- Toma. - Emily tinha feito drinks e eu estava tendo que ser a cobaia, até que estava melhorando. - Esse é de morango.
- Esse ficou bom, gostei do de abacaxi também e cereja. - sorri.
- Eu amei o de menta. - ela riu.
Passamos a tarde toda na piscina, o Matt e Brian acabaram não aparecendo, também nem quis mandar mensagem ou ligar, não queria ser pegajosa. Emily foi para casa e eu acabei pedindo sushi, era sábado e como estaria em casa resolvi passar ele assistindo filme.
MATTHEW *
Brian e eu saímos cedo da casa da Malia, meu pai tinha mandado mensagem informando que um dos compradores não estava querendo pagar e teríamos que resolver isso. Assim que chegamos na minha casa alguns homens que trabalhavam para nós já estavam nos esperando, peguei minha arma do cofre e saímos.
- Fernando você vai ter que pagar. - falei acertando outro soco nele.
Tínhamos conseguido imobilizar todos, teve luta corporal e seria bem difícil explicar os machucados para Malia ou para o reitor da universidade. Fernando estava amarrado em uma cadeira a horas já e, não desembuchava nada.
- Chega Matthew, hoje de executar já que não irá pagar. - disse Brian destravando a arma e apontando para Fernando.
- Eu vou pagar. - falou Fernando. - Preciso de dois dias.
- Você tem 48 horas, se não pagar. - me aproximei e encarei Brian. - Ele quem vai te executar. - Fernando me olhou incrédulo.
- Tem certeza? - perguntou Brian baixo.
- Sim, não quero ter sangue nas minhas mãos Brian.
- Mas um dia vai ter, ainda mais se entrar nessa vida. - entramos no meu carro.
- Eu não quero essa vida. Meu pai sabe disse e terá que providênciar isto. - percebi que tinha sido bastante arrogante.
- Desculpa Matthew, mas de uma forma ou de outra, quando menos perceber estará no comandando o cartel inteiro.
Cheguei em casa e fui tomar banho, deu uma leve ardida os machucados quando a água tocou. Fiz curativos e coloquei pouco de gelo no maxilar ainda doia bastante. Fiquei pensando no que Brian disse sobre tudo e, por mais que eu odeie admitir, concordo com ele, mas eu farei de tudo para não entrar nisto. Pela primeira vez em muito tempo eu estava feliz de verdade, eu tinha alguém que realmente amava e me amava também.
- Bom dia bela adormecida. - Malia parecia um anjo com a luz do sol batendo no seu rosto, sorri e senti uma leve dor no maxilar.
- Hum, eu to no céu? - ela riu.
- Bobo. - ela me deu um selinho e mexeu nos meus cabelos. - Vai me contar o que aconteceu? - ela me encarou e eu sabia que falava dos machucados.
- Preciso mesmo? - a encarei sorrindo.
- Depende. - a beijei e rolamos na cama, comigo ficando por cima dela. - Você é muito bom em mudar de assunto, sabia? - fiz cócegas nela e ela gargalhava.
- Desculpa atrapalhar os pombinhos. - Brian apareceu na porta do meu quarto e vi Malia corar. - Fernando está aqui.
- Já vou descer. - Brian assentiu e saiu. - Preciso resolver isso. - falei dando um beijo na Malia e desci. - O que faz aqui Fernando? - ele estava no meu escritório com Brian.
- Vim trazer o dinheiro. - disse me entregando um envelope.
- Muito bem. Já pode ir. - sorri sarcástico.
- Deveria tomar muito cuidado Matthew. - ele me encarou e saiu com um sorriso no rosto.
- O que acha que ele quis dizer? - perguntou Brian.
- Que vai voltar e querer vingança. - suspirei. - Não me incomoda pelas próximas horas. - bati o envelope de dinheiro no peito do Brian.
- Vai t*****r né s****o. - gritou quando já saia do escritório.
Fui na cozinha primeiro para tomar água, subi e Malia estava catando cada canto do meu quarto, ela estava usando um shorts curto jeans branco, com uma blusa curta marron claro e usava um sandália.
- Ta procurando minha outra mulher? - ela deu um pulinho de susto e me encarou séria.
- Bom saber que tem outra. - ela sorriu debochada.
- Claro que não, tem só você na minha vida. - a abracei e beijei seu pescoço.
- Acho muito bom. - ela me beijou.
- Então, vai me contar porque apareceu aqui?
- Estava sozinha em casa e queria sair de casa. - ela sorriu.
- Quer sair? - ela me encarou. - Sei lá, podemos fazer um daqueles programas chatos de namorados e ir ver um filme no cinema, caminhar de mãos dadas pela praia. - ela gargalhou me fazendo rir.
Todo dia eu me perguntava se merecia a Malia e o que eu teria feito para merecer essa mulher incrível que ela era. Eu simplesmente me apaixonei na primeira vez que a vi sentada com suas amigas para um aula que seria dada por mim. Ela conquistou cada pedacinho meu, ela fez com que cada parte do meu corpo, da minha alma a amasse com toda a intensidade possível, meu coração era dela e só ela teria o poder, o privilégio de quebrar, despedaçar ou esmagar, porque eu tinha certeza que jamais me apaixonaria por outra pessoa como eu era louco por ela.
Os momentos mais simples que eu passava com a Malia eram os mais felizes e marcantes da minha vida, ela podia ter tudo, ir para qualquer lugar e ainda assim, gostava da simplicidade, enquanto a maioria gostava de sair por aí esbanjar luxo, despreocupado com a vida, exibir seus namorados e namoradas, fazer programas românticos ou passar o dia em festas, Malia preferia o lar, o ficar abraçado em qualquer lugar confortável, o toque para ela era mais importante, o sentimento tanto de sinceridade como de confiança, e ao mesmo tempo adorava baladas e bebidas, ela tinha as duas partes mais atraentes de uma mulher.
- No que tá pensando? - estávamos deitado na cama, ela estava sobre meu peito e eu acariciava seus cabelos.
- Em quanto eu amo você. - sorri e ela me encarou com um sorriso bobo, sei olhos brilhavam.
- Quando ficamos pela primeira vez, eu pensei que seria só mais uma aluna boba que você estava pegando, seria do mais uma na sua vida. - ela olhou para baixo e voltou a olhar nos meus olhos. - eu não posso dizer que me apaixonei pela primeira vez que te vi, mas desde aquele dia você mexeu totalmente comigo e tudo que eu desejava era você. - eu a beijei- , era um beijo carinhoso e delicado.
- Você me mudou muito sabia, você sabe que pouco falo da minha vida antes de você porque meu passado não tem nada de bom. - ela voltou a deitar sobre meu peito e eu a acariciar seus cabelos. - eu ficava com mulheres só por ficar, as vezes nem lembrava o nome delas no dia seguinte. - ela riu. - Era culpa do álcool Ta?! - ri. - mas desde que fiquei com você, nunca senti falta disso, dessa vida.
- Eu acho bom, porque você é meu Sr. Belucci e se outra mulher encostar em você, coloco ela a sete palmos abaixo da terra. - rimos.
- Braba assim Malia? - ela me encarou sério e eu acabei rindo. - Eu te amo e tenho só você na minha vida, é o bastante. - sorri.
- Também te amo Matthew. - ela me beijou e pulou da cama quando lembrou de algo.
***