Capítulo 5

1518 Words
Celso saiu daquele galinheiro transbordando de desejo, aquela garota havia tocado o seu coração era doce, linda, forte e cheia de personalidade. Foi atrás de Túlio para irem dar uma volta a cavalo, pediu aos peões para selarem dois e partiriam pela fazenda depois do café da manhã. Carolina e Nathalie estavam arrumando a mesa, quando os dois chegaram. Celso - Bom dia. Disse Celso bem alegre. Só Carolina respondeu. Celso - O gato-lhe comeu a língua? Perguntou ele para Nathalie, que sabia que aquilo tinha uma pitada de deboche. Ela respirou pesado de raiva olhando feito uma predadora e ele pegou-a no pulso antes que saísse dali. Celso - Quero conversar contigo assim que eu voltar. Ela ficou assustada afinal o que ele poderia querer com ela...será que ia pedir que deitasse com ele? Já havia demonstrado interesse roubando um beijo dela mais cedo. Ela puxou o braço e não respondeu nada, apenas terminou de pôr a mesa e saiu para a cozinha. "O que esse homem pode querer de mim? O que todos querem...achei que ele poderia ser diferente de alguma forma, mas me enganei." Carolina ficou curiosa sobre esse tal assunto que eles poderiam tratar, assim como Túlio que ficou bastante pensativo. Eles tomaram café e depois foram cavalgar pela fazenda. Túlio - Me desculpa patrão, mas não pude deixar de ficar curioso com o assunto que tem a tratar com a "pantera" de olhos verdes... Túlio estava muito curioso. Celso - Aquela garota me tira do sério, de todas as formas possíveis. Túlio - Percebi que ficou muito interessado... Celso - Sou um homem casado e cheio de problemas..., mas sou um homem e ela faz o meu sangue ferver. Túlio - O que pensa em fazer, sobre isso? Celso - Aproveitar meu caro, se ela era uma das amantes do meu irmão. Por que não, ser minha também? Meu casamento já está fadado ao fracasso a anos e você sabe bem. Celso já pensava em manter uma vida dupla com ela. Túlio - Se Lúcia sonha com uma coisa dessas, Celso Hernández com uma amante que tem idade para ser sua filha. Túlio sorria enquanto puxava as rédeas do cavalo. Celso - Tem idade para ser minha filha, mas felizmente não é...a anos não me sentia como ela me faz sentir. É teimosa, petulante... Celso estava arreado por ela, ele também era um homem jovem...seria uma honra ter aquela mulher para chamar de sua. Túlio - Cuidado para não cair na própria arapuca. Celso - E que m*l pode ter em rolar na cama com ela? Pergunta Celso olhando para as belas paisagens daquela fazenda enorme. Túlio - Que se tua mulher descobre, te corta as bolas no mesmo instante. Celso - Ela não é tão valente assim. Os dois sorriem, e continuam a passear pela fazenda e vendo o funcionamento da colheita de café. Túlio - Mais de verdade Celso o que pensa em fazer com essas meninas? Celso - Estive pensando e já sei como matar várias coelhas com uma cajadada só. Com essa frase enigmática Celso despertou mais curiosidade ainda em Túlio. Túlio - Não me diga...que pretende ficar com todas, garanhão? Celso - Claro que não, não sou um pervertido como Sebastian, vou libertar essas coitadas dessa vida de prisioneiras disfarçada de emprego...darei a cada uma delas uma boa quantia para começar a vida. Túlio - Até mesmo Nathalie? Questiona Túlio. Celso - Ela não, ela fica...direi que só libero as outras se ela concordar em ficar aqui comigo. Túlio - Mais e se por acaso ela não concordar? Celso - Aí terei que tentar outra abordagem...como tentei mais cedo. Ele ainda sorria ao lembrar. Túlio - Anda me fala logo, você já domou aquela pantera e não quis me contar, não é? Celso - Ainda não, mas peguei ela no galinheiro batendo um papo com a mimosa... Túlio - Batendo papo com quem? Túlio indagou e eles foram até perto da imensa cachoeira. Celso - A galinha, ahhh não importa eu a agarrei e roubei um beijo...e estou tremendo até agora que boca maravilhosa meu caro. Celso suspirava. Túlio - Meu amigo, essa garota vai te virar a cabeça. Celso - Ela já virou Túlio, ela já virou. Túlio - Mas tem que pensar no que fazer se ela quiser ir com as outras. Túlio buscava preparar o amigo para uma possível decepção que no fundo até ele mesmo já esperava sentir. Celso - Ela não pode fugir do que é, era amante do meu irmão e porque não ser minha? Ela só mudou de dono e eu vou conseguir o que quero. Celso era possessivo sempre foi implacável para conseguir o que quer e com ela não seria diferente. Na fazenda Nathalie arrumava as camas e depois levou os lençóis para lavar. Carolina - Aconteceu de novo alguma coisa entre o seu Celso e você? Perguntou Carolina achando estranho o clima mais cedo entre os dois. Nathalie - Aquele desavergonhado foi capaz de me agarrar e me beijar no galinheiro. Carolina - Deixa de ser boba Nathalie, você tem que deixar esse homem aos seus pés vai conseguir tudo dele. Nathalie - Eu não quero nada dele, só quero minha liberdade. Carolina - Liberdade para ir onde? Você só tem a gente, para de querer sair feito doida pelo mundo. Carolina tentava colocar juízo na cabeça de Nathalie mas era enxugar gelo. Carolina - Daqui a pouco as meninas vão terminar de arrumar tudo e é seu dia de servir a mesa. Nathalie - Não...não Carolina. Choramingava Nathalie. Carolina - Vai sim e passa um batom nessa boca. De jeito nenhum ela ia se pintar para ele, ia servir por que era obrigada e estava ali naquela casa contra sua vontade. Eles voltaram do passeio. Hora do almoço e os dois tomaram banho e já estavam a mesa, Nathalie e Carolina os serviram. Carolina - Com licença senhor, se precisar estaremos na cozinha. Celso - Espere, quero que as duas se sentem e comam conosco. Carolina sentou ao lado de Túlio, tímida... Nathalie - Com licença, eu vou para cozinha. Diz Nathalie virando as costas quando sentiu a mão de Celso puxar o seu punho. Celso - Eu disse para se sentar Nathalie. Nathalie - Mas eu não quero. Diz ela tentando puxar o braço. Ele puxa mais forte. Celso - Sente-se, eu tenho a tratar um assunto do seu interesse. Celso era direto, queria mostrar a ela o quanto ele também podia ser implacável quando queria. Carolina - Por favor Nathalie não faça caso é só uma refeição. Pediu Carolina enquanto Túlio só observava. Por fim ele soltou-a e ela se sentou do outro lado da mesa para não ficar tão perto dele. Essa afronta o fez ficar mais irritado. Celso - Tenho uma proposta a lhe fazer Nathalie. Ela congelou, nenhuma proposta boa poderia vir dele ela pressentia. Nathalie - Proposta...para mim? Celso - Exatamente. Nathalie - Diga então de uma vez, que proposta é essa? Celso - Todas as meninas estão livres desse trabalho escravo, e se Carolina quiser continuar trabalhando aqui na fazenda, ela pode escolher ficar. Mas darei a cada uma, dinheiro o suficiente para recomeçar onde quiserem...sei que é pouco para tudo o que passaram vivendo aqui da forma que viveram. Os olhos de Nathalie encheram-se de lágrimas aquilo era o que sempre sonhou....poder ir onde quisesse, estudar e ser alguém nessa na vida. Carolina ficou feliz em saber que poderia ficar caso escolhesse, gostava daquela fazenda e do seu trabalho cuidando da casa. Celso - Mas existe uma condição. Nathalie congelou. Nathalie - E qual seria? Perguntou ela com medo da resposta. Celso - Todas podem escolher ir ou trabalhar cuidando da casa, ainda assim terão o dinheiro que prometi. Exceto você, Nathalie. Disse Celso olhando para ela. Nathalie - Por que eu não? Ela pela primeira vez demonstrava fragilidade, quase chorou, mas conteve-se. Celso - Por que quero que fique ao meu lado. Celso disse isso e Túlio logo pensou e embaixo também. Nathalie - Isso não é justo eu quero ser livre, quero ir com elas. Celso - Parece que não entendeu bem Nathalie, as outras vão se você ficar aqui e me servir. Maldito seja Celso Hernández, mas se enganei um irmão engano o outro também, jamais vai me tocar, ela pensava. Caroline - Eu ficarei com você Nathalie. Ele não é como Sebastian! Diz Carolina que ficaria cuidando da casa. Celso - De agora em diante terá salário como os outros empregados, é justo e assim será. Nathalie - Então eu aceito, Carolina e eu cuidaremos da casa e você deixa as outras irem? Celso - Você só fará os serviços que quiser, aqui eu tenho outras "tarefas" para você. Disse Celso para irritá-la ainda mais. Ela engoliu seco, queria enfiar uma faca goela abaixo daquele homem mas no fundo estava feliz por dar as outras a oportunidade de serem livres e felizes longe dali... "Ficar nessa casa em troca do destino de outras pessoas...não parecia justo comigo, mas era o certo a fazer por elas."
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD