Terror Narrando Não consegui pregar o olho essa noite. Coração acelerado, cabeça a mil. Peguei o celular, vi que era quase quatro da manhã, e mandei logo um zap pro Carioca: — Libera o carro do investigador quando chegar na contenção principal. Assim que ele chegar, manda subir direto pra boca e me avisa. Ele respondeu no mesmo minuto: — Copiado. Voltei pro quarto da Sofia no silêncio da madrugada, ainda meio escuro, só o barulho do ventilador girando lento. Encostei no batente da porta e fiquei ali, parado, olhando ela dormir. Linda demais, parecia até um anjo. O cabelo todo bagunçado no travesseiro, a respiração tranquila. Tão serena, tão inocente. Me deu um aperto no peito. — Me desculpa, meu bebê, mas a sua mãe vai ocupar uma cadeira no inferno. Não tem como. Não tem perdão. N

