Sofia Narrando
Eu e o Iran estávamos no camarote, grudados, dançando coladinhos no clima gostoso. O som batia forte, a quadra vibrava embaixo, mas eu? Juro que até esqueci que tinha uma multidão ali olhando pra gente. Era como se só existisse ele e eu. Os braços dele envolviam minha cintura e os olhos dele, parecia que atravessavam minha alma.
A batida tava estourando, o DJ só mandando as melhores, quando senti o Iran segurar firme a minha mão. Olhei pra ele, e ele fez um sinal com a cabeça pro DJ, que imediatamente abaixou o som. O batuque parou, a galera estranhou na hora, e de repente o microfone foi passado pra ele.
— Salve, minha quebrada!
O grito dele ecoou por toda a quadra. A galera já respondeu com palma e assobio, e eu sem entender muito ainda. Iran olhou pra mim, segurou mi
