Dominique Bem.
Suas mãos tocavam meus s***s enquanto seus dedos beliscavam meus m*****s de uma maneira deliciosa que me fez suspirar. Sua boca estava na minha, exigente, possessiva e selvagem, e seu corpo nu em mim. Agarrei minhas unhas em suas costas fortes, enquanto ele começou a empurrar dentro de mim, impiedosamente, como eu apreciava. Ele quebrou o beijo, eu podia sentir sua respiração agitada sobre a minha boca.
— Olhe para mim — exigiu.
Eu não conseguia abrir os olhos, o prazer era muito intenso, meu corpo estava quente, avisando que eu estava prestes a gozar de tanto prazer.
— Olha para mim, minha sereia. —repetiu com uma voz rouca, a levar-me pelas bochechas para manter a cara à frente dele, meio que abri os olhos para ver o lindo flash dos seus olhos cinzentos — Sou o único que te faz sentir assim.
Dominique, segurando a parte de trás do pescoço para me beijar novamente, quando de repente eu fiquei assustado com o som do despertador.
Abri meus olhos sentados na cama, minha respiração agitada, minhas bochechas vermelhas, meu corpo vibrando diante do intenso sonho molhado que tive.
Olhei para o quarto vazio e escuro, suspirei, desligando o alarme estrondoso que me disse serem 5 da manhã em outro continente, a milhares de quilômetros de distância dele.
***
O soldado engoliu saliva, a chuva a cair e a encharcar-nos juntamente com o frio infernal, a pá na mão pregada ao chão, junto a um tumulto de terra onde cavavam para a nova bomba que ia ser instalada; apanhei-o deitado no chão a fazer uma pausa, enquanto o resto continuava a fazer o trabalho; algo obviamente injusto e o sargento encarregado do esquadrão distraiu usando seu telefone, algo completamente inaceitável.
O pior de tudo, aquele sargento jurou-me desde que entrei nesta sede como comandante; ele já não ia aceitar os seus transplantes.
— Então, devo me contentar com a sua inépcia? — Eu lancei.
— Não Dominique Bem—começou a dizer. — Comandante Bem, para você —interrompi-o e olhei à sua volta, acrescentando: — E para quem pensa em referir-se a mim, isso é claro?
— Sim, Senhor… Senhora… Comandante — disse o sargento chamado Guiternes.
Eu sabia que isso acontecia comigo por não ter colocado uma mão firme no começo diante dos sargentos que achavam que eram superiores a mim só porque eram homens, aproveitando para me difamar e falar m*l nas minhas costas por ser um americano, influenciando o esquadrão de soldados.
Minha bondade já estava extinta, agora apenas a coragem firme permaneceu.
— Dom? — Eu pedi e olhei para o sargento encarregado do pelotão —, você também, para baixo e me dê dez anéis longos antes de perder realmente a paciência.
O soldado e o sargento começaram a fazer lagartos, sorri internamente com satisfação.
Olhei em volta e disse ao resto do pelotão:
— Isto é para todas as tropas presentes — Estiquei os lábios num sorriso forçado — Quem pensa em quebrar as minhas ordens ou querer passar por cima de mim, vão estar em apuros comigo, só para serem avisados.
Eu não ia deixar ninguém me atropelar, mesmo que eu fosse um simples soldado ou um sargento m*l colocado. Esses dois anos que se passaram desde que eu cheguei. No exército dá, Alemanha, ou melhor, para o centro D.E. A.
Eu me respeitava, eles me tornavam dura, mais metódico e determinado. Ser capitão do Cornete não era um trabalho fácil. Muito menos ser mulher, porque eles acreditavam terem o direito de me seduzir ou acreditarem saberem mais do que eu.
Quando o soldado e o sargento terminaram de fazer os lagartos, eles se levantaram.
— Agora sai, desaparece da minha vista. — Eu disse ao soldado, ele fugiu, virei-me para o sargento que parecia fazer beicinho e disse: — Vai acabar este trabalho sozinho, o teu pelotão pode recuar.
O pelotão largou as lâminas rapidamente e o sargento parecia querer me replicar, mas ele apenas bufou e começou a fazer o trabalho por conta própria. Também não estava faltando muito, quase nada estava faltando, mas era uma maneira de me cobrar por todas as humilhações que ele me fez passar.
Eu fui de lá para o prédio de descanso do comandante, onde havia aquecimento, e eu me servi de um café. Hoje à noite, eu tive que realizar muito trabalho no novo projeto que estava sendo realizado com as bombas, agora eu era um comandante, mas isso implicava mais responsabilidade e obrigações.
Senti que algumas mãos me abraçavam por trás das costas e me beijavam na bochecha. Eu não precisava me virar, já sabia quem era, reconheci seu cheiro de balas misturadas com cigarros.
— Foi muito c***l o que fizeste ao Sargento Guiternes.
— Bastião murmurou no meu ouvido.
— Ele mereceu — eu respondi, virando-me para ele, não soltou minha cintura, seus familiares olhos cor de avelã me observaram —, eu já estava farto de sua má atitude.
Ele sorriu, as covinhas em suas bochechas marcando.
— Vem à minha casa esta noite? — Perguntou.
— Tenho muito trabalho para fazer — murmurei ao tomar um gole do meu café quente.
— Então, eu vou para a sua e dar uma massagem nos pés. — Proposta.
Ele se inclinou para a minha boca e eu aceitei o beijo, seus lábios eram macios, pacientes e doces. Ele era capitão de navio; ou como todos o chamavam; Coronel Cleber, no primeiro dia em que ele chegou, eu o vi à distância supervisionando os sargentos e os pelotões. Se destacou por sua coragem e pelo fato de que ele transbordou autoridade com aquele rosto gelado que os alemães tinham.
Mas, quando nos deparamos e começamos a conversar, percebi que ele era muito gentil e respeitoso, sempre muito atencioso. Primeiro, como se quisesse ser meu amigo, mas depois de muitos meses, ele me disse estar apaixonado por mim. Não me pegou de surpresa, eu suspeitei, mas ele me deu sinais muito confusos; os alemães poderiam ser pessoas muito frias às vezes, mas eu estava confortável com a companhia dele. Então começamos a namorar. Ele tinha me ajudado muito a compreender como as coisas funcionavam aqui e na língua alemã. Então, senti sua respiração agitada sugerir mais para mim quando ele mordeu meu lábio inferior. Eu abri meus olhos vendo seus escurecidos, acariciei seu peito forte sob o uniforme, ele ia me beijar novamente quando eu os ouvi dizer:
— Comandante Bem.
Separamo-nos como dois cabos num curto-circuito, antes da secretária Aila atravesse o corredor e encontre-nos, nesta sede do centro D.E.A.
As relações entre os funcionários eram estritamente proibidas, por isso tivemos que ter muito cuidado em mostrar carinho nas áreas comuns.
Ele arranjou suas lupas desalinhadas assim que nos viu. Aila tinha péssimo gosto, vestindo saias compridas listradas em uma camisa estampada. Ela sorriu para mim e eu notei que o batom vermelho que ela estava usando manchava um pouco de seus dentes. Ela sempre parecia tímida e como se ela temia todos em uniforme militar.
— Oh — disse quando viu que o Coronel Cleber estava ao meu lado, mas também à sua procura. Coronel, ambos têm uma reunião de emergência com os chefes de comando.
— Agora? — Bastião perguntou.
Ela olhou para o chão sem conseguir segurar o olhar de Bastião e colocou uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. Notei como suas bochechas coraram.
— Sim, eles estão solicitando-os na sala de reuniões — Aila murmurou e depois andou rapidamente na saída.
Bastião suspirou e olhou para mim novamente.
— Acho que o meu plano para ir massagear os pés enquanto trabalha é abortado — Bastião fez beicinho.
Eu dei de ombros como a única resposta e fomos para a sala de reuniões principal, assim que entramos percebemos que todos já estavam lá em um silêncio muito tenso.
— Mas o que aconteceu?
— Agora que somos todos — disse o Capitão Grei, um homem mais velho, talvez com 65 anos e cabelo branco — Tenho que informá-los dos últimos acontecimentos de hoje. Os Hanã tomaram parte do território da Bélgica e ameaçam invadir nossos territórios.
Na menção do Hanã, eu congelei no meu assento, Bastião notou e colocou uma mão na minha, não é como no Centro E.E.M.
Não tínhamos consciência deles, a Alemanha estava unida e mostrou o seu apoio com a América contra a Hanã, mas deste lado do mundo não havíamos sido diretamente ameaçados ou afetados, mesmo as más memórias de há dois anos haviam conseguido enterrá-los profundamente e haviam conseguido esquecer a guerra…
Agora pensar que eles estavam perto de nós me fez sentir que o sangue estava deixando meu corpo.
— Aparentemente, o Hanã mudou o curso dos seus planos — continuou o Capitão General Grei —, parece que mais e mais terroristas estão indicando que estamos em desvantagem contra eles.
O terror agarrou-me ao meu peito enquanto eu pensava novamente em adrenalina, luta, caos. Às vezes eu sonhava com os olhos do meu amigo Estevão, quando ele faleceu, às vezes eu sonhava com… Capitão Chances; um amor passado que nunca deveria ter sido porque ele era o pai do meu namorado naquela época, mas eu tentei tanto suprimir essa memória e seguir em frente que a reviver estava começando a ser insuportável.
Eu apertei a mão do Bastião na minha, trazendo-me para a realidade, eu estava aqui, eu estava seguro. O capitão Grei continuou a falar sobre território ameaçado e ameaças, mas eu só prestei mais atenção a ele quando ele disse:
— Então, os reforços dos americanos virão.
— Reforços americanos? Ela entendeu que a milícia neste país não era atraente ou popular após as últimas guerras dos séculos passados, mas não éramos um número tão pequeno… Exceto que os Hanã realmente foram responsáveis pelo recrutamento de mais terroristas durante todos esses anos. Se assim fosse, estávamos em sérios problemas, porque em um único ataque eles nos levariam; destruíram-nos.