Terror Narrando Cheguei na boca cedo, já na atividade, olhando tudo nos detalhes. Fui direto pro ponto de apoio, sentei na cadeira de plástico que fica na entrada da laje e mandei chamar a rapaziada. Já tinha uma ideia na mente e precisava deixar tudo alinhado. Não gosto de bagunça, ainda mais quando é coisa séria. — Reúne geral aí — falei pro vapor mais novo. — Quero trocar ideia com os cria. Em questão de minutos, já tinha uma rodinha formada. Os moleque, tudo de pé, olhando pra mim, esperando o papo. Respirei fundo, olhei um por um nos olhos e soltei: — Seguinte, família. O bagulho agora mudou. Tô de fiel. Rolou aquele burburinho rápido, uns rindo, outros só se olhando, tipo quem não tava acreditando. Aí antes de alguém abrir a boca, continuei: — É isso mesmo que vocês ouviram. Q

