Drive Thru
Após a reunião nos fundos do Drive thru, Deby segue para casa. Johan ficou de providenciar uma moto para chamar menos atenção. Ele a levaria para um local na floresta por um curto espaço de tempo. O Dan estava se sentindo impotente, via Johan fazendo seu trabalho além da conta, isso só podia ter um significado: paixão, sim, o Johan estaria se apaixonado pela mãe dos seus filhos. Mas ele nada tinha a ver com isso, já que estava comprometo com a Lexa. Dan tenta mudar seus pensamentos, mas seu peito queima de um modo toda vez que pensa nela. Ele está confuso e perdido. Como conciliar tantas emoções de uma só vez? Três filhos e uma mulher fora do seu alcance. Mais e mais segredos a serem firmados entre lobos e vampiros.
Saphira
—Amiga, já lhe pedi que diga por onde anda. Quase me mata de ansiedade.-ela cruza de braços aborrecida.
—Me perdoe! Eu vou precisar me afastar de você por um tempo. Não se preocupe.
—Não não! Por favor Deby eu não quis lhe magoar, não me interprete m*l!- Saphira segura nas mãos da amiga com tristeza no olhar.
—Calma amiga, não tem nada a ver com o que disse. Estivemos em uma reunião há pouco, preciso ficar escondida. Depois eu vejo como me organizar. Você não pode me abrigar mais, está perigoso.
—Que triste essa situação Deby. Mas eu confio que o Dan vai te ajudar.
—O Dan? Bem, não só ele está se mobilizando; sabe do Johan, sobrinho do Lews, ele é um fofo. Nunca imaginei que poderia dizer que um vampiro poderia ser um amigo.
—O que?? O Johan que é metade lobo, metade vampiro já está mexendo com seus hormônios? Hahaha
—Saphira, não é o que estou insinuando. Ele é atencioso e muito gentil; diferente do Dan que só fala na Lexa o tempo todo.- Deby sente a indignação ao falar do Dan.
—Eu entendo, mas acredito que aquele casamento é só por conveniência.
—O Sr. Lews acha o mesmo, mas de quê isso me adianta? Ele não poderá ser meu. Minha família o rejeitou e eu cumprirei minha sina, sozinha.
—Nada disso! O bonitão do Johan está disponível e doido pra ficar com você.
—Não delira Saphira, o Johan só está sendo profissional e amigo. Nada mais. Estou cansada de perder nessa vida. Chega de decepção.
—Não fica assim, logo ele vai demonstrar suas reais intensões, você não ficará mais sozinha.
—Eu só quero meus bebês e voltar pra reserva em segurança.
—Quer dizer que não vai deixar a madrinha dos trigêmeos ajudar na criação deles?
—Deixe de bobagens! lobos não fazem batismo como você está pensando sua tolinha.-risos
—Ah, que chato! Queria está toda orgulhosa na igreja pousando de madrinha.
—A gente pode pensar em algo pra não te deixar triste ok?
—Vou sentir sua falta Deby. Apesar dessa adrenalina toda rondando minha casa, eu gosto dessa sensação de poder ajudar.
—Não se preocupe. Logo estarei de volta a faculdade. Preciso voltar a vida normal até encontrar meus bebês. Tenho que me sustentar,seu apoio de madrinha será fundamental!
—Será divertindo trocar fraldas. Eles vão chorar ou uivar?- Saphira põe o indicador ao lado do rosto imaginando...
—Sua louquinha-hahaha, claro que eles vão chorar. Ainda são bebês, não estão na fase de transformação.
—Ah, ok! Será mais fácil do que imaginava. Mas amiga, quando pretende ir?
—Creio que amanhã o Johan me levará para um chalé. Vou ficar meio isolada mas sobreviverei. Pensarei em vocês e em meus bebês.
Saphira deixa as lágrimas caírem, ela é uma amiga fiel. Deby vai ao quarto arrumar seus pertences. Uma mensagem estranha chega ao seu celular
[ Se continuar se metendo onde não deve, seus filhos vão sumir pra sempre! Desapareça desta cidade e aguarde coordenadas.]
Deby se assusta! Quem poderia ter seu número de celular?! Essa ameaça não era um blefe. Ela precisaria se manter oculta e deixar Johan agir sozinho. Alguém havia rastreado seu número de algum modo. Ela manteria segredo ao Dan e Johan sobre essas ameaças ou contaria? Se guardasse segredo poderia está causando mais dificuldade nas buscas; alguém a queria longe e despreparada para agir. Deby não comenta nada com Saphira, precisa proteger sua amiga. A mensagem afirma que ela nunca mais verá os filhos, se for como disseram, é porque eles ainda estão vivos. Só resta a Deby tomar a decisão certa.
...
No Chalé
—Johan, eu agradeço por me deixar ficar na cabana, ela é bem funcional, obrigada. Mas...Quem sabe que estou aqui além de você?
—A localização somente eu sei. Meu tio não sabe que a comprei de um viajante nômade. De resto, o Dan não sabe tão pouco.
—Ok, melhor que seja deste modo. Assim evitará qualquer imprevisto.
—Não se preocupe Deby, eu não a deixarei faltar nada.
—Para uma loba o que poderia faltar Johan? Estarei bem. Sentirei falta da Saphira e do seu tio, quero voltar ao trabalho.
— Como disse, será por pouco tempo. Logo voltará a sua vida normal. Independente de termos pistas ou não enquanto estiver aqui, será preciso manter a discrição.
—Eu te entendo Johan, manterei discrição, se bem que numa floresta desta, dificilmente alguém me achará.
—Deby, apesar da cabana está bem oculta. Não estamos tão distante da estrada principal. Alguns caçadores passam próximos daqui em algum período do ano. Podem encontrar, caso isso ocorra evite a transformação. Fuja pela passagem secreta que está embaixo da cama . Só retorne após terem ido embora.
—Mas eles sempre vem com cães, não será difícil me encontrar. Pensei ter dito que era confiável este lugar?!
—Eu disse que eventualmente poderia acontecer. Nunca soube de invasão aqui. Mas estou te preparando porque é temporada de caça. Eles podem passar por perto, mas não convém vacilar.
—Ok Johan, estarei atenta. Realmente não estamos seguras em lugar algum.
—Eu ficarei esta noite aqui, só por precaução.
—Ficar aqui... na cabana?
—Eu não mordo Deby, hehe; quer dizer... até mordo, mas não o pescoço de uma loba feito você.
—Não quis dizer isso, desculpa Johan. Eu estou bem, mas se quiser ficar me fará companhia.
—Tudo bem Deby vou pegar lenha pra acender a lareira. A noite costuma esfriar. Volto logo.
Deby estava insegura de está com um desconhecido numa cabana no meio do mato fechado. Ele parecia ser de total confiança,mas o que o Dan pensaria se soubesse disso? Mas afinal, ele sequer está preocupado com sua vida sentimental, se não fosse pelos bebês ele sequer a olharia na cara. Deby decide não pensar nele e pega um bom vinho para preparar um jantar com as compras que ele trouxe. Afinal, o Johan era boa companhia, além de bonito e gentil. Se não fosse pelo caso de ser um sangue suga, ela até arriscaria um envolvimento.