Terror Narrando Mano, quando eu cheguei no barraco, meu sangue já tava fervendo. A cabeça girando, o coração batendo no peito igual tambor de escola de samba, mas era de ódio. Ódio mesmo. Entrei de uma vez, arrebentei a porta com tudo. Já entrei com o fuzil apontado, pronto pra cobrança, tentando meter o louco pra cima de mim. Agora vai rodar. A Dani tava sentada no chão, encolhida, toda tremendo, chorando. Mas pra mim, aquilo ali era teatro barato. — Chegou a hora de tu pagar, sua desgraçada — falei, fechando a porta com o pé. Ela arregalou os olhos, engoliu seco e tentou se levantar, mas eu fui pra cima. Segurei ela pelos cabelos, puxei com força. Ela gritou. — Solta. Solta, por favor — ela chorava, tentando escapar. — Fica quieta, sua pörra — rosnei, jogando o fuzil em cima da

