Capítulo 6

1504 Words
Minha apresentação da noite não foi das melhores. Levei até um escorregão no palco. Ouvi Emily se acabar de rir atrás das cortinas, mas o pior é que a culpada era eu mesma. Depois que Júnior falou que aquele homem queria pagar por mim eu fiquei assustada. Era muita grana e eu sei que ele gostou do meu show, de mim. Mas porque tanto? E porque também querer saber da minha vida? Assim que eu desci do palco e me troquei Margot me parou. — Clara o que houve com você hoje? Como conseguiu errar uma coreografia tão fácil? — Eu não sei Margot, me desculpa. — A sua sorte é que os homens nem ligam pra isso. Já as mulheres que nos visitam são bem críticas. Enfim, se tiver com algum problema já me fala... — Não, tá tudo certo eu não tenho problema algum.. prometo me concentrar mais. — Tudo bem então. — Então vamos Clara? — Mari parou de frente pra mim. — Aonde? — lhe encaro. — Você não vai sair comigo? E com os meninos? — Olha, eu tenho um assunto a tratar agora. — Que assunto? Ora vamos!! — ela me pegou pelo braço. — Ei calma. O caminho que percorremos pelo salão estava nos levando até onde estava o cara que queria me comprar. — Então aí está você... — digo com ar sínico. — Como? — ele pergunta sem entender. — Ah.. vocês já se conhecem? — O que? — pergunto confusa. — Ele é Daniel, irmão do Christiano de quem falamos hoje. — ela sorri. — O que?? — pergunto outra vez. — Você deve estar maluca achando que eu vou sair com esse cara. — Maria Clara!! — ela se altera. — com licença... — ela me chama pro canto. — Clara o que tá acontecendo? — Nada! Só não quero sair com ele...— digo de forma óbvia. — e porque não? — porque ele queria... a deixa pra lá!! — Não acredito. O que tá me escondendo? — Mari... eu te explico depois tá? — Fala logo Maria... — É que... ele queria me comprar... e por muito caro. Eu não quero sair com alguém assim. — Clara... deixa de ser boba. Se ele queria pagar, o que ele não faria de graça... olha pra ele... e agora pensa na sua amiga... pode me fazer esse favor? Tendo em vista que sempre te ajudei? — ela né encara — sério isso Mari?? — cruzo os braços — você não precisa dormir com ele se não quiser... mas eu dormiria.. — ela da de ombros. — Mari!! — me irrito. — Tá.. — suspiro — vamos.. — Com licença Senhores, podemos ir? — Ela diz. — Claro. — Christiano sorri. No carro eu estava estática, onde eu fui me enfiar. Estava com medo daquele homem. que estava ao meu lado no banco do carro de Christiano. E agora eu já sabia até o nome dele.. Daniel. O carro parou e Mar desceu correndo. Daniel me olhava de lado sem reação e eu desviada o tempo todo. — Chegamos galera! — descemos do carro e fomos caminhando em silêncio. Entramos em um local super reservado, com uma música lenta, pouca luz e apesar do sigilo era um lugar bem sofisticado. — Eu vou com Mari lá pra cima, fiquem a vontade. — Christiano disse e eu fiquei quieta. Daniel me chamou para um canto onde tinha uma bela mesa cercada por paredes de vidro que davam para o fundo do terreno. Era escuro e estranho. — Eu não queria estar aqui. — digo sem papas na língua — E porque veio? Acho que no fundo você gosta que te bajulem tanto. — ele me encara. — Você é sempre tão inconveniente? — reviro os olhos. — olha... eu vou ser direta. Quero saber porque queria pagar tanto por uma noite comigo? — ele me encara — como sabe? — sabendo... agora diga. Eu nem te conheço, você de repente aparece no local onde trabalho, começa a me perseguir e oferece uma bolada por mim, sendo que eu nem faço essas coisas! Não assim! — olho seria. — Primeiro, estamos em desvantagem. Você sabe meu nome, e pelo que ouvi o seu nome é Clara? Isso mesmo? — Argh... é... Maria Clara. — Bonito nome. — ele sorri — belo contraste do doce com o fogo. — ele me encara. — enfim, diga logo o que tá havendo. — quer saber? — aceno que sim — eu te achei muito bonita, e como sou um homem de grande posses eu pensei em pagar por isso. E olha que eu nao sou de sair com mulheres como você. — mulheres como eu? Está me insultando na cara dura? — você sabe... são mulheres que tem má fama. Dançarinas de bordel e prostitutas para todos é a mesma coisa. Mas eu não quis pagar por isso... — então foi pelo que? — encaro. — sua beleza é diferente, achei estranho o modo como me senti.. se é que você se interessa por isso. A propósito, você dança muito bem. — obrigada. — chego a corar. — Está com vergonha? — ele ri. — vergonha eu? Não... não... — pisco algumas vezes. — enfim... eu não vou mentir, quando fiquei sabendo que você era a mais procurada, eu logo pensei que você toparia. Isso não é uma ofensa, se é seu trabalho eu respeito. — Já disse que não sou garota de programa. Eu sou dançarina. E se quer mesmo saber, eu sabia quem era o dono da bolada, só não aceitei porque era você. — digo na cara dela me esquivando rapidamente. — é mesmo? — ele me puxa com força — e porque eu não acredito nisso? — ficamos bem próximos. — vvvocê acredita no que quer... — digo gaguejando e ofegante me afastando. — Ok, Maria. Mas saiba que eu já estou me arrependendo de ter feito essa proposta. Você é muito difícil. Como aquele homem consegue te aturar? — ele me encara. — ah é? Então porque estamos aqui? E se você se refere ao Billy, saiba que nós nos damos muito bem. — dou de ombros. — aí aí — ele solta uma gargalhada — só estamos aqui porque meu amigo quer dar uma trepada, já eu... não consegui. — ele me olha. O Billy deve gostar, não é? Maria dos Prazeres? — ele sussurra ao meu ouvido me fazendo pular e lhe dar um tapa. — já chega seu escroto! — comigo você não vai conseguir mais nada. Se quer babar, babe quando eu estiver no palco brilhando. Tchau Mari... vou de uber. — grito. Saio daquele lugar perplexa com as coisas que ouvi. Aquele cara não era só intrometido. Era também inconveniente e canalha. Quantos absurdos eu ouvi. Chamei o uber que não demorou a vir. O trajeto todo eu fui pensando em tudo que conversei com ele e não é que aquela discussão me deixou excitada. Tá certo que eu não gostei da parte em que ele me desmereceu, mas sei lá, o cara é gostoso até falando merda. Cheguei tomei um banho frio, já estava muito tarde não comi nada, apenas apaguei. ———————————— No dia seguinte minha companhia tocou bem cedo, eu quase não atendi devido o cansaço. — Billy? — Eu encaro ele na porta. — não tinha uma missão hoje? — eu só vou mais tarde. Será que... podemos, aproveitar? — ele sorri. — Tá... entra. — eu digo fechando a porta. — que cara é essa gatinha? — ele me encara — nada é que... eu senti sua falta. Dormi me contorcendo essa noite. — é mesmo? Sentiu falta do papai né? — ele se aproxima. — Vem cá... — eu adoro quando você aparece assim fardado... eu gosto tanto.... — sorrio quando ele se aproxima para um beijo. — é gatinha? O que eu tenho aqui em baixo vai te agradar ainda mais. Ele me pega em seu colo e caminhamos até o quarto aos beijos. Como já era de costume comecei a me fantasiar com ele como se estivesse transando com Daniel. Aquilo me dava um prazer ainda maior. Billy me penetrou com rapidez e intensidade e em seu rosto eu só via Daniel. O cara mais abusado que conheci nesses dias. Comecei a cavalgar sem parar, minha v****a já estava queimando de prazer e minha excitação já escorria para fora. — que delícia gatinha... você está tão excitada... — ele me dizia em meio a beijos. Rebolei mais um pouco olhando fixo pra ele e não demorou muito chegamos ao ápice. Eu não podia dizer, mas aquele prazer todo não era só por Billy. Eu tinha em mente que queria e muito t*****r com outro, vulgo Daniel. Billy ficou mais alguns minutos e precisou ir embora. Eu tomei um banho, limpei o apartamento, fiz um almoço rápido e fiquei na sala descansando.
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