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O OURO DA ROCINHA, [11/03/2024 23:00] Capítulo 1 Serena narrando 20 anos atrás.... A casa que era de Antonio foi destruída, Yan fez questão disso, a gente construiu uma casa nova para nós que ficou pronta a tempo da chegada de Nicolas. Ele poderia nascer a qualquer momento e isso me deixava ansiosa e nervosa ao mesmo tempo, eu estava idealizando uma nova vida ao lado de Yan com o nosso filho. Desde que tudo aconteceu, parece que tirou um peso das minhas costas, eu comecei a viver a minha vida agora. Eu encontro Yan e ele abre um sorriso quando me ver. — Você está bem? – ele pergunta se aproximando e beijando a minha testa. — Estou sim – eu respondo para ele — Deveria estar em casa descansando, você sabe que o médico disse, você ficou nervosa de mais e sabe que sua gravidez é de risco. — Fique tranquilo, só estou caminhando um pouco – eu falo para ele – queria ir até a boca lá em cima. — Esquece isso por enquanto, descansa – ele fala – eu organizo tudo por lá. — Você vai demorar para vir para casa? — Vou com você já – ele fala – eu já terminei minha ronda aqui hoje. — Mas como vai deixar tudo organizado lá em cima se você já vai para casa comigo? — Achei que você queria isso – ele fala — Eu quero – eu respondo e ele abre um sorriso de canto. Yan não era de esboçar muitos sorrisos na rua, sempre com a cara fechada e dando ordem, para quem via de fora, era o verdadeiro carrancudo dono do morro, mas eu o conhecia suficiente para saber que ele não era assim. Chegamos em casa e eu vou sentindo algumas dores fortes, mas não falo nada para Yan, tomo um banho quente e no meio do banho, a energia acaba, saio para fora e Yan está com a lanterna e o rádio falando com os vapores. — É geral – ele fala — Será que não é invasão? – eu pergunto para ele e ele estava na sacada. — É invasão – ele fala sacando a arma da cintura – vem Serena. – ele me pega pelo braço da forma mais delicada do mundo — Espera – eu falo para ele – para onde você vai me levar? — Para um lugar sgguro – ele fala Quando descemos as escadas e encontramos Teresa, eu sinto uma dor forte e provavelmente era a primeira contração que eu iria sentir daqui para frente. O OURO DA ROCINHA, [12/03/2024 19:38] Capítulo 2 Serena narrando Era invasão da policia, faz algumas semanas que Yan anda bem tenso com a movimentação da policia aqui perto, o problema foi que a morte de Ana Julia do convento foi explanada e logo saiu as noticias para todos os lados de que ela era moradora do morro da Rocinha, Ana Julia tinha abortado a criança ainda no convento, eu queria ter levado seu corpo até aquele dia para jogar na frente de Antonio, mas no final eu não fiz isso por Anjinho que de alguma forma ainda sentia remorso pela sua morte. A operação toda estava sendo digerida por um novo coronel Ruam Souza, dizem que ele era terrível. Mas aqui dentro ele não riia se criar. Eu vou para o quarto a prova bala com Teresa, Yan dava a ordem para todos os lado dentro do morro mas não me abandonou, o problema foi quando dei o primeiro grito intenso e ao mesmo tempo fiz força e a minha bolsa estourou,Yan me encarou. — Minha bolsa estourou – eu falo – Nicolas está nascendo. — Agora? – ele me pergunta – segura esse moleque ai dentro. — Como vou fazer isso? Não sou eu que decido isso. — Estamos no meio de uma invasão – ele fala – se a gente sair por ai com você parindo, a gente morre. — Se vira Yan, você disse que nos protegeria até o fim, cumpre a sua promessa – eu falo para ele e Yan me encara. — Calma os dois – Teresa fala – está sentindo muita dor? — Muita – eu falo nervosa e segurando contra a cama – está doendo muito, meu corpo está forçando de mais. — Preciso de um médico – Yan fala no rádio – Serena entrou em trabalho de parto. — Larga a m***a desse rádio e me ajuda – eu falo para ele – você precisa confiar nos seus parceiros. Ele me olha mas percebe que não adianta discutir que ia ser pior, muito pior , ele se aproxima de mim, tanto ele como Teresa, os tiros eram mais altos, e dava para perceber que o movimento lá fora estava terrível, Yan tentava controlar tudo ali de dentro, dando ordem atrás de ordem sem saber certo o que estava acontecendo lá fora. Enquanto isso, eu me retorcia de dor, muita dor, eu gritava desesperada, meu corpo forçava. — Calma – ele fala dando um beijo na minha testa — A gente só terá esse filho, a gente não vai t er mais nenhum – eu falo nervosa para Yan – doi de mais. Nesse momento a minha vontade era de m***r ele a todo custo. Foram quase meia hora em trabalhod e parto, até que Yan largou o rádio e viu que eu não estava bem, se aproximou de mim e ficou atrás de mim, enquanto meu corpo forçava de mais para que Nicolas saísse, lá fora o morro pegava fora, gritaria e muitos tiros, até que ao mesmo tempo que começamos a escutar que alguém levou um tiro no rádio, eu dou um grito e Nicolas desliza chorando. — Ele nasceu – Teresa fala colocando ele sobre os meus braços, eu abro um sorriso e Yan também. Pela primeira vez vejo os seus olhos cheio de lagrimas, ele tinha seus olhos verdes e sua boca carnuda, eu só sabia chorar. Até que o rádio de Yan começa a tocar sem parar. — Caio está morto, mataram o Caio – eu olho para Yan e Yan me encara. Logo ele que seria pai também em breve! O OURO DA ROCINHA, [12/03/2024 22:09] Capítulo 3 Yan narrando Eu deixei Serena com minha mãe efui encontrar eles, eu me aproximo e vejo Caio morto no chão, Suellen e tia Janaina desesperadas sobre o seu corpo chorando muito. Eu engulo seco, Caio era meu irmão aqui dentro do morro, crescemos juntos, quando peguei o comando ele pegou junto comigo como Sub, sempre foi meu fechamento. — Quem o matou? – eu pergunto — O novo Coronel – Pedro fala me encarando — Ruam Souza? – eu pergunto para ele — Sim – Pedro fala — Ele colocou ele no meio da quadra e o matou covardemente – Anjinho fala – Onde você estava? — Meu filho nasceu – eu falo para eles e eles me encaram — Nicolas nasceu? – Anjinho fala — Anjinho – eu olho para ele e ele me encara – eu vou ter que dar uma saída, você e Pedro – eles me encaram – ficam de olho na Serena e no meu filho, estou confiando a vida dos dois a vocês porque são os únicos que eu confio. — O que você vai fazer? – Pedro pergunta – Yan, não se esqueça que agora você é pai etem um filho para criar. — Mas eu também sou dono do morro – eu o encaro – e Caio era meu parceiro, nosso parceiro aqui dentro e a morte dele não vai ficar por isso mesmo, nunca, jamais. Não fizemso nada a esse filho da p**a para subir o nosso morro e m***r um parceiro nosso. — Yan – Pedro fala – Me escuta. — Vocês – aponto para os vapores – vem comigo. Eu subo na moto e os vapores no carro, eu ignoro totalmente as preces de Pedro, no caminho eu consegui o endereço do policial, quando eu chego no seu endereço, vejo ele descendo do carro , ele e mais um. Eu estava com tanta raiva dele, que somente dou a ordem, tanot eu como os vapores no carro chegamos atirando neles e depois voltamos para o morro. Ninguém matava um parceiro meu e ficava por isso mesmo!!!!
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