O CEO E A PROSTITUTA

Capítulo 3: Agarre a oportunidade.

*Camille*

Peguei meu telefone e liguei para Courtney, que rapidamente me atendeu e veio me buscar.

-Courtney! graças a Deus.-Eu disse, entrando no carro.

-Kate! tá tudo bem, viu? a tia Courtney tá aqui, ela vai levar vocês pra casa dela, e lá tem vários brinquedos legais, e tem a Sophia pra você brincar.-Disse Courtney

-Ah, que legal, eu adoro a Sophia.-Disse Kate, ainda meio envergonhada.

Chegamos na casa da Courtney, consegui fazer a Kate dormir outra vez, e sentei no sofá da sala pra conseguir processar tudo o que tinha acontecido.

-Agora me conta, Cami, devagar, o que ele fez com você, você tá bem? ele te machucou?

-Ele queria me matar Courtney, se eu não tivesse conseguido tacar o vaso nele, ele ia me matar, eu fiquei muito assustada, por que, ele nunca foi tão agressivo assim antes, então, só tive meio que uma reação, peguei a Kate e sai correndo, eu fiquei apavorada.

-Eu te disse tanto Cami, te falei tanto pra pular fora antes que isso acontecesse, você não me ouviu, e agora? você não pode ficar aqui, ele vai te encontrar, é o primeiro lugar que ele vai te procurar.

-Eu sei disso, também não posso voltar pro trabalho Courtney, o que eu vou fazer? eu tenho algumas economias aqui, mas é o suficiente pra alugar um quartinho, e não por mais de um mês.

-Olha, eu conheço um lugar, aonde você pode conseguir um emprego, de garçonete, toma aqui esse endereço, amanhã você vai lá cedo, e diz que a Cox te mandou, mas já vou avisando, tem que estar disposta a aceitar todas as condições.

-Eu preciso cuidar da Kate, por ela eu faço qualquer coisa.

-Então agora vai dormir, pra amanhã você estar bem descansada.

No dia seguinte...

Acordei bem cedo, precisava sair dali, antes que o Dylan viesse atrás de mim, eu sabia que a casa da Courtney seria o primeiro lugar que ele procuraria, afinal, ele vivia falando sobre como ela tinha uma inveja terrível de mim por eu estar com ele, e tudo o que ele sabia fazer era falar m*l dela.

-Kate, Kate acorda, a gente precisa ir, anda logo.

-Cami, eu só preciso dormir mais um pouquinho.

-Não, vamos logo, eu preciso te deixar no colégio e depois tenho que resolver umas coisas.

Peguei a Kate e deixei ela no colégio, precisava chegar cedo no endereço que a Courtney tinha me dado, apesar de não ter entendido muito bem o que ela quis dizer com estar disposta a qualquer coisa, se só se tratava de um emprego de garçonete, porém, chegando em frente ao lugar, olhando pra faixada, eu entendi bem o porquê, a faixada dizia "Blue House", era uma casa noturna, só pra figurões, magnatas, bilionários, o topo da sociedade nova iorquina estava aqui, os homens mais poderosos do mundo, talvez desse pra conseguir uma boa gorjeta.

-Bom dia, eu vim ver a Victória, a Cox me mandou.-Eu disse na portaria.

-Pode entrar.-Respondeu um cara, careca, mais forte, com uma arma na cintura e uma barba tão m*l feita que dava nojo, aquilo era pra assustar?

Chegando lá dentro, as mesas estavam todas para cima, é claro que lugares como esses não abriam pro almoço, funcionavam só a noite, aonde os desejos finalmente se revelam, a luz daqui era tão neon que poderia deixar uma pessoa cega.

-Olá, você deve ser a Camille, a Cox me avisou que vinha, eu sou Victoria, Victoria Hunt, sou a dona desse lugar, e preciso dizer que a Cox não mentiu quando disse que você tinha o perfil, esse rostinho de bebê, e esse corpinho, olha, você tem futuro por aqui, os clientes gostam bastante desse tipo.

-Não entendi, os clientes precisam gostar das garçonetes?-Perguntei, curiosa.

-Garçonetes? ah meu bem, a Cox não te explicou? você serve uns drinks sim, mas só para os clientes que te escolhem, e é claro, que os drinks vem acompanhados de algo a mais, mas o pagamento é ótimo, só os melhores dos melhores estão aqui, como você é novata, começo cobrando 500 dólares a hora, conforme for evoluindo e se tornando mais disputada, é a lei da oferta e procura, minhas melhores garotas cobram 5000 dólares a hora, e te digo, você tem potencial pra chegar lá, dividimos meio a meio, então, são 250 dólares pra você e 250 pra mim, quanto mais você vale, mais eu fico feliz, então, faça um bom trabalho.

Eu estava perplexa, ver aquela mulher, falando de mim ali como se eu fosse um objeto, um produto, acho que eu ainda não tinha processado bem a situação em que eu me encontrava, mas, caramba, era um baita dinheiro, eu poderia guardar o suficiente pra conseguir fazer a minha faculdade, conseguiria pagar um colégio melhor pra Kate do que aquele fundo de quintal aonde ela estudava, mas, acho que de todas as coisas que fiz nessa vida, nunca pensei que tivesse que me prostituir, e todo o respeito e honra que eu ensinava a Kate, como eu ia passar isso pra ela, a não ser que ela não soubesse, preciso pensar na Kate, essa era uma oportunidade de finalmente conseguir dar a ela a infância que eu não tive.

-Tudo bem, eu aceito, quando começo?

-Esteja aqui as 18:00, fornecemos roupa e maquiagem, além é claro, de absoluto sigilo, fique tranquila, você está segura conosco, Cox me contou sobre o seu namorado, eu sinto muito.

-Não quero mais pensar nisso, só, preciso resolver uns detalhes e volto às 18:00, muito obrigada Victoria.