Terror Narrando Cheguei na salinha da boca já bufando de ódio, o sangue fervendo. Quando abri a porta e vi a Dani ali, amarrada na cadeira, com a cara toda suja de sangue, meu estômago embrulhou. Não foi de pena, foi de nojo mesmo. A visão daquela desgraçada toda estropiada só me fazia lembrar do choro da Sofia, da dor que ela sentiu. A raiva que subiu foi pesada. Me aproximei devagar, os passos ecoando no chão. A luz do teto piscava, deixando o clima ainda mais sinistro. Ela levantou a cabeça com dificuldade, um olho já tava inchado, roxo, sujo de sangue do canto da boca. — E aí, qual vai ser teu último desejo? — soltei a pergunta com um sorriso cínico, me agachando na frente dela — Aproveita que hoje eu tô bonzinho. — Me solta, Terror — ela pediu, a voz fraca, tremendo — Me deixa ir

