Capítulo 6

1007 Words
Rafaela narrando: No caminho não conversamos muito. Até porque não demorou muito pra chegar. Logo notei que ele realmente morava bem perto do Café onde trabalho, e era por isso que ele estava sempre lá, desde o começo da semana. Achamos melhor ir até a casa dele por mais que eu queria eu não iria para a lá com essa intenção maldosa. Estava tarde para ir para alguma praça ou algum lugar assim. Quando chegamos eu notei que ele até que é bem organizado e tinha tudo no lugar. Poucos móveis, mas era tudo muito bonito. — Sua casa é bonita. — eu dizia olhando. — Ah, obrigado. Eu não demorei a escolher muito, só queria me mudar logo mas ainda bem que foi uma casa boa. — Não entendi. — eu sorri — Ah. Eu te explico depois. — ele sorri pra mim. — Senta, fica a vontade. Se quiser, tem bebida, água... — ele falava quando eu me sentei no seu sofá. — Não, não, eu não quero nada. — agradeci. — Rafaela... Eu.. gostei muito de conversar com você no Café.. sei que foi rápido, mas eu gostei da sua companhia, espero que não se importe. — Claro que não. — eu sorri — apesar de ter achado você bem específico na primeira vez, eu também gosto de conversar... — Ah eu já pedi desculpas... É que não costumo esconder o que penso, ou sinto. Posso ter parecido um t****o ou sei lá, mas juro que eu sou tranquilo.. — ele tem um sorriso largo e tão encantador... — Não tem problema.. mas.. me diz, você não parece ser daqui, nunca tinha te visto antes.. Desculpa, eu até que frequento alguns lugares, mais ainda não conhecia seu trabalho. — Eu entendo. Faz uns dois anos que eu comecei a cantar de fato, mais profissionalmente. E só agora conquistei um certo êxito na cidade. Eu sou uma novidade para os outros também. — ele ri e eu também. — Que bom então, eu gostei. Você tem talento, sua voz é marcante. — eu olhava em seus olhos. — Bom, vindo de uma moça como você, eu fico feliz, Senhorita... — ele da uma piscadinha sorrindo e meu Deus, isso foi demais. — É... porque me chama de Senhorita? — eu fiquei nervosa depois daquela piscadinha e precisava me recompor. — na verdade é porque eu não sabia seu nome. Mas, você não gosta? — ele fica sério. — Não me importo, só tive a curiosidade mesmo. Ninguém me chama assim. — eu o olhei profundamente nos olhos. — Sabe, tem muitas coisas que ninguém nos diz, mas sempre tem a primeira vez pra tudo, não acha? — essa frase soou estranho e eu corei. — Sim... — eu olho pra baixo — Você está nervosa? Tá tudo bem? — pronto, ele notou que eu fico nervosa atoa. — É que.. bom... você vai me achar boba, deixa pra lá. — eu me virei. — Não.. pode dizer, eu não vou julgar não.. eu juro. — eu suspiro — É que... faz tempo que eu não converso com ninguém assim... sempre que estive solteira eu nunca tive tempo de conversar, com outro homem. — eu mordo o lábio. — Seu ex namorado, ou sei lá, é um imbecil.. Me desculpe. Mas para te deixar assim, toda semana, é o que ele é. Pois pelo que eu vejo ele vive armando escândalos com você. Por ciúmes. Ele não vive e não deixa você viver também. — ele estava sério e até meio bravo. Eu sorri para ele. — Tem razão. Mas eu não quero falar disso. Agora já foi.. — eu sorrio com convicção e ele parecia gostar. — Mas, e você, o que faz, além de trabalhar no Café Berlim? —Estou fazendo faculdade EAD. De Gestão financeira... — Ah que legal.. — ele sorri surpreso. — E está gostando ? — Sim, mesmo eu não tendo tempo pra mais nada, eu consigo sobreviver. — eu digo — Você teria tempo para conhecer alguém melhor? — ele sorri de lado — Bom... pra isso sempre sobra um tempo. — eu olho pra baixo e depois pra ele. — Gostei, Rafaela... — ele se aproxima do meu rosto — esse alguém pode ser eu? Não to pedindo mais nada. Ele sussurra próximo aos meus lábios, e posso sentir seu hálito refrescante próximo a mim. Eu aproximo um pouco meu rosto e só aceno positivamente com a cabeça. Ele entende meu sinal e se aproxima para me beijar. Assim que sinto o toque dos seus lábios nos meus, eu abri caminho para sua língua. E como era bom sentir outra pessoa me beijando daquele jeito. Ele é carinhoso, e me respeitava. Enquanto me beijava ele passeava as mãos pelos meus cabelos. Eu gostava de como ele conduzia a sua língua com a minha. Explorando cada canto com ela. Bruno finalizou o longo beijo me dando alguns selinhos demorados. Eu gostei tanto que o beijei novamente em seguida. — Eu, já vou agora, estou bem cansada. Espero que não se importe. — eu dizia me levantando. Por mais que estivesse muito bom ali com ele, eu precisava dormir. Na semana seguinte eu teria inúmeras provas e teria que descansar. — Tá.. eu agradeço sua companhia. — ele sorri levantando também. Eu te deixo em casa, tá bem? — Obrigada. — ele me guiou até a porta e depois me deixou em casa, também era bem perto da dele. Nos despedimos com mais um beijo, e eu entrei. Foi um beijo tão diferente, há tempos não me sentia tão leve, e na hora não consegui me sentir m*l. Até porque teoricamente eu e Nathan não estamos juntos. Só sei que minha boca pedia mais e mais daquele beijo, e eu sem dúvidas estava me sentindo como em uma aventura, depois de tanto tempo experimentando outra boca, que por sinal, é indescritível. Não poderia ter encerrado minha noite de outra forma, se eu não o beijasse estaria me xingando mentalmente agora.
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