Capítulo 7

1306 Words
Rafaela: Passei o domingo dormindo e estudando. Eu estava feliz com a noite que passei com as meninas, e no fim por ter beijado o Bruno. Eu estou muito afim dele, e a tempos não me sentia assim, querendo ver alguém. Nate estava me deixando mau sempre que brigávamos. E por falar nele, me mandou mensagens o dia todo, mais uma vez ele se arrependeu da nossa última discussão. Eu o ignorei o máximo que pude, depois de ter ficado com outro o que eu menos queria era voltar com ele. Fiz um jantar rápido e fui dormir depois de ver uma série. Eu já havia estudado muito. Seja o que Deus quiser essas provas. Amanhã eu teria que ir a faculdade para fazê-las. Levantei cedo e fui para o café. Estava tão preocupada com as provas que eu até me esqueci que o Bruno poderia aparecer por lá. (...) — Como está querida? — Seu Marcos como sempre muito gentil comigo. — Bem... apesar da correria que serão essas provas dessa semana. — eu dizia colocando meu avental. — Eu entendo. Você pode sair mais cedo essa semana. Vejo com as meninas para cobrirem você. E quando elas precisarem você retribui o favor, pode ser? — ele sorri amigavelmente. — Nossa, eu agradeço muito. Vou precisar mesmo. Eu dormi bem pouco essa noite, de tão preocupada. Mas agora eu vou começar a atender, depois nos falamos. — Está bem.. — sai da cozinha e fui para o balcão. Alguns clientes foram chegando, eu estava colocando alguns doces e salgados na estufa. Fiquei concentrada que não percebi alguém se aproximar. — Oi... — aquela voz só podia ser do cantor que eu beijei no sábado passado. — Oi... — eu sorri o encarando de frente. — Pode levar uma café até a mesa 3? — ele sorri — Sim, claro.. — ele sai e se senta, Larissa surge como fantasma ao meu lado. — Eita... já to sentindo o clima ein dona Rafa.... — ela estava falando ao meu ouvido — Lari, agora não por favor... vou levar um café pra ele, cuide do balcão... — pego o pedido de sempre dele e vou até a mesa. — Aqui está... — ele me olhava com intensidade, e eu estava apenas querendo repetir o beijo de sábado. — Muito obrigado Rafaela. Como passou o domingo? — Bem, até.. estudei e dormi, só isso... — olho pra baixo — Eu não fiz muita coisa. Fui ajudar meu primo com algumas coisas, e depois voltei pra casa. — Entendi... — O que vai fazer hoje? — ele pergunta. — Provas... - sorri de nervoso ele. — Sério? Tinha até me esquecido... — ele coça a cabeça. — eu queria te ver mais tarde, mas então marcamos outro dia. — Essa semana toda vai ser assim, mas, nos vemos por aí... — sorri pra ele. — Tudo bem. — Até mais, com licença. — Até. Enquanto eu voltava para o meu posto, só conseguia me xingar mentalmente. Como assim Rafaela? Nos vemos por aí??! Não, só porque eu conheci alguém legal a coisa resolve acontecer justo na semana de provas, e eu não consigo nem dar uma resposta que preste! Voltei a atender mais alguns clientes, Talita recolheu as coisas das mesas e Bruno se aproximou do balcão. — Obrigado pelo café. — ele sorri. — Por nada. — eu sorrio — Tchau. — Tchau. — eu queria me m***r por não conseguir saber lidar com um homem pós término. Eu devia ser mais destemida ou sei lá. Mas estou me comportando como uma boba. Fiz meu horário de almoço, comi na casa dos meus pais e voltei para o café. Ao chegar lá tive uma surpresa desagradável. Nathan estava lá querendo conversar. O que eu menos queria. — O que faz aqui? — fui muito seca com ele. — Como? É um estabelecimento público.. mas se quer saber, eu quero falar contigo. Pode me dar um minuto? — Não, Nathan! Estou trabalhando, não vê? — eu me enfiei atrás do balcão, só pra não ter que conversar com ele. — Mas você não me atende, não responde minhas mensagens, e nem está parando em casa mais, fui te ver no sábado e você sumiu... o único jeito é vir aqui! — ele diz meio revoltado. — Olha, eu não quero falar com você. E por favor, vá embora, se o Seu Marcos te ver aqui pode até me demitir por estar brigando dentro do café dele e resolvendo coisas pessoais assim! — fui bem direta com ele. — Tá.. depois eu te procuro então Rafaela. Mas não pense que vou deixar quieto. Precisamos nos entender. — Está bem, está bem.. agora vá. Obrigada... — eu dizia com as mãos enquanto ele se afastava. Como eu estava de saco cheio de brigas e discussões. — Ele não se toca não é amiga? — Talita ouviu tudo e se aproximou. — É... e eu não quero conversar! Que saco... — eu suspiro. — Olha, fica calma. Jaja você vai embora e precisa estar bem para começar as provas. Não liga pra ele, ok? — ela sorri de canto. — Obrigada amiga. Você está certa. Vamos ao trabalho. (…) Fui para casa mais cedo, me adiantei com a organização das coisas e depois segui para a faculdade. Só ia lá para fazer provas, e nunca estive tão tensa em toda minha vida. Já fazia alguns dias que a minha cabeça estava uma loucura. Término, novo affair, provas, boletos, eu já estava ficando louca realmente. Fiz duas provas uma de matemática financeira, e outra de controladoria, duas matérias diferentes. Levei quase 3 horas fazendo as duas, e depois fui pra casa. Meu olho já estava fechando quando cheguei. Fui logo fazer um miojo, pois a fome estava maior que o sono. Depois de comer e cochilar minha companhia toca. Eu não estava nem um pouco afim de receber ninguém, ainda mais que eu já estava praticamente dormindo na sala. Antes que eu desista eu ouço a voz do outro lado dizer meu nome. — Rafaela, sou eu, o Bruno. Pode abrir, por favor? Se eu posso? Aí meu Deus, eu estou toda descabelada, com mau hálito deitada no sofá! Não, literalmente eu não posso abrir! — Espere, só um minuto. — eu disse meio gritado enquanto corria contra o tempo e dando um jeito nessa cara de sono. Escovei meus dentes em velocidade máxima e penteei os cabelos. Corri e abri a porta. — Pronto, desculpe a demora. — dou um sorrisinho sem graça e ele franzi a testa. — Eu... queria conversar, saber como você foi nas provas, espero não ter te acordado ou atrapalhado... — ele me encara — Não imagina. Eu não estava fazendo nada... mas entre, vamos conversar, eu realmente preciso disso. — se eu soubesse que ele viria eu me arrumaria melhor. — Tá, claro. — ele entra e eu fecho a porta. Olha eu ficando nervosa novamente. Ele percebe que eu estou meio aflita e me pega pela mão. — Tá bem mesmo? — ele sorri desconfiado — Sim... — eu sorrio. — Suas mãos estão frias, não está nervosa comigo, está? — ele pega minhas mãos e as aproxima do rosto dele. Ao tocar aquela pele macia e quente meu mundo parece parar. Eu olho para ele que naquele instante me passou a maior paz do mundo. — Eu estava, não estou mais.. — digo sorrindo e ele se aproxima. Ele me procurou porque gostou do meu beijo, então eu não precisava me sentir insegura com ele ali, mesmo que sua voz, seu olhar penetrantes me deixem desconcertada. Ele me beija com calma e com carinho, com Nate fazia tempos que isso não acontecia. Eu mau conhecia aquele homem, mas ele estava me ganhando muito fácil.
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