Jessy Cortez Assim que o carro parou, eu não esperei nem o motor desligar. Abri a porta e saí correndo, como se estivesse fugindo de um incêndio — ou pior, de mim mesma. Entrei em casa, passei direto pela sala, subi as escadas com os pés descalços e me tranquei no quarto. Me joguei na cama com força, o coração batendo tão forte que parecia querer sair pela boca. — Você tá louca, garota! — grita minha consciência, esbofeteando minha sanidade. Não... não pode ser real. Não pode ter acontecido. Aquilo... aquele olhar... aquela aproximação... o toque nos meus lábios... — Você imaginou, só pode! — retruca meu cérebro em negação. Mas a pele ainda arrepia só de lembrar. O jeito como ele me segurou. Como ele não desviou o olhar. Como eu... quis. — Ele é seu tio! Irmão do seu pai. — a cons

