Capítulo 5

1650 Words
Maria Clara narrando: No dia seguinte... Acordei 9 da manhã. Celular berrava feito doido e minha cabeça doía um pouco. Me lembrei da v***a da Emily agarrando meus lindos cabelos. Eu bufei por pensar que deveria ter aproveitando pra lhe dar uma boa surra. Mesmo com esse acontecimento, algo não me saia da mente. Aquele homem. Quem era? E porque se preocupa tanto? Agora aquele intrometido gato não sai da minha cabeça. A companhia tocou e era Mari. — Amigaaa finalmente você atendeu. — a morena já foi entrando. — Mas... tocou só uma vez? — digo confusa. — Eu... tava batendo na porta, não lembrei que tinha campainha. — ela diz meio sem graça. Mari era do bem, mas pensa em uma pessoa desligada! — O que te trás aqui... a essa hora? — pergunto bocejando, eu tinha i********e o suficiente com ela pra demonstrar que não gostei da hora da visita. — Ah... você fala com se fosse 5 da manhã! Olha, eu queria muito conversar com você. Ontem foi embora voando e sei que a tarde o ensaio vai ser corrido. — Pois então diga... — Você brigou com a Emily por causa do Billy não é? — Sim.. aliás, ela que brigou comigo... — digo revirando os olhos. — bom que seja!! O que eu queria mesmo que soubesse, é que ontem eu saí com um cara... muito mais muito gato, gostoso, e rico!! — ela diz empolgada. — Tá... e onde eu entro na história? Desculpa, eu fico feliz por você, mas... é sério? Me acordou pra isso? — olho espantada. — Não, né Clarinha!! Sabe que não dou ponto sem nó, e ele tem um irmão, que está louco por você. O cara é tão bonito quanto, e vou te dizer, se a pegada for tão boa quanto a do irmão, você vai passar bem... — ela diz com malícia. — Mari... que isso mulher!! — dou risada — eu agradeço, mas não sei se tô interessada, no momento tô só com o cretino do Billy mesmo. — É sério? Como pode rejeitar sem o ver? — ela me encara — Olha... Eles vão hoje, de novo. E vou aproveitar pra te apresentar a eles, quem sabe você não muda de ideia? — ela pisca. — Argh... não sei! Juro que não tô afim.. mas tá, a noite você nos apresenta. — Hmm.. isso aí! Agora acho que vou ao shopping, tenho que comprar algumas roupas de academia, volto amanhã. Quer ir comigo? — Tá.. eu vou me trocar rapidinho. — Te espero então. Fomos ao shopping onde por lá acabamos almoçando. A tarde já seguimos juntas para o ensaio. Todo domingo era dia de ensaios para a semana. Nas quartas também repassamos as coreografias, que no geral eram bem tranquilas. Emily não conseguia nem olhar na minha cara, a coitada nunca vai superar o fora que levou. Ficamos lá até as cinco da tarde, depois voltei pro ape, tomei um banho descansei um pouco e mais tarde voltei para o cabaré. Daniel narrando: Meu domingo foi literalmente de descanso. Dormi a tarde toda e só acordei com uma ligação de um cliente, em pleno domingo. Christiano me convidou para voltar ao cabaré. Eu tentei resumir pra ele que agora eu tinha um certo desconforto com a Maria dos Prazeres. (...) — Como é que é? — ele pergunta rindo. — Isso mesmo que ouviu. A Maria dos Prazeres tem uma língua bem afiada. Aliás, ela de prazer não tem nada. Só me causou dor de cabeça. — suspiro. — Ah, não diz isso cara. Você foi a semana toda só pra ver ela dançar. E é normal ficar irritado, já que ela não fica com ninguém... você quer é comer ela que eu sei. — ele me dá um tapa. — Eu estaria mentindo se dissesse que não. Mas eu fiquei irritado com a certa grosseria dela. — Mas o que foi que você disse pra ela te responder desse jeito? — ele me encara. — Quer mesmo saber? — ele acena positivamente — eu... perguntei o que ela tinha com um tal homem que a beijou na beira do palco, e queria saber porque ela não faz programas, já que beija os outros. — O que? — ele ri alto — você questionou a vida íntima de uma dançarina de bordel? — ele arregala os olhos — meu irmão, essas mulheres são diferentes, e outra, você não é nada dela, dou razão pra ela te tratar assim! — Eu não perguntei por m*l, saiu naturalmente. — Eu sei.. — ele ri — mas mulher nenhuma aceita isso, muito menos essas que não tem dono. Se quer tanto assim t*****r com ela, tenta oferecer uma boa grana, ou quem sabe cortejar como eu tô fazendo com a morena. — Eu... já ofereci mas ela não aceitou. — como? — ele ri — meu irmão apaixonou em uma b*ceta? — ele volta a rir. — ei.. chega tá? Não deveria ter te contado! — me senti no sofá. — espera, espera... quando foi isso? Me fala. — argh.. foi... na noite em que a vi. Fiquei hipnotizado por ela, não sei explicar. Enfim, eu queria dormir com ela, mas não ela topou. — Meu irmão... você não perde tempo mesmo. — ele sorri — mas... ela não aceitou porque era você, ou pelo valor? Porque sabemos que ela não costuma fazer. Pelo menos é o que eu sei. — Acho que foi pela grana. Até porque eu pedi sigilo caso ela não aceitasse de cara. Mas de qualquer maneira deixa pra lá. — Ah... não pode deixar pra lá. Você tá gamadinho e eu entendo. Olha só, hoje a amiga dela vai sair comigo, igual ontem. Quem sabe vocês não vão juntos? Eu posso te ajudar com isso. — O que? Não depois de ontem ela nem vai me cumprimentar... — reviro os olhos. — você é quem diz isso. Não custa tentar, não é? Aliás, se nada der certo você ainda tá solteiro e pode pegar quem quiser! — É, isso é. ~~~~~~~~~~~~~~~~ As horas passaram e eu estava ansioso e até nervoso. O comentário de Christiano me deixou esperançoso, eu queria mesmo que aquilo fosse real. Não sei explicar, tô afim dela. Com certeza não sou o primeiro a gamar em uma delas. A noite caiu e fui tomar um banho. A água morna caia e só conseguia lembrar dela me contando qual seria a fantasia da noite. Aquela moça me deixa louco. Comecei a me acariciar no banho. Meu p*u já estava duro só de pensar nela de empregadinha sexy. Não sei que poder ela tem, só sei que eu gosto. Comecei a aumentar a intensidade dos movimentos imaginando suas belas e delicadas curvas. A imagem daquele sorriso safado me veio à mente, comecei a imaginar ela com prazer em minha frente, rebolando contra meu corpo e logo gozei. E não foi pouco. Um jato forte e grosso escorreu pelo box do banheiro. Eu literalmente relaxei pensando nela. Saí do banho até mais leve, me troquei e em poucos minutos já estava a caminho do Kabaret Fantasy outra vez. Agora era rotina. A caminho do cabaré meu celular não parava de tocar. Billy queria me ver fantasiada por chamada de vídeo, já que ele não ia poder aparecer lá por conta do trabalho. Eu recusei pra não bater o carro. Estacionei e entrei pela porta dos fundos onde ficava o estacionamento. Segui para meu camarim onde já encontrei minha fantasia. Algumas meninas conversavam sobre um tal empresário rico que estava lá, essas garotas são loucas por dinheiro e não perdoam ninguém. — Estão animadas em? — eu pergunto retocando a make. — Eu quero que aquele homem gostoso me compre essa noite. — Bruna dizia. — Que homem? — eu as encaro. — vi que estão falando de um tal empresário aí, posso saber quem? — Tem um empresário novo na área, ainda não sabemos o nome. — Estefani comenta. — De qualquer maneira, não é pra mim... — que horas eu entro, Júnior? — pergunto. — Jaja gata, a Emily tá no palco. E por falar nela, vocês já acalmaram os ânimos? — Argh... nem falei com ela depois disso e nem quero! — Meninas olha ali... — Bruna diz. — O que? Eu pergunto. — A Emily ta dançando no colo de um gato lá fora. — Quero ver! — espio pela cortina que dava acesso ao palco principal e vejo que era o homem do estacionamento, o mesmo que vive me comendo com os olhos e fazendo perguntas estranhas. Não sei dizer mas ele me causava uma sensação estranha, e ver ele com ela em seu colo não era confortável. Enfim... — Então? Ele é gato né? Será que ele toparia comigo? — Bruna fala. — Bruna, não se envolve com esse tipo de homem não, você merece bolso melhor! — eu digo no automático. — Por que? Você o conhece? — Eu? Não... é que eu sei que ele paga pouco... — dou de ombros — Paga pouco? — Júnior diz — ele ofereceu 50 mil por você outro dia garota! — O que? Então foi ele?! — respondo assustada. — 50 mil?! — as meninas se espantam. — Eu duvido que seja verdade... ele não deve ter dinheiro pra isso. É um mentiroso tarado como muitos que vem aqui contar vantagem. — Olha querida, eu não ia dizer até porque ele pediu sigilo, mas sim, ele estava disposto. E ficou bem tristinho quando você não topou. — ele me encara. — Tá maluca Maria Clara? Com ele eu transo de graça e agora! — Estefani fala. — E eu também! — Bruna completa. — Já chega gente... eu vou pro palco, depois nós vemos! Corto o assunto e assim que Emily sai eu entro em ação.
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