenho que trabalhar.
— Ary querida, chega de desculpas, já faz tempo, eu não aguento de saudades, e seu pai sempre pergunta por você.
— Tá bem mãe, eu vou arrumar um tempo e vou.
— E quando será meu amor?
— Em um mês mãe.
— Está bem meu amor, vou preparar tudo pra você, e não me importo se você trouxer um namorado.
— Tá mãe, agora preciso trabalhar.
— Bom trabalho meu anjo, nós te amamos. – disse e desligou.
Ligação off
— E aí o que foi? – perguntou elly pulando em minha cama.
— Minha mãe, me convenceu a ir visitá-la. – falei.
— Ary você sabe que eu te dou o maior apoio em tudo né? – falou e eu afirmei que sim. — Você não a vê, faz 8 anos, já está na hora de voltar, ela deve ficar muito triste.
— Eu sei, mas não sei e posso olhar para o meu pai e ver sua expressão de reprovação – falei.
— Ary você é uma grande empresária, se ele te reprovar f**a-se, você sabe que vale muito, e se precisar eu vou com você e desço o c****e. – falou e eu ri.
— Só você mesmo pra me fazer rir da desgraça, mas você está certa, eu vou. – falei.
— Ótimo! Agora levanta e vamos, já são 9 da noite e temos que estar lá às 10. – falou.
— Como eu sei que seu guarda roupa é péssimo, eu trouxe roupa pra você, quero você beijando na boca hoje. – falou.
— Rsrsrs, nem pensar, meu trabalho vem primeiro. Agora me diz pra que uma festa de casamento a fantasia, as vezes acho que as pessoas são loucas. – falei levantando.
— Para de reclamar e vai se arrumar, te vejo daqui a pouco. – falou e saiu.
Fui para o banheiro e tomei um banho relaxante, saindo e fui ver a roupa.
— Meu deus, ela só pode ter enlouquecido. – pensei alto.
— Vou parecer uma p*****a que organiza eventos. – disse pra mim mesma.
Vesti a roupa e me olhei no espelho, meu deus quem é essa? - pensei.
— Você está muito gata. – elly falou atrás de mim.
— É sério, mulher gato? – perguntei virando pra ela.
— Pode acreditar que tinha piores, além disso, hoje eu quero que você se divirta, e que esqueça quem é, só por hoje. – falou.
— Tá bom, vou tentar. – falei derrotada.
Saímos para o evento que estava lindo e simplesmente perfeito, afinal foi eu que fiz. Entramos e todos olharam para nós, eu morri, queria me enterrar, mas elly me obrigou a continuar, começamos nosso trabalho, e correu tudo bem, ouvi até algumas cantadas que me deixaram bastante feliz.
Já no fim da noite, e liberada do meu trabalho, decidi que beberia um pouco, o trabalho tinha terminado, e eu merecia, sentei em um banquinho e pedi um uísque, tomei um gole, tinha esquecido como era forte, a última vez que bebi foi com ele, rodrigo sempre me levava com ele as festas, e sempre me deixou beber.
— Boa noite. – falou uma voz me tirando dos meus pensamentos.
— Boa. – respondi sem olhar.
— Sabia que é falta de educação não olhar para a pessoa que se está cumprimentando, ainda mais sendo eu. – falou.
Ele foi tão petulante que eu não resisti e me virei para ele, e Oh Meu Deus, ele é simplesmente lindo, vestia um terno e usava uma máscara que o deixava ainda mais delicioso.
— O que foi, perdeu a fala? – perguntou.
— Pra falar a verdade sim, porém já recuperei. – disse.
— Gosto da sua sinceridade, por isso vou usar a minha, tenho 3 perguntas, e quero que me responda. – disse.
— Ok. – falei.
— Gosta de mim? – perguntou.
— Sim, você é bem bonito. – falei.
— Tem namorado? – perguntou.
— Não. – disse.
— Quer sair comigo agora para minha casa? Estou de olho em você a noite toda. - disse.
Fiquei meio em choque, um homem como aquele me chamando pra sair só podia ser golpe.
— Não, eu não quero sair com você. – menti, eu queria e como.
— Ela vai sim. – ouvi elly atrás de mim.
— Eu não vou não, precisamos terminar. – disse.
— Não precisamos, eu termino, e você vai se divertir com esse deus, cuida dela. – falou.
— Será um prazer. – disse.
Elly saiu e nós ficamos sós novamente.
— Olha eu não quero sair com você, mais agradeço se fizer um favor. – falei
— Claro. – falou em tom sério.
— Não quero que ela pegue no meu pé, se puder me acompanhar até a saída, ela vai achar que saímos juntos, ai durmo num hotel. – falei, eu sei parece patético, mais fazer o que eu estava com medo de sair com ele, e ele disser que eu não tinha sido mulher pra ele.
— Claro. – disse.
Levantamos e saímos em direção a porta, lá fora eu olhei mais uma vez pra ele, como eu ia me arrepender de não sair com ele.
— Obrigada. – disse.
— Nem pensar, te levo até seu carro. – disse, e eu assenti.
Caminhamos em silêncio até meu carro, quando chegamos eu tomei coragem pra falar.
— Me desculpa por atrapalhar sua noite. – falei e me virei para abrir o carro.
Enquanto procurava a chave do carro senti sua mão em minha cintura e suspirei, ele encostou em mim, estava visivelmente e******o.
— Só um. – falou no meu ouvido, e eu tive que conter um gemido.
— Um o que? – perguntei sem conseguir pensar direito, o cheiro dele era inebriante, perfume masculino e vodca, tentador.
— Se me der um motivo pra não sair comigo, eu te deixo em paz. – falou sussurrando.
Uma onda de sensações passavam pelo meu corpo, ele me abraçava cada vez mais, sabia que meu corpo não tinha resistência, como resistir aquelas sensações, formigamento, medo, desejo, t***o, mesmo sabendo que não deveria, eu queria me arriscar.
— Eu não tenho um. – falei.
— Eu sabia, vou querer saber o porquê da resistência a mim, mas só depois, agora. – falou e parou.
Quando ele parou de falar, ele foi até meu pescoço, e passou a língua até minha orelha, nesse momento eu me entreguei, só uma noite me fazia bem, eu precisava disso.
— Vamos pra minha casa. – falei.
— Não, quero você na minha cama. – falou. — Vem, vamos no meu.
Me levou para o carro dele, que nada mais era do que um belíssimo Maserati Ghibli, preto, perfeito, antes de vocês perguntarem, tenho uma paixão por carros, por isso tenho uma picape Classe X da Mercedes, e eu amo muito ele.
Entrei no carro e ele arrancou, em poucos minutos, chegamos a um apartamento, não vi onde era, ele abriu a porta pra mim, eu sai e ele me pegou pela cintura, me guiando pela entrada até o elevador e depois até sua cobertura.
Ele abriu a porta, e o apartamento estava todo a meia luz, tinha pétalas de rosas espalhados pelo chão, eu não entendi.
— Porque isso tudo? – perguntei.
— Gosto de agradar. – falou.
— Como sabia que eu viria? – perguntei.
— Não tinha certeza, mas resolvi arriscar, e acertei, vem. – disse.
Me guiou até o quarto, que estava cheio de pétalas, no chão e na cama. Eu fiquei um pouco chateada.
— Eu preciso ir ao banheiro. – disse.
— É ali, eu te espero. – falou.
Eu entrei e tranquei a porta atrás de mim, não me sentia bem, ele sabia que eu cairia na dele, tinha até preparado tudo, não dava pra me enganar novamente, estava me sentindo a adolescente enganada de antes, acho que pensei que fosse a única, e notei que ele era profissional.
Não que eu quisesse ser a única, mas a mulher quer ter essa sensação, e logicamente ficou claro que eu não era.
— Tudo bem aí? – gritou.
Abri a porta olhando para o chão.
— Eu quero ir embora. – disse.
— Por que isso agora, não gostou do que preparei pra você? – perguntou.
— Eu não me sinto bem, só quero ir embora. – falei de cabeça baixa.
— Olha pra mim. – falou e eu levantei a cabeça.
Meu deus, ele estava só de cueca, que visão, loiro, olhos verdes e corpo lindo, fiquei sem fala.
— Eu vejo seu desejo por mim, porque luta contra. – falou.
— Porque depois que cheguei aqui me sinto uma v***a, você preparou tudo sabendo que me pegaria, e não sabemos nem o nome um do outro. – falei.
— É por isso? Eu não sabia que encontraria uma mulher como você, só preparei isso depois que senti que você também me queria, e arrisquei porque você poderia não vir, aí eu dormiria sozinho no meio de rosas, muito gay não acha? – falou e me fez sorrir.
— Não estou acostumada a isso. – falei.
— A que? Alguém se interessa por você? E a propósito meu nome é Rafhael. – falou.
— Aryane. – falei.
— Então Ane, o que você quer? – perguntou.