MATTHEW BELUCCI *
Acordei com o sol invadindo o quarto da Malia, ela ainda dormia como um anjo. Eu sentia tanta paixão por ela, algo que nunca havia sentido por alguém, só quero protegê-la de tudo de r**m que possa acontecer. Ela era perfeita, de todas as formas.
Fiz um carinho em sua bochecha colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, era abriu os olhos e logo os fechou som um sorriso suspirando. Meu Deus, como eu queria acordar todos os dias vendo aquele sorriso.
- Ainda está aqui. - falou quase num sussurro.
- Era para ter ido no meio da noite?
- Claro que não. - ela se aproximou mais me abraçando.
- Mas precisamos levantar. Eu preciso ir para casa me arrumar, tenho que dar aula. - rimos e ela abriu os olhos, eram tão verdes.
- Tudo bem. - ela me deu um beijo rápido e correu para o banheiro.
Levantei da cama e peguei meu celular, havia inúmeras mensagens do meu pai querendo saber como estavam indo as coisas com a Malia e que logo viria me ver para saber como tudo estava, apenas resmunguei e não respondi. Deixei um bilhete para Malia e com meu número pessoal, precisava correr para casa ainda.
Assim que cheguei em casa e fui direto para o banho, vesti uma camiseta branca e um jeans preto, queria estar mais confortável. Teria um feriadão na universidade e estava planejando levar Malia para passar esses dias fora e aproveitarmos a sós.
Cheguei na universidade e o pessoal já estava na sala, Malia estava sentada com as garotas de sempre. Assim que terminei de dar as aulas e fui para casa, me surpreendi com meu pai lá.
- O que faz aqui? - o encarei.
- Vim ver se as coisas estão indo. - sorriu sarcástico.
- Ela já sabe, sobre contrato, tudo. - ele me seguiu até a cozinha indignado.
- Como reagiu?
- Como deveria se esperar. - ele me encarou sem entender. - Ficou brava, triste, sei lá.
- Falou alguma coisa sobre quem sou? - apenas neguei com a cabeça. - Ótimo.
- Uma hora ela vai descobrir quem o pai dela é. - servi um copo de whisky.
- E não é seu dever contar. - eu o encarei. - Estarei voltando para casa amanhã, devo finalizar os negócios com Elijah até o final do mês.
- Tudo bem.
Ele saiu da cozinha e eu subi para meu quarto, com meu pai aqui as coisas não ficariam legais. Nós nunca conseguimos ficar num mesmo ambiente por muito tempo, sempre brigamos, acho que é porque para ele, eu lembro muito minha mãe.
Tomei um banho e vesti uma roupa confortável. Desci para garagem, peguei meu carro e fui para casa da Malia, tinha um carro parado em frente a casa dela, não o reconheci, mas quando viu os faróis do meu carro sairam imediatamente. A porta como sempre estava destrancada, não vi nenhum dos empregados, subi até o quarto dela e estava sentada na janela lendo um livro.
- Qualquer um invade sua casa, sabia? - ela me encarou e sorriu.
- Se essa pessoa for você, eu ia adorar. - rimos e me aproximei dela. - O que faz aqui?
- Queria ver você. - os olhos dela brilhavam.
- Por mais que eu queira que isso seja verdade, o que realmente aconteceu? - ela me puxou para sentar ao seu lado e jogou as pernas por cima das minhas.
- Meu pai veio me fazer uma visita surpresa, e nós meio que, não conseguimos ficar no mesmo ambiente. - ela alisou meu rosto rapidamente.
- Eu entendo. Se quiser pode ficar aqui. - eu a encarei, como podia ser tão perfeita?
- O que vai fazer durante o feriado?
- Acho que... - ela olhou para os livros e rimos. - ler eu acho.
- Tudo bem, não vai ficar fazendo isso não. - levantei e fui até seu closet.
- O que vai fazer?
- Eu nada, você vai, nós vamos. - ela riu. - Vamos passar o feriado em uma casa que era da minha mãe.
- Como assim Matthew? - ela se aproximou.
- Vamos, vai ser seu melhor feriadão. Eu prometo. - ela riu e eu lhe dei um beijo. - Vamos assim que fizer a mala. - ela me encarou séria.
- Eu preciso de tempo. - resmungou.
- Eu aguardo aqui. - me joguei na cama dela.
Malia começou a ir de um lado para o outro, estava me deixando literalmente tonto. Rolei para o lado e acabei adormecendo. Acordei com Malia me chamando, ela vestia uma calca jeans branca, uma camisa preta com uns detalhes e calçava tênis, a mala estava pronta ao seu lado.
- Estou pronta, anda logo. - ordenou e eu acabei rindo.
- Tudo bem.
Peguei a mala dela e descemos, ela entrou no carro e coloquei sua mala no porta malas. Entramos no carro e na saída, vi que o carro que antes eu tinha visto, não estava mais la. Segui viagem até a casa que era da minha mãe, não ia lá a muito tempo antes dela morrer, ela sempre disse que jamais venderia aquela casa e que quando eu voltasse lá, deveria levar alguém especial. Acredite, nunca soube o porque, não me recordava muito do lugar e quando chegamos, o pouco que recordava, ainda era igual.
A casa era quase um castelo, era enorme e toda branca, com as plantas ainda vivissímas, a grama continuava bem cortada. Malia olhava encantada cada canto. Entramos e os móveis estavam limpos, ainda pagava pessoas para cuidarem do lugar, o interior da casa ainda era rústico, com quadros antigos e alguns castiçaisque parecia coisa de filme. Era realmente uma casa perfeita.
- MATTHEW, VEM CÁ.
Gritou Malia do segundo andar, subi correndo as escadas e ela estava na varando de um dos quartos. O luz alaranjado do por de sol invadia o quarto, as cores da parede ressaltavam a cor, o quarto tinha fotos da minha mãe, comigo e com meu pai. Fui até a Malia e ela sorria com a vista.
- Esse lugar é incrível, essa casa, meu Deus Matthew. - os olhos dela brilhavam, o sorriso não saia do seu rosto.
- Eu disse que seria seu melhor feriado. - ri e ela me encarou.
- Obrigada. - ela me beijou. - Essa casa parece uma casa dos sonhos. Você morava aqui?
- Não, era uma casa de verão da minha mãe, vim aqui um ou duas vezes na infância. Não me lembrava muito daqui.
- Eu vi as fotos na casa, sua mãe era linda. - ela me abraçou.
- Sim era. - sorri. - Vem vou preparar algo para comermos.
- Você cozinha? - ela me encarou e depois riu.
- Vamos descobrir.
Descemos até a cozinha, servi uma taça de vinho para ela e para mim, pensei em inúmeras coisas para preparar, mas Malia não decidia o que comer, então preparei apenas uma massa com queijo. Jantamos e enquanto ela tomava banho fui caminhar pela casa, a biblioteca ainda era como me lembrar, a lareira perto da janela, as poltronas continuavam confortáveis, os livros a maioria ainda era histórico e literário.