Capítulo 7

1651 Words
A semana passou como de costume. Continuei ensaiando bastante, trabalhando muito. Minha vida estava bem corrida. Durante a semana fiz alguns trabalhos como modelo também e Billy estava lá para me prestigiar. Ele tinha passado alguns dias fora em uma missão, e voltou dizendo que eu estava muito mudada, séria e até mesmo distraída. Saímos da agência onde estava, com ele reforçando esse pensamento sobre mim. — Gata, você está diferente. O que tá havendo? Desde que voltei não está afim nem de transar... — ele dizia me encarando. — Argh.. não me leve a m*l tá? Eu sei que pra você isso significa muito, mas a vida não se resume nisso. Eu andei tendo tantos problemas nesses últimos dias e não estava afim. — É mesmo? Eu pensei que você gostava mais... enfim, que tipo de problemas? Você m*l tá me contando as coisas. — Você sabe, a Emily. Eu tô meio que de castigo de algumas apresentações. A Margot resolveu nos punir depois que discutimos outra vez. — Mas o que foi agora em? — você como sempre. Enfim... deixa pra lá. — eu disse revirando os olhos. Na verdade nós discutimos porque eu acabei falando que ela era uma oferecida por ter sentado no colo do Daniel na semana anterior. — e agora, tem algum compromisso? — tenho... eu vou a casa da Mari. Pode me deixar lá? — Sim... No caminho não conversamos muito. Ele parecia meio desconfiado, não sei. Ele me conhece bem e sabe que eu não brigaria com Emily outra vez sem motivo aparente. Nós já estamos juntos e não teria porque. Cheguei na casa de Mari e contei a saia justa que passei. (...) — Mas Clara... até agora não entendi. Até semana passada você não queria nem ver o Daniel. E de repente você até implica com a Emily sendo que é nosso trabalho seduzi-los? — ela ri irônica. — Mari não me julgue tá? — eu tô tão perdida quando você. — suspiro — acho que a beleza dele tem mexido muito comigo, porque não faz sentido. Fora isso ele não tem nada de especial... — dou de ombros.. — hmm.. sei — ela ri. — eu estou errada? — lhe encaro — o cara vive falando merda e me desmerecendo como mulher... eu devia soca-lo, isso sim. — Maria, todos os homens tem um lado cretino. E outra, você deve estar estranhando a ausência dele nesses dias, acho que se irritou com você também. — Eu estranhando? Estava era feliz. — disse dando de ombros. — Não diga isso. Ter um homem rico e bonito ao nossos pés é bom sim... só não admite porque você mau o conhece e vive implicando. — Amiga, pelo amor de Deus. Ele é bonito mas é um escroto! Olha, não quero nem mais falar nisso... só quero concertar meu erro com a Margot e mostrar que estou mudada. A apresentação de hoje será minha... — Hmm... agora sim.. — ela ri. — Acha que vou arrebentar? — claro mulher! Sem dúvidas! Você tem tudo pra brilhar... e só pra te animar, acho que hoje o Daniel vai te ver em... ele voltou de viagem ontem e segundo Christiano, o coitado tá cheio de problemas, precisa relaxar... ele vai tentar trazê-lo. — Ahhh me poupe.. não quero nem vê-lo. Se Billy souber dessa história não vai gostar, e eu quero distância dele. — Quero ver... — ela ergue as sobrancelhas. — Que horas você vai para o cabaré hoje? — pergunto quebrando o gelo. — vou mais tarde. Minha apresentação será mais tarde com a Aline. — Argh.. tudo bem. Eu tô com fome, o que tem pra comer? — o que? Aqui não é restaurante — ela ri enquanto eu começo a mexer nos armários. — Tem miojo, pode fazer pra nós.. — ela me olha de lado e eu dou risada. Apesar da simplicidade, nós duas amamos. — Deixa a Margot saber que estamos comendo essas coisas... — falo. — Uma vez ou outra não tem problema ué! — ela indaga. — Isso é. Ficamos até mais tarde na casa dela, conversando. Depois voltei para meu apartamento. Tomei um banho e comecei a me arrumar. Minha mãe me ligou querendo conversar um pouco e aproveitei para combinar de vê-la no fim de semana. Daniel narrando: Estava no escritório com Antony. Havíamos feito uma reunião com um novo acionista na empresa. O dia estava cheio e meu irmão entra em nossa sala. — Boa tarde senhores. Qual a boa?— ele fecha a porta. — Por enquanto nada. — Antony responde. — Eu tenho uma sugestão. Tenho um encontro marcado no Kabaret Fantasy com minha gata. Vocês vão comigo ou não? — De novo esse assunto das dançarinas? — digo revoltado. — Daniel, meu irmão. Seu cotovelo ainda dói? — ele me encara. — Porque ele estaria doendo? — pergunto. — Ainda não superou o fora da Maria dos Prazeres, simplesmente. — ele ri junto com Alfonso. — O que? — pergunto irônico — eu consigo ficar com qualquer uma... e quando eu quiser. — Não com ela, segundo Christiano. — Antony alfineta. — Vocês estão me subestimando? — pergunto — pois então duvidam que eu consigo t*****r com ela? — cruzo os braços. — Sim.. eu duvido. — Christiano fala. — Quanto eu vou ganhar se conseguir levar ela pra cama? — Você escolhe... — Antony ri. — Quero mais da empresa. Aumentar minha porcentagem aqui. — afirmo. — o que? — ele ri indignado — Por causa de mulher você quer mais direitos na empresa? — ele ironiza. — Você disse que eu poderia escolher. — ergo as mãos em rendição. — Mas pra escolher tão alto é porque já a considera difícil! — Christiano ri e comenta. — Muito engraçado. — reviro os olhos — se querem que eu fique frequentando aquele bordel com vocês, é o preço que eu cobro. — Pois bem... — Antony me encara — se conseguir t*****r com ela, e não somente isso... conseguir fazê-la se apaixonar... eu assino o contrato que quiser nas ações. — Fechado. — eu concordo confiante. — Essa eu quero ver!! — Christiano fala e nos encaramos. — Se em 1 mês ela não se apaixonar, você perde essas chances... meu caro. — não vou perder! — pisco e me afasto. Saí da sala de Antony com um certo pressentimento. Senti um arrepio estranho mas ignorei. Acho que vou conseguir, mesmo que ela seja relutante, gosta de estar comigo. Mais tarde fui para casa, tomei um banho pedi comida e fiquei esperando o sinal de Christiano. Meu irmão me avisaría quando estivesse a caminho. Segui para o cabaré em meu carro, estava ansioso e nervoso. É estranho mas eu queria um jogo como aquele. Apesar de afirmar que nunca ficaria com mulheres assim, eu até que tava curtindo e depois que ela se recusou a dormir comigo por dinheiro, eu reconheço que me senti um merda. Do dia pra noite eu ja não me sentia o pegador como antes. Conquista-la é um tipo de desafío divertido que eu esperava viver. Chegando no local Christiano já se atracou com a amiga dela no canto. A moça ainda ia dançar e estava doidinha por ele. Antony estava paquerando uma garçonete quando Any Magic apareceu. Os dois estavam flertando desde a última vez que eu tive lá com eles. Ainda não sei se rolou, ele não quis contar nada. Foi o tempo de eu me sentar e as luzes apagarem outra vez. Anunciaram que era uma grande noite para duas moças. Lily s*x e María dos Prazeres. Pelo que me lembre Lily foi uma ousada que dançou no meu colo outro dia desses. A moça até que é bonita, mas nada se compara a Maria. A música começou e eu até me ajeitei no banco. As duas começaram a dançar juntas, se esfregando, rebolando. E eu já estava e******o. Meus olhos não saíam de Maria Clara, estava tão hipnotizado que não percebi que alguém se aproximou de mim. — São boas né? — nem olhei para ver quem era, só respondi. — E como são. A Maria nem se fala... — digo — É porque você não teve elas na cama, são tão diferentes! — ao ouvir isso eu tive que ver de quem se tratava. Era o branquelo que beijou Maria Clara outro dia desses. — Eu.. acho que já te vi por aqui. — lhe encaro. — Sim... eu sempre venho ver as meninas. Já namorei a morena, e agora tô pegando a ruivinha. — É mesmo? — eu finjo demência — Que sorte a sua. Como conseguiu? — Eu também não sei. — ele ri — mas eu digo que foi sorte. Volto a olhar para o palco e vejo Maria nos encarando ainda enquanto dançava. — Você gosta dela? — eu pergunto. — De quem? — Da ruiva. — É... sim... mas... é complicado. Eu não quero me envolver sério. É só um passa tempo. Mas pra ela significa muito, desde que eu rompi com a outra sabe. Mas você deve entender, lidar com duas mulheres não é fácil. Me cansei da morena e agora estou só com ela. — ele da de ombros. — Entendi. — eu sou um destruidor de corações, mas achei bem feio o que ele fez. — E também tem esse problema com a reputação delas. São moças bonitas, mas como vou levar a sério, e apresentar a família um dia? Não sei se é o que ela sonha, mas definitivamente não dá. — Realmente, a má fama é um grande obstáculo. — engulo seco enquanto a encaro. Foi então que me lembrei que eu também estava lá por isso, estava disposto a tudo por uma boa aposta, e estaria mentindo se não quisesse o mesmo que o homem que estava ao meu lado.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD