cap 01 curtindo a noite

653 Words
**Clara** — Mas e aí, qual é a boa de hoje? — perguntei, dando um gole na minha cerveja. — A boa de hoje é que eu vou me acabar de tanto rebolar naquele baile, bora? — disse, rindo, e eu ri também. — É aqui mesmo? E no mesmo lugar, né? — Ela concordou que sim com a cabeça. — Broto aqui na sua casa antes das nove, já é? — falei, levantando e calçando minha sandália. — Já vai? — falou, fazendo bico, e eu ri. — Vou sim, gata, mas eu volto daqui umas horinhas, vai dar nem pra você sentir minha falta. Me leva lá na barreira? — fiz bico pra ela, que levantou me olhando com cara de tédio e calçando o chinelo. Descemos juntas até a barreira, já que o motorista de Uber não pode subir, e foi só a gente chegar que ele chegou junto. Dei tchau para alguns meninos da barreira, já que eu conhecia alguns, e fui para a minha casa. Eu e a Duda somos amigas desde o primeiro ano do fundamental. Quem via a gente brigando por causa de bonecas jamais imaginaria que a nossa amizade iria durar tanto. Ela sempre morou aqui no morro, até me arrumou um emprego aqui, numa loja de roupas. Comecei há algumas semanas, então sempre venho aqui direto, minha segunda casa mesmo. Estamos até procurando uma casa pra gente morar juntas aqui, já que sempre foi o nosso sonho ter um cantinho nosso. Não demorou muito e eu cheguei em casa. Troquei algumas palavras com a minha mãe, que estava sentada no sofá na sala, e já fui logo tomar um banho meio demorado. Respondi algumas mensagens aleatórias no w******p assim que saí e fui logo me arrumar, já que a Duda tava que nem louca me apressando, dizendo que ia pro baile sem mim. Faz isso tudo pra, quando eu chegar na casa dela, a bixa nem ter tomado banho ainda. Vê se pode! --- **TH** Tava de boa hoje pra sair, mas quem disse que os caras me deixaram em paz? Ficaram apertando minha mente o dia todo, principalmente o Magrinho. Acabei concordando com eles e resolvi brotar no baile, só pra não falarem que eu não fui. — Demorou tanto que eu achei que cê nem vinha — falou, fazendo toque comigo. — Não tava a fim de vim mermo, não — falei, pegando meu copo com whisky e dando um gole. — Se você não viesse, eu ia te buscar. Passou a semana toda trancado naquela sala, resolvendo as parada do assalto. Tem que curtir, pô. Murmurei que sim pra ele e fiquei de boa na minha, bebendo, até o Pk chegar com a mulher dele e ficar ali com a gente, bebendo também. — Mas e aí, veio de coleira hoje por quê, hein, Pk? — falei, rindo. — Se eu não viesse com a patroa, também não vinha sozinho, vê se pode... — É por isso que eu prefiro ficar sozinho. Não tenho paciência com mulher querendo mandar em mim, não — falou o Magrinho. — Fala isso agora porque você não tem. Quero ver se vai ficar sozinho a vida toda — respondeu a Patrícia. — Não duvida, não, hein, Paty. Esse aí é bem capaz — falei, rindo. — Mas e você, Th, vai arrumar uma fiel quando? — Eu!? Se depender de mim, nunca mais. — Esse aí não esquece a ex mesmo, hein — falou Pk, rindo, e eu mandei dedo pra ele. — Vou nem me estressar contigo hoje, não. Tô de boa — falei, me levantando e indo fumar longe dali. Papo chatão. Os caras sabem que eu não gosto que toquem nesse assunto, mas fazem questão de lembrar toda hora. Fiquei de boa na minha, sentado num lugar mais afastado do movimento, só olhando mesmo. Já tava na mó vontade de ir embora.
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