Capítulo 1

1799 Words
Era de manhã e Sebastian chegava da cidade em seu carro. Entrou na casa grande e logo é recebido por Carolina uma de suas empregadas de confiança. Carolina - O almoço já vai sair senhor Sebastian. Sebastian - E Dorothy e Célia? Carolina - Estão almoçando na cozinha. Ouvem alguém bater na porta...ela corre para abrir era um homem humilde junto com a esposa e uma jovem, morena e de olhos verdes. Genival - Viemos falar com seu Sebastian. Diz o homem com aparência modesta e simples, Carolina foi imediatamente chamar o patrão. Carolina - Um instante, tem um senhor aí fora querendo lhe falar patrão. Sebastian - Se for para pedir alguma coisa pode mandar dar meia volta que aqui não é casa de beneficência. Ele era rude e muito xucro. Genival - Diga a ele que é sobre uma mocinha nova, tenho certeza que ele vai querer que ela trabalhe para ele... Falou alto o homem a sua porta. Isso muito interessava a ele, se levantou e foi até a porta. Era dona Severina e seu Genival...estavam com a filha Nathalie, era a moça mais linda de toda a região e ele queria que ela morasse na fazenda já a um bom tempo. Sebastian - Finalmente vamos fazer negócio Genival. Ele sorria olhando a menina com desejo. Genival - A minha roça foi devastada por praga e agora nós não temos mais nada por lá. Eu trouxe minha filha por que aqui com o senhor sei que não vai faltar pão...enquanto nós não temos o que oferecer. Nathalie estava assustada com aquela conversa ela agarrava a mãe com toda a força. Sebastian - Eu compro, pago o quanto quiser por ela. Tenho certeza de que vai gostar de trabalhar aqui...jamais vai ter do que reclamar vivendo comigo. Sebastian pagaria o preço que pedissem, já estava de olho nela a anos. Seu jeito arredio era o que mais o atraia. Nathalie - Papai não faça isso por favor! Ela chorava e implorava. A mãe chorava desesperada por se desfazer da filha, mas nada poda fazer para evitar. Sebastian entra na casa e volta com um saco de dinheiro. Sebastian - Peguem... Joga nas mãos do velho o saco de dinheiro e pelo peso era um valor muito alto, dinheiro que eles jamais tinham visto em toda a vida. Severina - Filha, por favor obedeça ao seu Sebastian...e trabalhe direitinho. Pedia a mãe chorando e alisando o rosto da filha. Nathalie - Mamãe...mamãe por favor não me deixe aqui com esse homem, juro eu posso conseguir trabalho na cidade mas não me abandone aqui...papai por favor. Ela chorava e implorava até que o Genival puxa a esposa a separando de Nathalie e Sebastian agarra a menina pela cintura a arrastando para dentro da fazenda. Severina - Minha filha...minha filha... Gritava dona Severina sendo levada para longe da filha pelo marido, antes que ambos desistissem daquele negócio. Sebastian entra na casa grande agarrado a menina que chorava desesperada, não podia acreditar que seus próprios pais a haviam lhe entregue a esse homem. Estava claro que ele não queria e nem precisava de empregada coisa nenhuma! Sebastian - Carolina, leve-a para almoçar com as outras. Pela miséria em que o pai e a mãe estavam ela deve estar morrendo de fome. Nathalie olhava assustada o interior daquela casa, iria fugir de qualquer maneira daquela prisão. Sebastian - Cuide muito bem dela...essa princesa merece ter um trato especial. Sebastian nunca quis se casar pois seu "amor" era dividido entre as três jovens que viviam em sua casa, Carolina era filha de um antigo capataz que havia sido morto em uma confusão armada por ele. Por esse motivo, se sentia em dívida com ela e a mantinha como empregada tendo alguns privilégios de amante. Além de claro se deitar com ele quando assim mandava, ela já estava com 26 anos e ele a procurava menos pois eram três ali para servi-lo...fora as que ele buscava na rua. Apesar de tudo Carolina havia se acostumado com ele e até ficava feliz com as poucas vezes em que Sebastian a procurava na cama. Carolina - Sim senhor. Caroline respondeu e levou a jovem dali. Sebastian - E nem pense por um segundo em fugir Nathalie, tenho peões andando por toda essa fazenda. Então trate de obedecer, seu novo patrão e mostrar serviço. Nathalie suspirou, olhando aquelas paredes, estava cega de ódio daquele homem tão m*l. Sebastian era um homem bonito e forte, mas todas as suas atitudes o tornavam o pior dos homens aos olhos dela. Ela se sentou à mesa com as outras meninas, pensando em como poderia mudar seu destino e seguir em frente. Lembrou- se de quando corria livre naquelas terras secas onde cresceu em meio a miséria. As duas muito jovens como ela e cheias de sonhos roubados, aquele homem era um monstro...um animal. Luíza - Então essa é a nova empregada do patrão? Perguntou uma delas. Nathalie - Eu não sou empregada dessa fazenda e nunca vou ser! (Gritou) Luíza - Então acha que você é diferente de todas nós? Trata de ir se acostumando, por que aqui você é só mais uma desfrutável e terá que fazer cama, mesa e banho como nós duas...aliás 3 com Carolina. Nathalie - Não eu não sou....não sou covarde como vocês, que não lutam para sair desse buraco de lugar. Luíza - Então você acha que é uma "pantera"? Ela sorriu alto junto com a outra. Nathalie - Pantera ou não esse homem não toca em mim, mesmo que eu tenha que arrancar "as coisas" dele e fritar naquele fogão ali! As duas ficaram bem caladas depois daquela ameaça, essa garota definitivamente daria trabalho a Sebastian e não seria fácil dominá-la na cama e muito menos lhe fazer trabalhar ali. Ela não quis comer e ficou deitada no quarto o dia inteiro. Sebastian foi junto com os peões administrar um agro-tóxico nas pragas da plantação de milho, passou o resto do dia fora o que deixou Nathalie um pouco menos apavorada em estar ali. Carolina no fim do dia a levou um belo vestido para usar depois do banho, Nathalie não quis obedecer pois não queria agradar aquele homem e ela estava faminta pois passou o dia inteiro sem querer comer nada que fosse daquela casa em sinal de protesto contra aquela situação. Era noite, as duas jovens dormiam juntas em um quarto bem arrumado e cheio de presentes. Todas bem vigiadas pelos peões que viviam o tempo todo de olho nelas. Carolina era a primeira jovem violada por Sebastian e tinha o privilégio de ter um quarto simples até por que ele se sentia culpado pela morte do pai dela e havia se formado o único protetor dela, sempre procurava agradar a ele para nunca se voltasse contra ele e muito menos conspirasse com as outras três (com Nathalie). Nathalie teve que usar aquele vestido, não tinha outra roupa limpa já que havia sido deixada ali naquela fazenda sem nenhuma outra muda de roupa. Carolina observava enquanto Nathalie penteava seus longos cabelos negros, as duas estavam na sala enquanto Dorothy e Célia jantavam na cozinha. Carolina - Seu cabelo é muito bonito, aliás você é muito linda tenho certeza que seu Sebastian vai gostar muito de você e te dará privilégios nessa casa. Carolina sentia pena por que sabia que o trabalho da moça seria muito mais do que servir a mesa e lavar os pratos. Nathalie - Não quero agradar esse homem, tudo o que quero é ir embora desse lugar. Não posso voltar para os meus pais, mas vou tentar estudar e ser alguém na vida bem longe daqui. Carolina - Nathalie por favor menina se conforme e tente aceitar o trabalho. Aqui não vai te faltar comida, boa roupa... Nathalie - De que adianta isso tudo, se não tenho liberdade? Se mesmo quem deveria me amar mais do que todos nesse mundo me abandonou aqui...não tenho mais sonhos. Desabafou a jovem. Sebastian - Boa noite! Era Sebastian chegando do trabalho fazenda, ele olhou Nathalie fascinado com aquela beleza e se aproximou dela. Ela se afastou e o olhou desafiante. Caroline - Já preparei o seu banho e sua roupa patrão! Sebastian - Certo...depois que eu terminar quero que Nathalie jante comigo. Nathalie - Não quero comer nada. Caroline - Ela não quis comer nada desde que chegou, seu Sebastian acho que ainda está um pouco tímida. Sebastian - Pois essa noite vai jantar comigo. Preciso dela bem alimentada e forte para o trabalho, é claro. Nathalie lhe deu um olhar ameaçador...queria arrancar os olhos dele e faria isso assim que pudesse. Caroline sentiu ciúmes, jamais o patrão se sentava com uma delas a mesa isso nunca havia acontecido ele estava lhe dando um privilégio muito grande. Ele mesmo deixava claro que nunca se sentava com as criadas. Caroline - Sim senhor. Responde Caroline muito descontente com tudo aquilo, claro que ela sabia o que iria acontecer entre o patrão e aquela moça...mas era inevitável. Ele saiu com os olhos brilhando e foi para seu quarto tomar banho, se arrumou e foi até a sala de jantar. Carolina buscou Nathalie para se sentar com ele a fera não queria de jeito nenhum, mas Carolina a convenceu de que se não obedecesse o trabalho da semana seria dobrado...ela foi e se sentou assustada em uma cadeira ao lado dele e evitava o olhar. Sebastian - Não fique tímida morena...essa casa agora é sua também. Desde que seja uma boa menina. Disse ele a olhando, Carolina ficou branca...como assim "sua casa?" Carolina os serviu e saiu para chorar escondido na cozinha, que ele dividisse a cama com ela tudo bem, pois estava acostumada a ser mais uma, porém os privilégios que ele dava a Nathalie eram demais para ela suportar o ciúme a consumia. Sebastian - Não vai tocar na comida? Vamos...coma. Nathalie - Já disse que não quero nada dessa casa. Não quero ser sua empregada! Ela respirava pesado de raiva, era uma bomba prestes a explodir. Sebastian - Então pretende morrer de fome tendo comida farta na mesa? É do tipo preguiçosa, não gosta de batalhar pelo sustento? Nathalie - Eu só quero ir embora, só quero que me deixe ir, senhor. Sebastian - E para onde pretende ir? Os seus pais te venderam para mim...é minha propriedade agora e trate de baixar o topete, pois aqui eu sou o patrão. Nathalie - Pode ser o patrão dessas outras "songa monga", mas meu não é. Sou jovem, posso ser alguém nesse mundo!!!! Nathalie tinha personalidade forte e aquilo era intrigante, por mais raiva que ele ficasse de sua afronta aquilo se tornava excitante. Ele gargalhou, achou aquele atrevimento dela, muito audacioso, aquilo dava-lhe ainda mais vontade de dominar essa pantera.
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