Por Acaso

Real ou Sonho

Nesse momento me vi perdida em tudo que acabei de presenciar, era como se eu estive vivendo uma cena que não fosse real. Via na minha frente um homem que não era aquele que estava em minha frente minutos atrás, o toque era diferente, o cheiro, a aparência, o tom daquela voz.

MIla: "O que está acontecendo?"

Me questionei buscando referências do que havia acontecido comigo, recobrei a consciência e resolvi permanecer no que era real agora.

MIla: " Ah... é... eu acho que tive um sonho estranho, deveria ser um pesadelo!"

Jensen: "É o que parece! Deveria procurar um médico para se tratar."

Assim falava meu marido, sem muita atenção, sem muito cuidado. Me olhava com raiva talvez por ter se incomodado em me acordar. Eu sempre pensava em que mundo eu estava quando casei com esse homem.

Eu era muito nova quando o conheci, a minha fase adolescente era como um sonho! O amor verdadeiro, a festa do pijama com as amigas, os bailes de formatura. É foi nessa época que Jensen me apareceu, destemido, corajoso, com o sonho de se tornar policial. Tudo me atraia, eu gostava de me senti perdida nos sonhos dele, éramos amigos, parceiros até que nos casamos!

Jensen entrou para a polícia, e eu o vi mudar completamente, eu não terminei a faculdade porque ele não concordava, eu ficava em casa dia após dia, lavando, passando... sendo uma boa esposa para o Jensen. E ele chegava horas mais tarde que o previsto, irritado descontando tudo em mim, enquanto eu tentava o agradar.

Achando talvez que isso não pudesse piorar, eu engravidei, foi nesse momento que enxerguei a pior versão do Jensen! Ele me condenava todos os dias durante a gravidez, apontando que não queria esse filho, que não queria ser pai. Entrava na minha mente de uma forma que me impulsionava a querer desistir. Mas eu segui adiante, por mim e por essa criança que não tinha culpa de absolutamente nada.