Capitulo 2

1168 Words
Aquele pequeno evento virou uma festa, as duas riam e bebiam, Laura não conseguia acreditar que ela estava em um app. Muito menos que, em menos de duas horas, recebeu mais de duzentos matches. — Nossa, Lau, quanta gente! — Eu não vou responder a ninguém! n**o-me a responder esse povo maluco. Ela foi totalmente ignorada pela amiga. — Olha essa criatura, que gracinha! Ele disse que te tratará como uma princesa! — risos. — Como assim? E eu lá quero ser tratada como princesa? Quero ser tratada no mínimo como uma meretriz, credo, se for para ser tratada de alguma forma que seja com devassidão. — Pra quem há um minuto não queria saber do app a senhora tá bem lasciva… — Se for pra fazer isso, que seja com um cara bem safado, que me deixe cheia de roxo no pescoço, que eu volte para casa com dores em lugares que nem imagino que existam! — Nossa, Lau, que depravação, eu gosto assim! Risos. Ela se sentou ao lado da amiga, entregando-lhe outra cerveja, avaliando quem tinha dado match em sua foto. E algo lhe chamou atenção. A foto era de um homem alto, musculoso, de terno e gravata, mostrando um belo volume entre as pernas – sem mostrar o rosto. Consultor de investimentos, muito ocupado, moreno, 1,90 m, cabelos castanhos, olhos verdes, malhado, gostoso toda vida. Laura logo se imaginou usando aquele corpinho. — Que gostoso, olha. — Gatoooo, thuthuco! — Ina. — Oi — Thuthuco e gíria de velho, amiga. — Sério? É? — É, Cringe total! — Chata! O homem enviou uma mensagem assim que Laura deu match. Mensagem: Estou em São Paulo a trabalho. Acho que posso te ajudar. — É esse! — disse Laura — Alto, gostoso, só está aqui a trabalho. Nunca mais vou olhar pra ele. Eu quero aquele corpo. ***** Miguel Rangel, desembarcou no aeroporto de São Paulo, um motorista particular o esperava para levá-lo para um hotel cinco estrelas, publicitário renomado na área no Rio de Janeiro. Saiu de empresa de consultoria de seu pai para trabalhar como diretor do setor de marketing da empresa de consultoria de seu padrinho, Luiz Augusto Correia. Trabalhava com publicidade, muito bem, aliás, mas não era seu sonho, queria se aposentar cedo, montar uma fazenda sustentável. Quando jovem pensou em fazer veterinária, mas cedeu aos apelos dos pais, resultado, era um bom profissional totalmente frustrado pela escolha que fez. Havia separado alguns locais nos arredores de São Paulo, onde poderia começar a sonhar com seu negócio e agendou algumas visitas para o final de semana. Ele nunca havia administrado uma fazenda sustentável, mas aprenderia. Chegando ao quarto de hotel, ele tomou um banho e continuou sua pesquisa, depois de um tempo olhou para o celular. Há um tempo havia entrado em um aplicativo muito interessante, lá ele realizava as fantasias sexuais de algumas mulheres, gostava disso, de ter o controle, mas ficava satisfeito quando não tinha. Miguel respirou fundo, separou-se há poucos meses de Vanessa, algumas vezes ele chegou a pensar que ela seria a escolhida, mas definitivamente não era, tinham uma espécie de relacionamento "aberto", na verdade, era uma relação um tanto quanto peculiar, voltada mais a fetiches do que qualquer outra coisa. Voltando para o celular. Começou a olhar as mulheres que haviam ali. não. Eita, essa não. Até que ele se deparou com uma foto de uma mulher curvilínea deliciosa com os cabelos soltos em cima dos s***s nus. Procurando um parceiro para três dias e duas noite de sexo. A foto da mulher era pra lá interessante, porém, o mais intrigante eram as palavras. Apenas sexo puro e irrestrito, essa frase fez sua imaginação transbordar, tudo o que ele faria com aquele corpo cheio de curvas. Então deu match na foto, ficou ansioso esperando o match de volta que não demorou dois segundos e enviou uma mensagem. Imaginando quantos homens não haviam ficado com água na boca com aquela foto. A resposta não demorou a chegar. -Vi que deu match na minha foto. -Eu não esperava que você fosse responder. -Então eu respondi, você está em São Paulo a trabalho? -Sou do Rio de Janeiro estou na cidade a trabalho. -Que bom! Estaria disposto a passar o final de semana comigo? Se sim, amanhã à noite nos encontraremos no Hotel Emiliany, quarto 1002 às 21h da noite, estarei te esperando, topa? Miguel achou estranho o fato de uma mulher ser tão direta. Assim, sem uma conversa, sem nomes... Nada? -Isso não é uma brincadeira? -Somos adultos aqui! Não tenho tempo para brincadeiras, aceita? Miguel olhou para o celular, estava realmente curioso. Nunca havia marcado uma transa com alguém que não soubesse o nome. -Sim. -Se você não aparecer, passarei o final de semana sozinha na suíte -Eu irei. -Deixarei um cartão magnético do quarto na recepção em nome de ajudante. Miguel Riu. -Tudo bem. -Me passa seu número de celular se tiver algum imprevisto eu te ligo. -Ok. Miguel escreveu o número de telefone, ele não podia acreditar no que acabou de acontecer. — Que Loucura! ******* No dia seguinte, Laura andava de um lado para o outro em seu escritório como um leão enjaulado, achava tudo aquilo uma loucura, a vontade de desistir era imensa. Fez a única coisa que conseguiu pensar e ligou para Marina — Onde eu estava com a cabeça quando deixei você me convencer a me inscrever naquele aplicativo? — Na v****************a boa f**a, querida, bom dia para você também, como assim você saiu e não me fez café da manhã, eu sou visita! — Eu trabalho, Marina! — Eu também, aliás, meu agente vai me matar, não deveria ter bebido tanto, tenho umas fotos à tarde, onde você deixa o analgésico? — Marina, para de atear fogo no cu e me escuta. — Fala, c****e, não sou surda, tô com dor de cabeça, onde tá a p***a do analgésico, inferno! — Bem feito, não devia ter secado cada gota de álcool da minha casa, agora foco em mim. — Vai, fala. — Mariana se levantou do sofá e começou a procurar analgésicos no banheiro de Laura. — E se ele não for? - Laura pergunta com aflição. — Você volta para casa. - Marina resmunga. — E se ele for feio? - Laura insiste — É só jogar o travesseiro na cara e usar o corpo. - Marina dá uma risadinha. — E se ele me achar feia. — É só você ficar de quatro, qualquer mulher fica magnífica de quatro. — Você não está ajudando. — E você está piorando minha dor de cabeça, inferno, onde ficam os analgésicos. — Na necessaire de remédios, está na segunda gaveta da minha cômoda. — Desde quanto você tem uma necessaire de remédios? Marina abriu a bolsinha e tirou dois comprimidos e tomou sem água. — Lau, fica calma, fica tranquila, se você quiser eu vou para o hotel hoje, durmo lá com você. — Não precisa, mesmo assim, obrigada.
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