Terror Narrando Saí da boca com a mente a mil. Só queria chegar em casa e tomar um banho gelado, ver se dava uma aliviada na cabeça. O clima lá tá tenso, geral no corre, mas eu tava mais cansado do que preocupado. O corpo tava no automático, mas a mente, essa não parava um segundo. Assim que cheguei em casa, dei de cara com minha mãe e minha irmã sentadas na sala, conversando baixinho. Entrei com o pé arrastando, larguei o fuzil num canto e perguntei direto: — E a Sofia? Minha mãe virou o rosto devagar, com aquela expressão de sempre, tentando manter a calma. — Tá dormindo, filho. — Ah, tá — murmurei, subindo as escadas com o coração pesado. No meio do caminho, parei em frente à porta do quarto dela. Fiquei ali parado uns segundos, só olhando. A vontade de abrir aquela porta, entra

