Terror Narrando Ela chegou com cara de assustada, os olhos arregalados, corpo todo encolhido, parecendo que ia desmaiar a qualquer momento. Magrinha, novinha, uns cachos gigantes batendo nas costas e o uniforme da escola ainda no corpo. Tava tremendo como vara verde. Mas aqui ninguém liga pra isso, ainda mais eu. Não tenho pena. Nunca tive. O que me move é dívida. Quem deve, paga. Se não tem dinheiro, paga de outro jeito. Fiquei olhando ela parada na entrada do barraco, com cara de perdida. Tava na cara que não entendia nada, que tava tentando processar o que tava acontecendo, mas isso não é problema meu. Se a mãe dela é sem vergonha, a culpa não é minha. A menina é bonita, isso eu não posso negar. Tem uma beleza diferente, dessas que parecem frágeis, tipo boneca de vitrine. Mas belez

