Capítulo 4
1171 Words
Samuel Miller
Eles conversavam e eu só ficava prestando atenção naquela menina, em cada gesto e sorriso dela. Claro eu olhava disfarçadamente, pela não deixar na cara. Até que, alguém me tira dos meus devaneios.
— Senhor Miller, você é sempre tão calado assim? — A menina pergunta, olha pra mim, esperando uma resposta. Apenas balanço a cabeça positivamente. Ela ficou meio sem graça, ela abaixou a cabeça, e vi Miguel me olhar com uma cara r**m, apenas olhei pra ele com uma cara: não fiz nada, sou um anjo.
Rhayssa Clark
Eu já estava ficando incomodada com os olhares do Samuel, e puxei assunto, mas ele é um a*******e e ignorante. Fiquei um pouco sem graça com o fato dele nem dá papo.
Nunca me importei com isso não é agora que irei me importar não é mesmo?
— Sexta poderíamos sair né Miguel? — pergunto
— Sim, bora para uma balada. — Ele fala. — Mais é claro se seu pai deixar.
— Claro que deixo, até porque vou juntos. Vocês pensam que só vocês podem curtir? — me pai fala.
— Você como pai você não deveria permitir sua filha menor de idade, frequentar esses lugares. — Samuel fala, e olha para o meu pai.
— Frequento esses lugares porque gosto de dançar. Ainda tô tentando entender por que você está tentando cuidar da minha vida — falo.
— Não seja careta Samuel — Miguel diz e meu pai concorda com a cabeça
— Esses lugares só rolam 3 coisas, drogas, bebidas alcoólicas e s**o. — Samuel diz.
— Tudo que você gosta então — falo o desafiando, ele apenas me olha e rir. Como se eu tivesse contado uma piada?
— De você só tenho pena. — Ele diz.
— Pai, irei lá na casa da Leh, não sei que horas volto. — Falo saindo de lá, correndo no meu quarto, pego meu celular e minha carteira, peço meu Uber.
MANO DO CÉU, QUE CARA i****a, O QUE TEM DE BONITO E GOSTOSO TEM SEM EDUCAÇÃO.
Fiquei uns 10 min esperando até meu Uber chegar, entro e vou para a casa da Leh, que era só 25 minutos da minha residência.
Quando cheguei lá, os seguranças já deixaram eu entrar. Até porque eu já era de casa.
Subo para o quarto dela, e abro a porta ela estava deitada com o notebook no colo, vendo e rindo de algo.
— Atrapalho? — falo pulando na cama dela.
— Claro que não, pensei que você não sairá de casa hoje. Palavras suas — ela pergunta fechando o notebook.
— O Clima lá em casa está h******l — falo, e começo a contar tudo pra ela.
Sobre o amigo desnecessário do meu pai.
(…)
— Ele tem cara de ser bastante controlador, chega a ser chato. Os olhares dele, me amedronta. — Falo por fim.
— Esse Samuel realmente é um i****a… Só não posso dizer o mesmo desde Miguel. — Leh fala
— Ah! Miguel realmente é lindo…, mas muito velho pra mim — digo.
— OXI você irá dar umas pegas nele, e não casar minha querida — Letícia fala.
— Sei mais sei lá. — Digo dando de ombros
— Sem #¿$?%!¡ doce Rhayssa, não tô com paciência pra isso hoje — Leh começa a me dá um sermão, odeio quando ela faz isso.
— Só esqueceremos isso, e falar de qualquer coisa que não envolva macho — falo
— Você sempre consegue mudar o rumo da conversa não é mesmo? — ela pergunta
— Sempre que dá amore
Ela entrou na Netflix e colocou “Mama”. Me deitei ao lado dela e o filme começou.
Horas depois
Já estava a noite quando liguei para meu pai venha me buscar. Ele demorou um tempinho, mas logo chegou, me despedir dos meus tios (pais da Leh) e vou para o carro.
— Oi! — falo
— Oi! Filha, curtiu muito? — ele pergunta dando partida no carro.
— Sempre né pai. — Abro um sorriso. — E como foi sua tarde com seus amigos? — falo revirando os olhos
— Bem, sempre muita conversa. — Ele diz
— Legal. — e foi o silêncio até nossa casa. Em que assim que cheguei subir, e tomei um banho e vestir um moletom.
Não demorou muito para o meu pai chamar para jantar, jantamos e vimo TV. Ficamos vendo jornal, e quando acabou, como não gostamos de novela cada um foi para o seu quarto.
Quando entrei no quarto, eu sentir uma dor tão grande, quando o cheiro do perfume da minha mãe invadiu o quarto.
Meu mundo caiu naquele momento, eu apenas queria chorar, me deitei na cama, e não polpei lágrimas, chorei tudo que eu não chorei nesse mês que passou. Fiquei um tempo me revirando na cama sem consegui dormir. Só pensando em tudo. Levanto-me e vou ao quarto do meu pai, quando abro a porta ele está lendo.
— Atrapalho? — pergunto
— Claro que não. Pensei que você estivesse dormindo — ele tira os óculos e me olha.
— Eu tô pensando nela pai, sentir uma dor tão grande, parece que agora que está entendendo tardiamente, do acontecimento. — Falo indo até à cama dele.
— Isso e só saudades. Vem se deita aqui. — Ele chega o edredom pro lado. Vou até ele e me sento ao seu lado. — Filha você ainda sentirá muito a dor da perda. Mais não esqueça nunca que eu sempre estarei aqui pra você. — Ele diz me puxando e aconchegando nos braços dele.
— Obrigado pai. — Digo
— Agora durma você deve estar cansada, e amanhã você tem aula.
Henry Clark
Faço cafuné nela, e não demora muito e ela dorme, Rhayssa é tudo que eu sempre quis. Lembro quando conheci a mãe dela, éramos crianças, tínhamos apenas 16 anos na época, eu era um i****a, Samanta (Mãe da Rhayssa) era uma menina supertímida e bobinha, e apostei com alguns amigos que eu conseguia levar ela para a cama.
Eu conseguir, contudo, quando Samanta a descobriu acabou com tudo. Até que um dia ela me procurou no desespero, dizendo estar grávida, foi aí que descobrir a m***a que eu fiz. Foi aí que entendeu tardiamente, não mentirei, nunca fui apaixonada por ela, mais decidimos manter uma boa convivência porque não podíamos pensar só em naquele momento.
Tinha uma criança, uma criança que não tinha nada a ver. Quando nossos pais descobriram, eles surtaram mais aceitaram depois de algum tempo.
Logo Rhayssa nasceu, quando eu a peguei no colo, vi minha redenção ali. Uma menina de apenas 49 centímetros e 3 kg e dona de uns olhos mais lindos que eu já vi.
Depois do nascimento dela tudo mudou, e Samanta abriu mão da faculdade por ela, renunciou a tudo. Acredite ela nunca se arrependeu disso. Estudei, me formei, e nunca deixei elas de lado.
Agora estou aqui com a Rhayssa nos meus braços, chorando pela dor da perda da mãe.
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