Isabela.
— Sinto muito pelo que aconteceu com você – a voz dele que até a pouco tempo era forte, se suaviza. De uma forma discreta, ainda assim, posso sentir a mudança.
— Eu estou bem agora.
Encaro seus olhos. Penso que seria fácil demais eu perder ali.
Talvez ele não seja tão r**m quando tenta demonstrar ser. Essa é a primeira vez que temos uma conversa longa. Ontem, na escada, ele foi embora tão rápido quanto chegou.
Minha necessidade de entender mais dele me consume. Me questiono o quão eu posso avançar e fazer perguntas.
Já quebramos a primeira barreira, não foi?
O silêncio, sempre antes tão constante agora dá lugar as palavras.
Meus olhos vão para seus lábios. Acompanho o contorno daquelas linhas que parecem que foram perfeitamente desenhadas.
Me pergunto; como seria
