Capítulo- XXXVIII. Sorvete
" Eu queria tudo. Ele também. Eu queria sentir e aprender, ele queria sentir e ensinar. Nós estávamos condenados."
Annália
O sol de Palermo batia com força sobre nossas cabeças quando saímos do apartamento em Cefalù. Filippo dirigia em silêncio, os olhos escondidos atrás dos óculos escuros, a mandíbula cerrada como se estivesse sempre à beira de explodir ou gozar — ou talvez os dois.
Eu queria ver ele gozando pelado. Seria uma cena e tanto.
Porém, havia algo de tenso nele, mesmo nos momentos mais suaves.
— É gostoso gozar dentro? O que você sente? — indaguei, querendo dissipar a tensão estampada em seu rosto.
Não era algo que nascia do medo, mas do controle absoluto de si e dos outros.
Filippo me olhou e deu um leve sorriso.
— Quando eu fizer em
