Capítulo- LXXVIII. Dores " Muitas dores, poucos sabores e nenhum sentir. Tudo continua na mesma. Nada mudou." Nero A forma de tentar tirar de mim algum tipo de informação veio em forma de surras, correntes, choques elétricos… e, mesmo assim, eu ria, gargalhava a cada dor, a cada contração que meus músculos faziam. Eles não obteriam de mim nada, nenhuma palavra. Eu mesmo cortaria minha língua fora para não dizer; cortaria minhas mãos para não ter que escrever; furaria os meus olhos se quisessem descobrir, através deles, algo que chegasse até o meu clã. A partir do momento em que fazemos um juramento à máfia, deixamos de ser quem somos para servir a ela. É como se a máfia fosse um deus invisível, e nós, seus súditos. A ele damos nossa vida, nosso sangue, nosso suor, o respirar… e o ofen

