Capítulo 1. Bridget Adans

501 Words
Dezoito anos antes Brandon não era mais o mesmo desde que começou a ficar doente ele não brincava mais comigo e as vezes nem se levantava da cama para assistir desenhos, como costumávamos fazer. Mamãe falava que eu deveria incomodar, que se ele descansasse bastante, longo estaria curado para que pudéssemos voltar a fazer as mesmas coisas de antes. Mas o tempo estava passando, e nada do que ela falou parecia se concretizar. Meu irmão tinha emagrecendo tanto que eu conseguia ver os ossos marcados das maçãs do rosto e ombros. ele também não tinha mais cabelos, nem um único fio de cabelo e a voz estava cada vez mais rouca e enfraquecida. Antes de tudo isso acontecer , ele era meu companheiro, me defendia quando o papai queria brigar comigo apenas para achar um motivo para me punir, me acompanhava na escola e sempre brincava de casinha quando eu queria. sentei encolhida no sofá, uma lágrima deslizou pela minha bochecha direita enquanto encarava a nuca do meu irmão com o coração apertado. Eu vi mamãe chorando ontem á noite e orando para que Deus não levasse para longe dela. Ela não percebeu que estava sendo observada, as lágrimas aprimiam a sua visão e a cabeça estava transtornada demais para reparar na minha presença. Não conseguia entender o que estava acontecendo. Um dia, Brandon estava bem, brincando comigo na rua; no outro, sangue escorria pelo nariz, as visitas aos médicos se tornaram mais frequentes e o cabelo começou a cair. Ninguém me falava nada, só diziam que eu deveria ficar aí lado dele e ser uma boa irmã, porque ele precisava de mim, da nossa ligação de irmãos gêmeos, e então foi exatamente isso que eu fiz, pensando que as coisas melhorariam longo. Brandon soltou uma risada fraca, os olhos estavam fixos na televisão, concentrado no seu desenho favorito que estava passando através da tela. A chuva torrencial batia no vidro ao meu lado e a casa estava desvanecida em escuridão por conta do céu nublado. podia ouvir o barulho da água na rua e da madeira que rangia pelas rajadas de vento. Era um dia muito f**o para brincar na rua. mamãe nunca permitia que saíssemos de casa em dias como esses, mas Brandon e eu nunca escutávamos. ele me ajudava a pular a janela do quarto, então íamos para o pátio sentir a água gelada em nossos rosto e fazer uma competição de quem pulava mais longe, atravessando as maiores praças em um pulo sem pisar na água. soltei um suspiro trêmulo, saudosas das lembranças da nossa vida antes da doença acometer meu irmão. Como se sentisse meus pensamento, Brandon virou a cabeça em minha direção, os olhos verdes - igualzinhos aos meus - fixaram-se em mim. -está triste? -perguntou, em um sussurro. Balancei a cabeça em um sinal negativo. -estou entediada -mentir Mamãe disse que eu jamais poderia mostrar minha tristeza na frente do Brandon, mesmo que eu sentisse vontade de chorar, nunca poderia deixá-lo vê-lo a preocupação.
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