Lívia Narrando Entrar na quadra de mãos dadas com o Bradock foi tipo uma cena de filme. A galera abrindo espaço, o som do DJ explodindo nos alto-falantes, luz piscando em cima da gente e aquele calor humano que só a quebrada sabe oferecer. Meus dedos entrelaçados nos dele, sentindo o aperto firme da mão dele, e o coração batendo no mesmo ritmo da batida do funk. O povo já virava o pescoço pra olhar, mas eu nem ligava. Ali era o nosso momento. Assim que a gente pisou na escada do camarote, ouvi o DJ anunciar no microfone com aquela voz grossa: — Atenção, atenção. Olha quem chegou. O nosso chefe Terror e a patroa. A quadra explodiu. Todo mundo gritando o vulgo do meu irmão, levantando os copos, pulando, vibrando. Era como se um artista tivesse acabado de subir no palco. E ele? Já se ach

