221° capítulo

1928 Words
Maria Clara. Com o uniforme de corrida, short e top, eu não suei por que só fiz o alongamento e não pude correr, primeiro por que Micheli estava lá, segundo por que eu estava morrendo de dor de cabeça. Droga! Eu estava atrasada! Atrasadíssima. Tinha matemática. Corri pro meu armário e peguei o livro de matemática correndo, indo pra sala do professor rápido. - e assim é feito a... - todos me olharam, inclusive ele. Eu suava pela adrenalina. Vi ele suspirar. - nossa segunda aula e você chegou atrasada novamente. - fiquei parada na porta. - entre. - entrei. - e cadê o uniforme? - eu tava na educação física... - sim e agora está na aula de matemática. - quando me virei, ele olhava mais a baixo da minha cintura, senti vergonha. - sente-se. - fiz isso, tímida. Ele continuou explicando mas eu não sabia oque ele estava explicando. No quadro já tinha tanta coisa escrita, mas não teria dado tempo dele fazer isso. Creio que teremos que copiar depois. Abri meu caderno e coloquei a data de hoje. - copiem isso no caderno exatamente como está aqui, terá uma prova no meio do ano que vocês poderão revisar o caderno e essa conta será importante. - comecei. - Maria Clara. - olhei pra ele. - venha aqui por favor. - ele saiu andando e eu fui. Quando sai da sala ele fechou a porta. - olhei seu histórico escolar do ano passado.. - seus braços marcavam na blusa social branca, que estava bonita nele... Aaaah, não olha pra isso Maria. - é uma boa aluna tanto em matemática como nas outras matérias e tem a nota máxima em artes... Creio que goste de pintar. - concordei. - mas isso. - me olhou toda. - é fora da minha aula, artes é fora da minha aula. Você tem que aprender a rever seus horários direito. Se algum dia você vier suja de tinta, não entrará e da próxima vez que não estiver uniformizada, passará o meu período todo lá fora, perdendo aula. - não disse nada. - já marquei o seu nome nas aulas de reforço, espero que não se atrase pra isso também. - concordei. - entre. - ele abriu a porta e esperou que eu passasse. Quando passei, conseguia sentir seus olhos em mim e quando me sentei na cadeira o olhei... Ele me olhava. Ele parecia um daddy autoritário. Era estranho. Eu sentia algo mas era confuso. Não é amor! Eu já tenho o meu daddy. Mas era tipo uma fascinação, vontade de ficar olhando e fazer milhões de perguntas. As principais... Você é casaco? Ou você tem filhos? Mas ele não tinha anel em dedo nenhum, na verdade seus dedos eram ocupados apenas com tatuagens, uma tinha uma ano, era mil novecentos e alguma coisa enquanto a outra eram letras estranhas. Mas parei de olhar e foquei no quadro atrás dele, copiando tudo no caderno. Após um tempo, eu estava tão concentrada que eu nem olhava nada ao meu redor e quando senti a presença de alguém perto de mim, olhei de cantinho... Ele estava passando em todas as mesas, estava perto da minha. Continuei fazendo oque eu estava e ele chegou perto. Seu dedo ocupou o meu caderno. - você deve colocar o número ao lado da letra. - disse ele e fiquei com raiva, eu ia fazer isso mas com outra cor de caneta. - e deve saber que nas aulas de português, matemática, ciências e outras, você deve utilizar apenas caneta preta ou azul. - não olhei pra ele e o mesmo tirou o dedo do meu caderno, ainda ali. - mais eu comprei todas essas canetas... - elas estavam espalhada pela mesa. - e deve saber então que em minha aula quero apenas caneta preta ou azul. - disse, saindo. - quem estiver copiando com caneta rosa por exemplo, refaça tudo de novo, em minha aula só é permitido caneta azul ou preta. - rosa... Só por que eu usava. - se são meninas caprichadas tudo bem, gosto disso, mas não quero cadernos enfeitados com corações e arco-íris. Isso serve para todos. - ele me olhou até ir pra sua cadeira. Dava raiva sabia? Meninas caprichadas... Oque ele quer dizer com isso? Eu amooo escrever colorido, fica lindo! Ajuda a dividir tal coisa. Como vou escrever com duas cores? Isso é impossível. Mas para não tirar uma nota baixa ou ouvir reclamações dele pro daddy, refiz tudo de novo, na base do ódio. Arranquei a folha fazendo barulho e puxando rápido, depois amassei ela com ódio e me levantei indo até a lixeira. Foi rápido por que eu tava muito brava. - algum problema Maria Clara? - olhei pra ele me sentando. - não, só que já tava tudo feito e... - e sou o seu professor e se eu te mandar copiar isso cem vezes, você copiará... Entendido? - respirei fundo e só concondei. - se estão acostumados com um professor bonzinho que deixa vocês fazerem oque quiserem, não será eu que irei bancar esse tipo de atuação. Escola, aulas, matérias... Isso tudo é algo sério para levar na brincadeira. Escola não é um passeio, é como um curso pro futuro de vocês, estão estudando hoje pra amanhã serem pessoas bem sucedidas na vida. - foi para todos mas a indireta foi pra mim obviamente. Mas a aula passou rápido comparado com o tempo longo que fiquei copiando tudo novamente... Com a caneta preta e azul aaaaah que ódio. Quando o sinal tocou, como sempre, fiquei na sala guardando o meu material. - Maria Clara, quero falar com você. - eu o olhei, sentado sem sua mesa ainda mas ele não me olhava. Guardei o material, coloquei a mochila mas costas e fiquei segurando o meu livro de história, que era a próxima matéria. Fui até sua mesa. - sim. - digo, vendo ele escrever algo ao lado do meu... Nome. - oque é isso? - eu não conseguia ver, estava de ponta cabeça e sua letra estava difícil de decifrar. - isto? - continuou. - é só um lembrete pra toda vez eu me lembrar que a aluna mais bem falada pelos professores tem suas más qualidades na minha sala de aula. - ele terminou e me olhou. - além de não usar o uniforme... - você sabia que as cheerleaders nunca usam o uniforme? - ele se levantou e ficou me encarando, muito mais alto do que eu. - e ainda não tive nenhuma delas em minha aula e assim que eu ver, elas não entraram na minha sala. - o encarei. - você interrompe um professor como também escreve com caneta colorida enquanto as regras da escola dizem o contrário... - mas as regras falam apenas para provas. - e você fez de novo. - nos encaramos. - caso você queira que eu te traga uma folha com todas as coisas que podem e não podem dentro da escola, eu trago, e faço questão de marcar onde diz claramente que todos os alunos sem exclusividade devem escrever com apenas dois tipos de cores de caneta. - não falei nada. - quanto ao seu uniforme, deve se vestir antes de vim pra minha aula e se você se atrasa, é melhor que reveja seus horários e que organize eles. - alguns alunos foram entrando na sala. - você deve ser uma das melhores alunas mas é muito m*l educada que deve aprender isso. Vou te ensinar na segunda feira, daqui a duas semanas. - não respondi. - já pode ir. E p**a da vida eu sai da sala e revirei os olhos. Fui pra aula de história e a professora me questionou sobre o meu atraso e joguei a culpa toda no professor. Aff. - gente eu tô achando português muito difícil. - disse Becca, estávamos no almoço. Mas eu nem toquei no meu prato. Hoje tinha frango frito e salada de maionese. Sabe, batatas com maionese. Mas eu só brincava com o garfo. - eu achei a matéria mais difícil a de química. - disse Malu. - e eu... Só tô... Amando comer. - disse Pedro e todas riram menos eu. - ah eu tô pouco me fudendo pra as aulas, eu não olho pra cara de nenhum professor, só fico na minha biblioteca. - disse Karla. - nossa biblioteca. - falou Becca. - minha. - nossa. - minha... - ela é da escola. - falei. - tudo aqui precisa estar no ponto, não dá nem pra escrever com uma simples caneta rosa! Essa escola é muito chata.. - digo após bater o garfo no prato e fez barulho, alguns alunos olharam pra gente mas por sorte eu não gritei tão alto. - calma Maria, é brincadeira. - disse Becca e coloquei a mão no rosto respirando fundo. - não é não, a biblioteca continua sendo minha. - Karla. - chamou sua atenção. - vou precisar ficar no reforço de matemática. - como? Hoje é o segundo dia de aula. - disse Malu e pensei. - mas sou m*l criada como disse o professor. - falei. - eu achei ele tão gatinho. - disse Becca. - como é? - ela riu da cara do Pedro. - ah amor, ele é fofo... E você gostoso. - Karla fez um som de vômito. - ainda bem que pênis é algo tão nojento e que eu não gosto aaah que bom, obrigada universo. - Malu riu. - eu gosto de pênis, eu acho bonito. - olhei pra ela e sinceramente? Essa foi a única coisa que me animou. - é sério? - perguntei animada e ela assentiu tímida. - eu vi um vídeo... Ele tinha veias igual você disse que o do Henrique tem... - que nojo, parem! - Pedrinho odiou e ri. - é meu irmão, qual é. - rimos. - Malu, quando você ver uma v****a, vai amar. - disse Karla. - eu vi, mas não gostei... Parece muito... Fofa... - então! Toda fofinha, esperando alguém colocar a boca. - disse Karla e pensei. Realmente, v*****s são fofas. Mas.. - um pênis é tão masculino e dominador, eu gosto disso. - olhamos todos pra Malu. Ela descreveu meus pensamentos. Pênis é tudo isso e v****a é fofinha de mais... Então quem gosta de ser dominado e sentir alguém mandando em você, certamente não irá querer uma v****a fofinha. Mas sempre tem as excessões. O assunto acabou ali pelo simples fato de Pedrinho não querer imaginar o pênis lindo do daddy. Mas me animei a ponto de sentir fome e quando pensei no professor, automaticamente pensei no pipi do daddy... Logo depois no do professor mas não tinha como, eu nunca vi então não tem como imaginar. Comemos e fomos pra próxima aula. Na escola tinha aulas de natação, artes mas de outro jeito, aulas de yoga mas isso era opcional. Tinha o time das cheelearders, o grupo de corridas, o jornal e outras coisas e tudo isso fazia parte das atividades fora das matérias normais. Era opcional, mas quando o professor te mandava pra algumas dessas aulas, você tinha que ir. Então por enquanto eu não queria fazer natação e Malu fazia, tanto que comeu pouco por que era a próxima aula. O jornal da escola ainda estava sendo organizado e eu tinha a liderança dele por mais 2 anos, mas eu estou no 2° ano já, então não tem como alguém tirar a minha liderança. Vamos começar ele na semana que vem e eu terei que aturar Cheli, mas isso é engolivel. [...]
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