capítulo 13

3077 Words
MALIA: - Tem certeza que não é um problema? – Eduardo me pergunta e eu sorrio. - Claro que não Eduardo. Você está me aceitando com a minha filha. Amanda é sua sobrinha, não é problema nenhum ela morar com a gente. – Digo. - Eu tenho a guarda dela, até poderia deixar ela morando com a minha mãe mas ela anda incontrolável. – Ele diz e eu concordo. Depois do jantar, quando Eduardo voltou bravo, todos comemos em silencio e depois de uma despedida amigável, ele está me levando embora. Mas em vez de irmos para o meu apartamento, ele dirige em direção ao centro. - Vamos para o meu apartamento e amanhã cedo levamos Sofia para a casa de Henrique, eu tenho que ir trabalhar então te deixo em casa para arrumar suas coisas e vou. – Ele fala enquanto dirige, olho para trás vendo Sofia na cadeirinha e meu coração se aperta. – é por pouco tempo, logo ela vai morar com você, com a gente. - Eu sei, pensar nisso é o que está fazendo eu não desmoronar. – Falo olhando em direção a rua. Ele não puxa mais assunto e apenas continua dirigindo. Passamos em frente a um grande prédio, damos a volta e ele entra pela garagem subterrânea. É um lugar bem espaço e iluminado, cheio de outros carros de luxo. - A minha vaga é perto do elevador, vou parar, você pega a sua bola e eu Sofia. – Ele diz entrando na sua vaga. Eu apenas concordo e quando saímos do carro, pego a minha bolsa e a de Sofia, enquanto Eduardo a tira da cadeira com carinho. Vamos para o elevador, que tem um teclado digital feito de vidro com vários números. Não indica os andares, são apenas números de 0 a 9, tipo o teclado numérico do celular. Eduardo digita alguns números e logo as portas se fecham, o elevador começa a subir e não há nenhuma indicação em que andar ele vai parar. Depois de alguns longos segundo dentro do elevador, as portas se abrem e saímos para um hall luxuoso. Eduardo caminha até a porta, passa o dorso da mão na maçaneta eletrônica e coloca a digital. - Vou te passar a senha por enquanto, vou pedir para adicionarem sua digital no sistema da tranca. – Ele fala e apenas concordo admirada com tudo. Entramos no apartamento e acho lindo, a madeira clara no chão em contrate com o cinza escuro dos moveis e o teto branco, é perfeito.  - Seu apartamento é lindo. – Falo ainda olhando ao redor. - Apartamento de solteiro, comprei ele antes da minha irmã se casar, quando Amanda nasceu eu mandei instalar algumas proteções de segurança no apartamento. A ideia era de que ela viesse ficar comigo de vez em quando, mas quando eu fiquei com a guarda dela voltei a morar com meus pais para termos ajuda. Não precisa se preocupar com Sofia, quando ela vier, já tem toda a p******o de quela precisa. – Ele diz e eu sorrio em agradecimento. – Vou deixar você no quarto de hospedes, como estamos somente nos dois, não precisamos dividir um quarto. - Tudo bem, muito obrigada. - Não me agradeça, eu vou dormir aqui só hoje. Talvez algumas vezes na semana, então tirando algumas noites, esse apartamento é todo seu. – Ele diz e só aí me lembro - Ah espere. – Falo indo até a minha bolsa e pegando o seu cartão que eu ainda não havia devolvido. – Esqueci de devolver, me desculpe. – Falo o estendendo. Eduardo franze o cenho olhando o cartão então sorri e me olha. - Não me devolva, fique com ele. – Ele diz e eu arregalo os olhos. – Você vai precisar para as coisas do casamento, amanhã vou ligar no banco e mandar adicionar mais dinheiro, não precisa se preocupar com quanto vai custar o casamento. Apenas aceno com a cabeça e olho o cartão. - Isso é loucura. – Falo pensando em como pode ser esse casamento. - Por que diz isso? - Sua mãe indicou a catedral de santa Vitória, para o casamento. – Digo e ele ri. - Entendo, também achei um exagero da parte da minha irmã se casar lá, mas minha mãe e ela adora esse luxo. É ostentoso, mas tem espaço para todos os convidados, é um bom lugar. – Ele diz e apenas concordo. – Quantas pessoas você quer convidar? Eu posso cuidar da lista de convidados, acho que a maioria dos convidados serão da minha parte. Em torno de 400 a 500 pessoas. – Ele fala e novamente me assusto. - E-eu não faço ideia, minha família e aquelas velhas fofoqueira não acho que tenho muitas pessoas para convidar. – Falo, meu convidados dificilmente vai passar de 50, já ele pretende convidar 500... - Certo, podemos fazer convites por família, eu preparo a lista e depois você me manda os nome. Vem, quer beber alguma coisa? - Não, só quero tomar um banho e dar um em Sofia. – Falo. - Tudo bem, vou te mostrar o quarto. – Ele ala e subimos as escadas. Andamos pelo corredor e ele abre a terceira porta. - Aqui, fica à vontade. Vou tomar um banho também e dormir, boa noite. – Ele diz beijando minha testa e entregando Sofia. - Boa noite. – Falo baixo e ele sorri. Entro no quarto e coloco Sófia na cama. - Está tudo complicado ne amor. – Falo para ela que acordou, mas ainda está sonolenta. Fico na cama conversando com ela um pouco e ouço uma batida na porta. Deixo Sófia deitadinha e quieta e vou abrir. - Oi, vim trazer as suas coisas. – Ele fala para a minha bolsa e as sacolas de Sófia. - Muito obrigada, eu esqueci. – Falo e ele entra no quarto deixando as coisas em um canto. - Não se preocupe, boa noite. – Ele se despede novamente e sai. - Vamos tomar um banho amor. – Falo pegando minha bebê no colo e indo para o chuveiro. - Banho... – ela fala e boceja. Depois que eu ter a guarda dela, vou leva-la no fonodiologo. Com a sua idade, ela já devia falar várias palavras. Não que ela não saiba, mas ela é muito quieta. Acho que se ela for para a creche, pode se desenvolver mais rapidamente. Mas realmente quero leva-la em um médico. Término de dar o banho nela e a levo para o quarto, troco sua roupa e a deito na cama. Canto uma música de ninar para ela, que me sorri quando eu começo a cantar. Pouco tempo depois ela pega no sono, coloco o travesseiro do seu lado e no chão para o caso dela cair na cama e vou tomar um banho rápido. Entro no banheiro, tiro minha roupa e tomo um banho quente e rápido. Quando volto para o quarto enrolada na toalha, vejo que Sófia não se mexeu na cama. Me troco rapidamente e arrumo tudo para me deitar ao seu lado. Durmo abraçada a minha filha, porque eu não sei quando vou tê-la comigo todas as noites. 2 semanas depois: Duas semanas se passaram desde que eu vim morar no apartamento, foi difícil entregar minha filha a Victoria, já que Henrique não estava em casa. Ela fez questão de me ofender, mas fui forte e fui embora depois de me despedir de Sófia. Peguei todas as coisas na minha casa e devolvi ao dono. Nos últimos dias, dona Denise tem me ajudado com muita coisa. Fomos a catedral, que é linda e enorme, marcamos a data para junho e temos 1 mês e meio para organizar o casamento. Deixamos meu vestido para escolher aos poucos, primeiro quero escolher o tipo, qual eu acho melhor, clássico, sereia, curto, longo e por aí vai. - Vou chamar o mesmo estilista que fez o vestido da minha filha, ele é muito bom no que faz. – dona Denise fala. – Ele é experiente e vai te entregar exatamente o que você quer. - Não seria mais eficiente ir em lojas? – pergunto, pode ser mais rápido também. - Teremos que ir, pesquisar o tipo de vestido que você gosta. Jean é francês, sabe de tudo um pouco de moda, quando ele entregou o vestido de Angelina eu fiquei abismada, foi uma obra de arte. Tenho foto, quer ver? – ela pergunta. - Eu adoraria. – Digo e dona Denise parece animada ao pegar o celular e me mostrar uma foto da filha. Fico chocada com a beleza nela e não só isso, em como o vestido consegue realça-la. Angelina tem a pele morena, para um tom mais bronzeado, mas o contrate de sua pele com o branco é perfeito. O vestido tem detalhes lindos e parece ser muito leve, ele não é cheio e também não é colado, mas é lindo.  - Isso é perfeito. – Falo admirada com os detalhes, enquanto ela passa de foto em foto. - Vou entrar em contato com ele, enquanto isso você pode escolher o tipo de vestido que você quer. A cerimonialista vai vir conversar com você amanhã, ela disse que vai te mostrar algumas ideias para o casamento. – Denise diz e eu suspiro muito. - Não sei o que faria sem você me ajudando. – Falo para ela. – Vou ligar para minha mãe perto do casamento e antes de mandar o convite, assim ela vem me ajudar com os preparativos finais. - Ela irá adorar. Bom eu vou indo, descanse querida, amanhã terá um dia cheio. – Ela diz se despedindo e logo depois indo embora. Estamos no apartamento e tudo já começa a ficar relativamente apressado e cansativo. Tem revistas de casamento para todo lado, notações grudadas em todos os lugares, minha cabeça roda com o tanto de coisa que eu tenho que resolver, as únicas coisas que eu não tenho que me preocupar mais é a igreja e a minha parte na lista de convidados que já ficou pronta, levei menos de uma hora para fazer e acho que não esqueci ninguém. Mais ainda tenho que decidir o local da festa, a decoração, comida, música, madrinhas, vestido, convites... e provavelmente muito mais coisas que eu estou esquecendo. Ouço meu celular tocando em baixo da bagunça de papeis em cima da mesa e começo a caça-lo no meio daquela zona. - Alo? – atende sem olhar o visor om medo da chamada encerrar. - Sou eu, Eduardo. Você já almoçou? – ele pergunta e quando ouço sua voz sinto meu coração se acelerar um pouco. Isso vai ser muito perigoso, Eduardo me leva para jantar algumas vezes na semana ou jantamos somente nos dois aqui no apartamento. Ele é agradável, educado e gentil e isso faz meu coração disparar as vezes. - ainda não, estava com a sua mãe. Ela acabou de ir embora. – Falo. - Que bom, então pode vir para a empresa? Quero te mostrar uma coisa e podemos aproveitar para almoçar juntos. – Ele oferece e eu sorrio. - Claro, em trinta minutos estou aí, só preciso me arrumar. – Falo e ele concorda encerrando a chamada. Vou para o quarto, coloco um vestido leve e penteio o meu cabelo. Deixo eles soltos e assim que termino, pego minha bolsa e saio do apartamento. Decido ir a pé, não é tão longe e por o tempo estar nublado está mais fresco. Ando pelas ruas do centro observando as lojas e até que uma gráfica me chama a atenção. Na vitrina da loja vejo vários exemplos de convite, tipos de impressões, cadernos e livros. Mais um dos convites me chama a atenção. Entro na loja sem pensar e me caminho até o balcão. - Olá, boa tarde. Eu vi um convite na vitrine e me interessei. Ele é de vidro? – pergunto para a mulher que me sorri. - Sei de qual está falando, ele é de acrílico com impresso Uv. É lindo e está começando fazer sucesso com os nossos clientes. – Ela diz e pega uma amostra. - Pode me vender essa amostra? Estou indo encontrar meu noivo e quero saber o que ele acha desse convite. – Pergunto e ela sorri confirmando. Compro aquele convite e vou rápido para a empresa de Eduardo. Não demora muito para que eu chegue, entro pela recepção e paro. Há muitas pessoas aqui, mas eu não posso ir direto para o elevador porque eu sei que precisa de crachá para subir. Vou até a recepcionista e ela me sorri cordialmente. - Boa tarde, em que posso ajuda-la? - Boa tarde, o sr. Lecler está me esperando. – Digo e ela começa a digital no computador. - Qual o seu nome? O sistema diz que ele está no horário de almoço. – Ela diz. – A senhora tem hora marcada? - Só um minuto. – Falo e pego meu celular e ligando para o Eduardo. - Malia? Aconteceu alguma coisa? – ele me pergunta assim que atende. - Eu estou aqui em baixo. – Digo para ele e vejo a recepcionista me olhar curiosa. - Por que não sobe? – ele me pergunta e sinto vontade de revirar os olhos. - O elevador precisa de crachá e eu não tenho um. – Falo. – Estou aqui na recepção e não tem como eu subir porque minha entrada não foi liberada, eu posso te esperar descer para irmos almoçar. - Eu preciso te mostrar uma coisa, você está com a recepcionista? Pode passar o celular para ela? – ele pergunta e eu estranho. Olho para ela que continua a me olhar curiosa e estendo o celular. - Ele quer falar com você – digo e vejo ela surpresa. - Ele quem? – ela pergunta colocando o telefone na orelha. – Alô?... Sr. Lecler!... Sim, claro... Farei isso agora mesmo... Com certeza senhor, tenha um bom dia. Vejo que eles encerra a chamada e ela me estende o celular um pouco assustada. - Aqui está senhorita, me desculpe. Eu não sabia que era a noiva do sr. Lecler, por favor me acompanhe, irei te levar até o elevado privativo dele. – ela diz saindo de traz do balcão e estendendo a mão para acompanha-la. - Muito obrigada. – Falo para ela que sorri um pouco nervosa. - é um prazer ajudar a senhorita. Aqui esta o elevador, ele não precisa de crachá, é privativo somente para a presidência. Quando vier da próxima vez pode pegar ele direto. – Ela diz e aperta o botão para a presidência. – Tenha uma boa tarde senhorita. - O mesmo para você. – Falo e as portas se fecham. O elevador começa a subir e não demora muito para que as portas se abrem, ainda continua tudo lindo desde a primeira vez que eu estive aqui. - Srta. Santos, é um prazer vê-la novamente. – A secretaria que me atendeu da última vez diz e eu sorrio. – Pode entrar, o sr. Lecler está te esperando. Aceno educadamente e dou duas batidas na porta, a abrindo. - Malia! – Eduardo diz ao me ver e levanta de sua cadeira. - Vem senta aqui. – Ele vem até mim, pega em minha mão e me leva até o sofá. Ele pega o tablet que estava em cima da mesinha de centro entre a gente liga ele. - Eu pedi para você vir aqui, separei algumas casas no condomínio onde eu moro atualmente, quero que você escolha. – Ele diz me estendendo o tablete e vejo várias casas e se eu apertar em alguma delas, parece que vai e abrir em mais fotos da casa escolhida e sua descrição. - Vou deixar você escolher e vou pegar uma coisa, fique à vontade. - Ele diz, passa a mão em meus cabelos sorrindo e se levanta. -Volto logo. Ele sai da sala e me deixa ali com o tablet para escolher a casa. Vou passando e olhando as casas por cima, todas são lindas, parecem palácios e são enormes. Começo a clicar em algumas que chamam a minha atenção até que uma me encanta. Ela está quase no final da lista, aperto para ver as fotos dela e suas descrições o que faz eu me encantar mais ainda.   - Escolheu? – ouço Eduardo perguntar assim que entra no escritório. - Acho que sim. – Digo apontando o tablet para ele que olha a casa e sorri. - Uma ótima escolha, agora tenho outra coisa. – Ele diz se sentando do meu lado e pegando em minha mão. – Eu comprei quando fomos visitar seus pais, mas depois achei que eles estranharia se eu te entregasse, aqui, você é a minha noiva, é estranho não usar um anel. – Ele fala tirando uma pequena caixinha de veludo do seu terno. Eduardo abre a caixinha lentamente e sinto meus olhos se arregalando para o par de anéis na minha frente. Um possui folhas de arvores com pequenas pedrinhas brilhantes e o outro com uma pedra maior no centro com as folhas e as pedrinhas nas laterais.  - É lindo. – Falo e ele sorri tirando ambos os anéis da caixinha e os encaixando em meu dedo da mão esquerda. - Ficou lindo em você. – Ele diz e sorrindo. – Está pronta para irmos almoçar? - Sim, mas primeiro olha isso. – Falo e desvio o olhar de seu sorriso. – Eu vi esse convite quando estava vindo e comprei uma amostra, o que acha? Ele é feito em acrílico. Mostro o convite para ele que o pega, olhando.  - é lindo, você tem um bom gosto. - Então acha que seria uma boa ideia mandar convites assim para o casamento? – pergunto animada, eu realmente me apaixonei pelo convite. - Se você gostou, eu acho sim. – Ele diz e eu sorrio animada. - Então na volta eu passo lá. – Falo e me levanto. – Agora podemos ir. Saímos do escritório e vamos para o seu elevador, descemos, mas quando as portas estão prestes a se abrir, sinto seus dedos se enroscarem nos meus e ele me puxa para fora do elevador. É horário de almoço e há muitas pessoas no saguão, ou seja, todos nos olham saindo de mão dadas. Mas não é isso o que me deixa nervosa, é como meu coração começa a disparar freneticamente. Oh Deus, eu estou muito ferrada.
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