Capítulo-XLVIII. Negrume " O poço de piche borbulhante é sempre o melhor lugar para se esconder um corpo." Nero Estaciono dentro dos enormes muros. O portão de ferro range ao ser fechado. Se assemelha a um grito de desespero que ecoa perdido pela noite. — Desce, pulga — digo para o anjo sem asas. — Nossa, pra que um muro dessa altura? Aqui é uma prisão ou coisa assim? — Não é bem isso. Até porque quem entra, não sai vivo. — Jesus! Estou grávida, não se esquece disso, Nero. — Você deveria ter levado isso em conta antes de entrar no meu carro. Ela abre a porta e desce com receio. — Tá escuro! — sorrio com escárnio. — Está de noite. Queria o quê? — Você não é adepto da iluminação artificial? — Meia-luz é o que aprecio. — Você é um ser trevoso. — E a sua boca anda falando demai

