Capítulo- LXXXIII. Nervos
" Os nervos correm mais a alma do que o corpo de quem os possui."
Ettore
Quando o dia amanheceu, ele trouxe consigo a sensação de me preencher de noite nova, e trocamos olhares de relance. Minha esposa sabia que meus nervos estavam por um fio e, em muitos momentos, me prometeu que estaria lá caso a noite me cercasse, para que eu não cedesse à tentação e ao desejo de me perder em meio aos entorpecentes, querendo adormecer a dor de ver um dos meus irmãos atingido diretamente. Malva cumpria e cumpre divinamente as promessas que me fez, e uma delas era não flertar comigo quando o nervoso estivesse me vestindo feito uma capa sufocante.
Eu sei que, nesse momento, minha mulher me via, e me ver como um desafio era bastante comum, já que minhas atitudes causavam
