17 - Sofia

1250 Words

Sofia Narrando Acordei cedo, como sempre. O sol ainda nem batia direito na janela, mas meu corpo já tava inquieto demais pra continuar deitada. Me enrolei uns minutos pensando se hoje a dona Ingrid deixaria eu ligar pra minha vó de novo. Só de lembrar da voz dela, do jeitinho calmo de me chamar de “minha filha”, o peito apertou. Eu queria tanto ouvir ela dizendo que tá tudo bem, que sente minha falta. Me dava um conforto que ninguém aqui consegue dar. Levantei, fiz minha rotina matinal. Lavei o rosto, escovei os dentes, arrumei a cama. Era automático. Era o pouco que eu ainda conseguia controlar na minha vida. Quando fui abrir a porta do quarto, bem na hora, o Terror abriu a dele. Ele me olhou de cima a baixo, com aquele olhar que parece atravessar até os ossos. Eu abaixei a cabeça, en

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD