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1401 Words
|Gaby| Tomei um banho bem demorado, me vesti e fui lá pra baixo tentar achar algum remédio nessa casa . Entrei na cozinha e não tinha rastros de ninguém, o b****a deve estar no tal morro novamente. Peguei um remédio pra dor de cabeça que estava nas últimas gavetas e tomei indo pra sala. Me sentei no sofá ligando a tv, e como sempre não tinha nada. Senti meu celular vibrar e o peguei na mão vendo que era um número privado . Chamada on . - Alô ? - Gaby ? - Sim sou eu, quem fala ? - Sou eu, a Júlia . - Ah oi Júlia .- Digo tentando entender como ela tinha meu número, será que dei quando estava bêbada ? - Tudo bem ? Como você ta ? - To bem, só com um pouco de dor de cabeça .- Digo tranquila . - Ia te chamar pra vim aqui na minha casa . - Na sua casa ?.- Pergunto confusa, nós m*l nos conhecíamos . - Sim . - Mas...agora ? - É, vem rapidinho, minha mãe ta doida pra lhe conhecer . - Ta..bom.- Digo sem graça, Será que ela vai me s********r ? - Ok, vou te esperar no final da rampa do morro . - Tabom, tchau ! - Tchau ! Chamada off. Como assim gente? Eu nem conhecia ela direito. Tudo bem que ela não tem cara de uma assassina, mas acho que assassinos não tem cara de assassinos né ? Enfim, vamos correr o risco . Subi pro quarto novamente e me arrumei. Eu não tinha roupa simples, então vai essa mesmo. Peguei meu celular e o coloquei no bolso, fui até o quarto da mamãe e do Bernardo, peguei sua chave na gaveta e desci pra garagem. Entrei no carro pensando no porque ela queria que eu fosse até sua casa. Arranquei com o carro indo pro morro, cheguei na subida e subi aquilo feito louca, parei no final da rampa já avistando a Júlia acenando sorrindo pra mim. Desliguei o carro e desci do mesmo travando as portas, todos me olhavam de cima a baixo, principalmente as meninas de lá. - Chegou rápido .- Júlia diz sorridente. - Vem minha casa é ali .- Diz apontando pra uma rua bastante movimentada. Que bom né! Fui andando e observando tudo ali, tinha crianças na rua jogando bola todas sujas de terra, umas soltando pipa, algumas mães gritando seus filhos, funk saindo de bares, etc...Já estava me acostumando, eu acho ! - Chegamos, essa é minha humilde casa .- Ela diz abrindo um portão verde grande. Entramos e eu não falei uma só palavra . - Mãe, chegamos .- Ela grita . - To aqui .- Sua mãe grita de volta . Fomos até ela na cozinha, ela estava lavando louça . - Oi querida .- Diz gentil pra mim já me abraçando . - Oi .- Digo sem graça . - Como você é linda .- Diz ainda sorrindo . - Obrigada .- Digo sem jeito . - A Júlia não parou de falar de você, que você foi a primeira pessoa que ela viu, que peitou um bandido daqui .- Diz rindo . - A Gaby é das minhas mãe .- Júlia diz me fazendo rir . Nos sentamos no sofá e ficamos horas conversando, elas eram bem legais, a mãe da Júlia a dona Maria, parecia ter alma de jovem, ela parecia ter a nossa idade, era uma comédia, estava rindo horrores com ela . - Vamos ali comprar açaí .- Júlia diz me puxando pra fora da casa . - Eu não como açaí .- Digo fazendo a mesma me olhar como se tivesse dito que explodiria o mundo . - Não gosta de açaí ?.- Pergunta assustada .- Açaí é vida amiga .- Diz continuando a me puxar . Chegamos em uma sorveteria que também vendia açaí. Entramos e ela me deu um copo enorme com um pouco do açaí dentro . - Pra quê isso ?.- Pergunto confusa . - Coloca oque você quiser ai dentro .- Explica já colocando varias coisas no copo . Eu nunca havia provado açaí até porque achava bem nojento, mas também nunca soube o gosto, então pra tudo tem sua primeira vez . Também coloquei algumas coisas no copo, e ele logo foi preenchido por mais açaí e umas caudas malucas lá . - Obrigado .- Ela paga e agradece ao moço de lá . Encaro aquele copo cheio e não sabia nem como comer aquilo . - Vai prova .- Diz me encarando. Pego a colher e a levo até a boca, nossa era bem gelado, um pouco estranho, mas era ótimo o gosto, pelo menos eu gostei ! - Não sabia que era tão bom .- Digo comendo mais. Fomos andando por uma pracinha e paramos nela acabando de tomar o açaí . - Você namora o Rafinha a quanto tempo? .- Ela pergunta me fazendo engasgar . - Não somos namorados .- Digo a deixando confusa . - Como não ? - O pai dele se casou com minha mãe .- Digo revirando os olhos . - Ahh, entendi .- Diz surpresa .- Juro que achei que eram namorados, vocês até se combinam . - Não, que nojo .- Digo fazendo cara f**a e a mesma rir . Acabos de comer o açaí e nos levantamos indo pra sua casa novamente e quem estava em seu portão? Sim, o b****a do Rafa . - Sabia que estava aqui .- Ele diz de braços cruzados . - Como soube ?.- Perguntei confusa . - Seu carro esta parado bem em frente a boca .- Diz de braços cruzados . - Ah ta .- Digo o ignorando . - Vai embora daqui Peste .- Diz autoritário me fazendo rir ironicamente . - E desde quando você me manda ? - Gaby, sabe que não pode ficar vindo aqui assim, acha oque, que aqui é um parque de diversões ?.- Diz nervoso . - Quem é essa ai ?.- Uma garota chega do lado dele perguntando . - Essa é minha prima .- Diz rápido . Prima ? Júlia olhava pra gente rindo muito . - Ta rindo de que Júlia ?.- A garota pergunta . - Não posso mais rir Camili ?.- Júlia diz deboxada .- Não sabia que era proibido agora ! - Affs, vamos embora amor .- A tal Camili diz pro Rafa. Amor ? Então ela é a comida dele né ? - Vai indo que tenho que levar a minha prima em casa .- Ele diz síndico me puxando pelo braço . - Me solta Rafael .- Tento me soltar, mas era quase que impossível se soltar dele .- Eu nem dei tchau pra Júlia .- Digo irritada . Entrei no carro e o mesmo subiu em sua moto, me seguindo até em casa, estava com muita raiva, todos olhando pra gente achando que eu era namorada de vagabundo com ele me puxando daquele jeito . Saí do carro batendo forte a porta sem ligar pra aquilo . - Ainda bem que é da sua mãe né .- Ele grita descendo da moto . Vou pra escada subindo batendo os pés, chego no meu quarto entrando e me sentando na cama pra tirar meu tênis e o b****a aparece na porta . - Oque você quer ?.- Grito fazendo o mesmo arregalar os olhos . - Nunca mais suba lá, ta ouvindo .- Grita também . - Eu vou onde eu quiser .- Digo o encarando .- Agora sai do meu quarto .- Digo jogando um tênis nele, o fazendo se desviar do mesmo . - Você é maluca .- Diz pasmo . - Sim, eu sou maluca .- Digo jogando o outro par e acaba pegando nele . - Não sabe o quanto estou me segurando pra não voar em você garota .- Diz irritado . - Pode vir, eu não tenho medo de você .- Digo em pé . - Você é uma abusada .- Diz irritado . - Descobriu isso sozinho ?.- Digo irônica e fecho a porta na sua cara, trancando a mesma . - Eu ainda não acabei de falar .- Ele grita do lado de fora batendo na porta. O ignoro e troco de roupa, prendo meu cabelo e ligo o ar, me jogando na cama .
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