Terror Narrando A Sofia ficou soltinha depois daqueles drinkzinhos, mas nem deu trabalho, não. Só tava alegre, rindo à toa, dançando como se o mundo fosse dela. Toda linda, leve, com aquele brilho no olhar que só aparece quando ela tá feliz de verdade. Eu fiquei só observando de canto, cuidando, mas deixando ela curtir também. Era a primeira balada dela, tinha que ser marcante, e foi. Na volta, ela veio no carro calada, encostada em mim, sorrindo com os olhos fechados. Quando chegamos em casa, ela tava meio sonolenta, mas ainda firme. Desci com ela devagar, de mão dada, subimos direto pro quarto dela. — Tá bem, bebê? — perguntei, tirando o salto do pé dela. — Tô, só cansada e com calor — ela respondeu, com a voz manhosa que eu amo. — Bora tomar um banho, então. Tu vai dormir melhor.

