capítulo 18

2453 Words
Ao longe, ouço um barulho irritante que a cada segundo parece ficar mais alto. - Eduardo, acho que seu alarme está tocando. - Digo me aconchegando mais, já que estou tão confortável. m*l abro os olhos, apenas o aviso, já que sei que ele levantara cedo. - Malia... -ouço ele me chamando e eu apenas resmungo. Está tão gostosa essa cama. - malia... eu preciso me mexer. - Ele fala rindo e eu abro lentamente um olho e vejo o seu rosto próximo ao meu. Olho para o meu corpo e vejo minha perna emaranhada na dele, enquanto eu dormia em seu peito nu, com seu braço embaixo da minha cabeça. - Me desculpa. - Peço ainda sonolenta e envergonhada. - Parece que encontramos um jeito confortável de dividir a cama. - Ele diz rindo e se levanta. - Quer tomar o café da manhã agora ou dormir mais um pouco? - Eu vou levantar. - Digo, não é como se eu não tivesse consciência e conseguisse dormir depois disso. Eduardo pega o seu celular desligando o alarme e eu vou em direção ao banheiro, escovo meus dentes e faço xixi. Libero o banheiro para que Eduardo se arrume e vou em direção a sala da casa, as portas sendo e a parede sendo as laterais toda de vidro, dá pra ver o nascer e o pôr do sol de um jeito magnifico. - Bom dia senhora, acabei de colocar a mesa. - Alfredo diz parecendo ao meu lado e eu sorrio em agradecimento. Ando até a mesa de vidro redonda perto das janelas e me sento na cadeira colocando os pés para cima. Pego um copo de café, enquanto espero por Eduardo e volto a admirar a vista. Ouço meu celular tocando o quarto e me levanto, levando o copo de café comigo. Vou devagar até o quarto, por que sei que não vai dar tempo de atender essa ligação e como dito, quando chego ao quarto, o telefone já havia parado de tocar. Eu o pego no mesmo momento que chega uma mensagem da minha mãe perguntando como estou e o que estou achando da lua de mel. Eu a respondo imediatamente que pede para que eu tire bastante foto e poste, já que todos vão querer acompanhar. Eu respondo que farei isso. Concentrada no celular, me viro em direção a porta para sair do quarto, mas me assusto quando Eduardo sai do closet em vez do banheiro onde eu achei que ele estaria. Com o susto, derrubo o café quente em mim. - ai quente, quente, quente... - digo largando o celular na cama e tentando afastar a blusa do pijama de mim. - Tira, você está se queimando. - Eduardo fala se aproximando de mim rapidamente puxando a blusa pela minha cabeça antes que eu sequer tenha uma reação. Ele puxa sua toalha da cintura e por sorte o homem já veste uma cueca por debaixo. Assim que ele encosta a toalha úmida em meus s***s, melecados com o café, é aliviador. - Você está vermelha. Se queimou? - ele diz ainda passando a toalha. - Não estava tão quente, foi só na hora que tocou na pele. Está tubo bem. - Digo e pego em sua mão, pegando a toalha em seguida. - Eu só me assustei. - Me desculpa, a culpa foi minha. - Ele diz me olhando culpado. - Nada disso, não se preocupe. Eu que me distrai, vamos tomar café tudo bem? - pergunto e ele concorda. - Vou só me trocar. - Ele fala e eu vou em direção ao banheiro. Melhor tomar um banho, assim não fico grudenta. Tiro a minha roupa e vou para debaixo do chuveiro. Tomo um banho relaxante a aproveito para molhar os meus cabelos, já que aqui faz um pouco de calor, apesar que dentro da casa há ar condicionado. Assim que termino o meu banho, penteio meus cabelos rapidamente em frente ao espelho e visto um roupão indo para o closet. Eduardo já não está mais no quarto, então entro e me troco rápido colocando um vestido leve e branco para combinar com a paisagem. Saio do quarto e volto para a mesa de café onde Eduardo já está sentado, vestindo um terno elegante. - Você está bem? - ele me pergunta e eu apenas maneio a cabeça. - Estou sim, aproveitei para tomar um banho. - Digo e ele concorda. Tomamos café da manhã tranquilamente, até que Alfredo vem até nos. - Senhor, o helicóptero já está a postos te esperando. - Ele diz e Eduardo o dispensa. - Estou indo, aqui seu cartão. A senha é seu aniversário, faça o que quiser malia, aproveite. A noite o motorista vem te buscar para jantarmos. - Ele me diz entregando o cartão preto em minhas mãos. - Eu já vou indo. - Ele se despede com um beijo em minha testa e olha em meus olhos por um momento antes de se afastar. Fico olhando ele sair da casa e sei que não vai precisar de muito dele para que eu me apaixone. Termino meu café e quando me levanto, Alfredo aparece do meu lado. - O que vai querer fazer hoje senhora. - Ele me pergunta e eu sorrio o olhando. - Me chame de malia, por favor. - Peço, não estou acostumada a isso. - E o que você recomenda? - Claro malia, podemos ir até fira, é uma vila incrível, assim como essa. Ou podemos começar por aqui mesmo, tem lojas boas aqui, mas a maioria fica em fira onde o comercio é maior. - Ele diz e eu penso por um momento. - Vamos começar devagar, vou ficar alguns dias terei tempo. Vamos ficar por aqui mesmo. - Falo e ele concorda. - Quer conhecer a vila sozinha ou quer que eu lhe acompanhe? - Venha comigo por favor, eu nem sei se saberia me comunicar aqui. Assim da próxima vez eu tento ir sozinha. - Falo. - Como é uma ilha turística, todo mundo aqui fala inglês. A senhora não terá problemas em se comunicar. - Ele diz me tranquilizando. Concordo com ele e não demora muito para que eu esteja calçada e andando pelas ruas tranquilas dessa vila pequena. Alfredo caminha ao meu lado, usando um fraque finíssimo e me surpreendendo por não estar morrendo de calor. - Senhora, se for do seu desejo, posso te mostrar uma cafeteria que faz sucesso nessa pequena vila. - Alfredo diz e eu concordo com um sorriso. - Essa vila é bela, mas não tem muitos pontos turísticos, a maioria das casas aqui são mansões de luxo. As pessoas que moram aqui têm capacidade de ir e voltar para fira ou Oia, a hora que quiser. - Ele vai me explicando enquanto andamos. - Qual o lugar mais bonito daqui? - pergunto interessada enquanto olho a paisagem, o formato das casas todas brancas com somente seus telhados azuis, mas o que falta em cores nas casas, eles compensam na decoração. Há flores de todo tipo e qualquer cor para todos os lados. - Apesar de fira ser capital, Oia é considerada um paraíso. É charmosa, linda e bem turística. Alfredo vai falando sobre fira e Oia, seus pontos fortes e o que cada cidade oferece, até que chegamos em uma linda padaria com alguns doces na vitrine de vidro. - Uau. - Digo admirando aqueles vários doces que eu nunca tinha visto. - Vamos entrar, tenho certeza que a senhora vai gostar. - Alfredo diz e eu entro empolgada na padaria atras dele. Assim que passamos pela porta, um cheiro surpreendente de chocolate entra por meu nariz, me fazendo sentir que estou no paraíso. Oh deus, eu amo chocolate. - Olá, em que posso ajuda-los? - uma garota que não aparenta ter mais de 16 anos se aproxima de nós com um sorriso brilhante e cordial, falando inglês fluentemente. - Olá, o que são esses doces na sua vitrine? - pergunto para ela me aproximando e olhando um por um. E cada um deles me dá água na boca. Ainda bem que não comi muito no café da manhã. - Nas prateleiras de cima tem nossas especialidades gregas, nas demais são doces conhecidos no mundo todo, algo mais simples que tem em quase todas as padarias. - Ela fala e não reconheço muitos doces ali. - O que é isso? - pergunto apontando um deles que me chama atenção. Parece mais um salgado, mas vejo que tem açúcar polvilhado em cima. - Isso é Bougatsa, bem famoso. - Dessa vez é Alfredo que me responde. - É gostoso? - pergunto para ele que me sorri meigamente e acena. - é sim, senhora. - Ele diz e eu olho para a menina. - Eu quero dois, por favor. - Doce ou salgado? Temos dois sabores doces e três salgadas. - A mocinha diz e eu olho imediatamente para Alfredo. - O que eu escolho? - pergunto ja que eu não entendo nada. - Eu não sei, cada pessoa tem uma preferência. - Ele diz e eu volto para a atendente. - Então me embala dois de cada, vou levar para casa e comer com o meu marido. - Digo para ela que sorri e o faz imediatamente. Escolho mais uns dois para comer com Alfredo enquanto esperamos e nos sentamos em uma das mesas dentro da própria padaria. Fico olhando o lado de fora, mas mesmo apesar de ser cedo, não vejo quase movimento nenhum. - Alfredo, não é temporada para turista? Quase não vejo pessoas na rua. - Digo, pois penso que quando se vem viajar pra um lugar desses, você acorda cedo para aproveitar tudo. - Na verdade, a ilha nesse momento deve estar lotada. Mas como estamos em uma vila nobre e não tem pontos ou muitas lojas aqui, é bem mais tranquilo. - Ele diz e eu me toco de com quem eu casei. - Ah. - é apenas o que eu consegui dizer. Se uma viagem dessa normalmente já seria cara, o quanto custaria ficar em uma mansão em um lugar como esse? - Aqui, eu guardei todos e separei cada sabor, escrevi os nomes no pacote. Eu recomendo aquecer o de queijo antes de comer, assim ele vai derreter. - A atendente diz e eu a acompanho até o caixa para pagar. Uso o cartão que Eduardo me deu e quando eu coloco a senha, m*l dá tempo de tirar meu dedo quando sai o recibo de compra aprovada. Se fosse meu cartão de pobre, ia demorar uns bons segundos para dar compra aprovada, me deixando agoniada com a demora e com medo do cartão não passar. - O que a senhora deseja fazer agora? - Alfredo me pergunta. - Tem alguma loja? Quero comprar um biquini e voltar. Quero entrar naquela piscina e guardar esses doces. - Falo. - Vou conhecer as coisas devagar, talvez mais tarde eu saia para dar uma volta. Sendo assim, Alfredo me leva por mais algumas ruas até que chegamos em uma loja chique que carrega o nome de boutique. Nós entramos na loja e uma mulher usando um vestido longo e com um colar super brilhante no pescoço nos atende. - Alfredo, achei que tinha ido para Oia. - A mulher fala o cumprimentando com dois beijinhos no rosto. - ja acabei meu trabalho por lá Aretha, essa é a madame lecler. - Alfredo diz me apresentando a mulher. - Madame? - a mulher franze a sobrancelha e olhando de cima a baixo. Eu não a critico, nem eu mesma acreditaria. - Aretha... - Alfred chama a sua atenção e sinto um tom de aviso. - Ela procura por biquinis, dê o melhor da sua loja para ela. - É claro, imediatamente. - Ela diz sorrindo cordialmente. - Por aqui querida. Dessa vez me seguro para não cerrar os olhos, é obvio que sou uma pobretona, mas o m*l de uma é querer morrer (ou m***r) quando se é chamada assim. Eu a sigo em silencio ate uma arara com alguns cabides cheios de biquinis lindos e perfeitos. - Esses são feitos dos melhores tecidos, m*l vai sentir eles tocarem a sua pele. Não é incomodo e ainda por cima exala elegância. - Ela começa a descrever seus produtos e eu vou olhando os biquinis. Três deles me chamam atenção e eu os pego na mão para olhar. Um é todo branco, assim como outro é todo preto e o único colorido, é rosa e roxo feito em faixas que rodam na cintura. - Esses dois são de ótimo pano, esse de faixas é de tecido fino então vai se encaixar no seu corpo perfeitamente quando a amarrar e os outros dois... - Posso experimentar? - pergunto a interrompendo. Ela apenas dá um sorriso sínico e me aponta o provador, maneio a cabeça e vou até lá. Experimento um por um e fico ainda mais apaixonada por eles, mas travo quando olho os preços na etiqueta. Quem paga 3 mil em um biquini? O mais caro que eu tenho em casa não custa nem 150 e ainda sim é perfeito. Mas como ela disse, eu m*l sinto o pano tocar a minha pele, mas ainda fico chocada com o valor. Eu não sei o quanto eu posso gastar do cartão que Eduardo me deu. - Está tudo bem aí? - a mulher pergunta do lado de fora do provador. - Sim. - Respondo, essa mulher é um saco. Minha melhor opção é perguntar a Eduardo. Ainda vestindo o biquini, pego minha bolsinha que havia trago comigo e pego meu celular ligando para ele. Abro uma fresta da cortina do provador e vejo a mulher conversando com Alfredo, que parece não lhe dar muita atenção. - malia? está tudo bem? - Eduardo atende com um tom de voz preocupado. - Esta sim, desculpa te atrapalhar. - Digo com vergonha. - Não se desculpe. Pode me ligar a hora que você quiser. Aconteceu alguma coisa? Precisa de algo? - ele pergunta prontamente e eu sorrio com seu jeito. - é que você não me disse quanto eu deveria gastar quando me deu o cartão. - Falo e sinto meu rosto ficar vermelho, mas me surpreendo ao ouvir sua risada. - O quanto você quiser pequena. - Ele diz e meu coração salta um pouco. - É que as coisas aqui são caras, não quero abusar e gastar tudo o que você me deu. - Falo baixo e novamente ele rí. - Malia, pra gastar tudo você no mínimo teria que comprar umas duas casas nessa área. - Ele diz. - Somos casados agora, eu com você e você comigo e todos os meus milhões.
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