Mateus
Ter Isabela em seus braços, segura, era a confirmação de que, apesar de todo o perigo, ela era minha luz, a única coisa que valia a pena proteger a qualquer custo.
— Eu sinto muito por você ter passado por isso – digo quando nossos lábios se afastam.
A muita culpa dentro de mim.
— Não foi sua culpa. Você me salvou. — o medo ainda era presente, mas foi ofuscado por uma necessidade mais profunda. — Acho que agora eu te vi de verdade.
Um suspiro pesado escapou dos meus lábios.
— Eu sou o que o morro me fez ser. Eu vi minha chance de não morrer de fome e a agarrei. É o que eu sou. – não preciso de rodeios. Ela me merece por inteiro. — Mas com você... é diferente. Com você, eu sinto algo que achei que tinha morrido há muito tempo.
Levei minha mão até o rosto de Isabela, meu
