O DESENHO ANIMADO
Tentando ganhar fama com sua arte, mas sem nenhum sucesso, Walter, um desenhista frustrado da Louisiana, por nunca conseguir emprego em algum jornal ou editora de revistas em quadrinhos, fez um pacto com o d***o para tentar sair do vermelho, pois colocava mais fé no que fazia, do que na opinião dos outros.
Este, que apareceu para Walter pessoalmente após um ritual satânico, disse que ele deveria misturar o próprio sangue nas tintas que usa para colorir suas artes e criar qualquer desenho animado que desejasse, que teria sucesso e seria milionário.
Cego pela fama rápida, pelo luxo e principalmente pelas mulheres, o desenhista assim o fez. Mas só conseguiu criar um desenho animado de apenas dois minutos, pois faleceu por motivos desconhecidos, sendo encontrado pelos vizinhos em seu pequeno apartamento, dias depois, quando seu corpo já estava começando a apodrecer.
Após enterrarem o corpo, seus familiares levaram os pertences de Walter para serem repartidos como herança entre os sobrinhos, já que o mesmo não tinha filhos e seus irmãos não desejavam nada do que fosse dele. Mas semanas depois os mesmos parentes foram embora da casa onde moravam, pois um pânico inexplicável começou a surgir, sempre que alguém assistia ao desenho, que sumiu tempos mais tarde e nunca mais foi encontrado.
Mas enquanto ninguém acha a fita com o desenho, os televisores começam a serem ligados às três da manhã, para se deleitarem com o Circo Psicótico, onde o palhaço taquicardia trás suas histórias de terror macabras, fazendo seus telespectadores ficarem o resto da madrugada acordados, assustados e com medo do que a escuridão pode revelar.
AS VOZES
Noruega, fim de sábado, madrugada de domingo de 1990. Laura Campbell tinha ido prestigiar seus cantores preferidos da banda Mayhem em um show que para a mesma, tinha sido o evento do século. Ela pulou, gritou, cantou todas as músicas, estava contente e mais ainda porque no final do show, arrumou uma carona com um grupo de roqueiros que conheceu e que a deixaram perto do hotel onde estava hospedada.
Estava caminhando por algumas ruas desertas, apreciando a madrugada norueguesa, quando começou a ouvir vozes e passos. Eram vozes de pessoas adultas, jovens e até infantis. Pensou que seria alguma família que estava saindo de alguma festa. Mas quando olhava para trás e para os lados, não havia ninguém: a rua estava deserta e só se ouvia o vento.
Apressou o passo com bastante medo e as vozes aumentavam cada vez mais, se tornando mais grotescas. Quando virou a esquina perto do hotel, fora cercada por vários crócotas, que imitavam as vozes humanas Às vezes perfeitamente e às vezes de forma gutural, bastante assustadora.
Um dos crócotas foi em seu pescoço e com uma mordida certeira, arrancou parte de sua traqueia e as cordas vocais, para que ela não gritasse. Após isso, eles a pegaram e a arrastaram-na rapidamente até um lugar escuro, onde esquartejaram-na e devoraram suas carnes, até sobrar apenas uma carcaça humana desossada, sem músculos, olhos, língua, coração, pulmões ou vísceras.
No outro dia, as pessoas disseram aos investigadores, que não tinham ouvido nada de anormal.
O SOM DO VENTO
Todos os dias, Sally, uma jovem moradora da Louisiana, ouvia o vento batendo as portas e janelas de sua casa. Ela era uma pessoa descuidada e sempre esquecia de que no final da tarde ou no início da noite, o vento da beira do Mississipi era mais forte, a ponto de fazer um barulho amedrontador, se não fossem tomadas simples precauções, como trancar portas e janelas.
Numa noite comum de sábado, Sally fora dormir mais cedo, pois havia chegado de uma festa, que fora por consideração, mesmo sem gostar de consumir bebidas alcoólicas. De madrugada, lá pelas três da manhã, acordou com o barulho das portas e janelas batendo com bastante força. Foi quando lembrou que não havia trancado direito e desceu para trancar tudo e voltar a dormir.
Porém ao chegar à frente da casa, um medo sem fundamento tomou conta de seu corpo: a porta e as janelas estavam trancadas, mas o barulho não cessava. No medo, Sally tentou abrir a porta e correr para o lado de fora da casa. Mas objetos começaram a ser arremessados nela, fazendo-a cair no chão.
Um pouco zonza por causa da queda, ela sentiu algo sobrenatural segurando seu pé e a puxando para o porão da casa. Desse dia em diante, Sally nunca mais fora vista: está presa dentro da casa, até hoje e isso foi a cerca de trinta anos atrás. Alguns vizinhos dizem que quando o vento está forte, eles conseguem ouvir seus gritos de socorro.
VINHO E REVOLTA
Jack tinha tomado um bolo de uma garota que vinha tentando chamar para sair há meses. Ele tinha reservado tudo, comprado uma roupa para a ocasião, mas nada do que tinha planejado, aconteceu. Então como consolo, chamou o garçom, pediu o vinho que tinha reservado para aquele momento especial e bebeu cada milímetro do precioso líquido vermelho da garrafa, apreciando o gosto amargo do desprezo.
Quando estava quase terminando de esvaziar a garrafa de vinho e junto com ela, suas esperanças, j**k escutou uma discussão. Foi aí que olhou para o lado e viu um homem totalmente m*l-educado e grosso, tratando m*l, não apenas a mulher que estava com ele, como também o garçom que o atendia.
Revoltado, j**k levantou-se, pegou a cadeira que estava sentado, se aproximou e a quebrou com força no homem. Mas este, além de rude era também duro na queda: apenas ficou zonzo e partiu pra cima do jovem, tentando golpeá=lo com a mesma intensidade com que foi também golpeado.
Foi aí que o desiludido pegou a faca de mesa e golpeou-o na jugular, fazendo o sangue do homenzarrão jorrar pelas paredes. Tentaram segurá-lo. Mas além de m***r os garçons e quem mais tentasse se aproximar, j**k quebrou todo o restaurante.
Com muito esforço, golpearam ele forte, fazendo o desmaiar. No outro dia, j**k acordou na cadeia com a roupa toda suja de sangue e uma forte ressaca, sem lembrar de quase nada, mas com um insano sorriso no rosto, sem conseguir dar alguma explicação.
O GÊNIO DA LÂMPADA
Joe passava horas e mais horas no computador. Sua vida já não era mais a mesma sem ele. Aliás, sua vida foi aos poucos sendo moldada por aquela máquina e pelo mundo maravilhoso que ela trazia dentro de si.
O jovem também era de muitos amigos. Mas com o tempo, esses muitos amigos foram sumindo e aparecendo os virtuais, desses que não precisava sair de casa para visitar e eram perfeitos, sem defeito algum.
Depois foram os parentes e a namorada a ficarem de lado, pois suas redes sociais lhe davam a família e os amores que podia alcançar com seu novo eu virtual.
Um dia, Joe conheceu um amigo virtual. Enquanto conversava, não percebeu que esse novo amigo aos poucos, ia conhecendo seus desejos mais ocultos e se tornando cada vez mais íntimo. O amigo, pergunta sobre a família do jovem e o mesmo fala com certo desprezo, dizendo que sem eles lhe enchendo o saco, sua vida seria bem melhor.
Uma hora de conversa depois, um homem encapuzado com uma máscara de palhaço, invade a casa dele, mata seus pais e irmãos, transformando a casa em uma verdadeira cena de filme de terror, com os corpos degolados, perfurados e extirpados. A sala estava banhada em sangue.
Cansado, o amigo virtual disse a Joe que iria sair para descansar, pois tinha trabalhado muito naquele dia. Mas antes de se desconectar do jovem, disse que ele tinha direito a mais dois desejos.
O DIA DA CAÇA
Ano 3113: Ignacius já estava a treze anos fugindo, sem conseguir fixar moradia em nenhum lugar. Desde que havia invadido uma casa, agredido de morte um homem, estuprado duas crianças, uma mulher e matado quase toda uma família, fora jurado de morte pelo único sobrevivente e não tinha mais paz.
Mas independente de vingança, todos naquele extinto país socialista, sabiam que Ignacius era uma espécie em extinção, pois era a última “vítima da sociedade” viva, na face da Terra. Partidos, pensadores e até religiosos tentavam convencer o sobrevivente da chacina, o chefe da família, a mudar de opinião e perdoar o assassino. Mas ele estava irredutível.
Então o único meio encontrado, para evitar que a última “vítima da sociedade” perecesse nas mãos do capitalista opressor e fosse extinto de vez, foi acobertá-lo, dar abrigo e meios para que fugisse e se mantivesse vivo. Mas o sobrevivente era pura retaliação, ódio e não importava onde Ignacius se escondesse: ele sempre o encontrava. Mas só não o matava, porque o mesmo sempre encontrava quem avisasse quando o capitalista opressor estava perto.
O tempo passou e Ignacius achou que poderia enfim descansar e gozar do privilégio de ser um animal social em extinção. Mas quando pensou que tudo tinha se acalmado para então viver em paz, roubando, estuprando mulheres, crianças e matando novamente, acobertado pela sociedade atual, o capitalista opressor o encontra cara a cara.
Apavorado, a “vítima da sociedade” tenta sacar sua arma ilegal. Mas o capitalista opressor é mais rápido e saca sua arma legalizada, atirando sem pena nele, implodindo-lhe o peito, os joelhos, o estômago e a cabeça à bala, descarregando todo o resto do pente, mesmo com ele morto já no primeiro tiro.
Após isso, o capitalista opressor guardou sua arma no bolso, deu as costas e foi embora, mesmo com toda a mídia mundial anunciando o fim de toda uma espécie, que fora exterminado sem ter tido a chance de gozar de seus direitos como a última vítima da sociedade viva, da face da Terra.
O HÓSPEDE
Hans tinha acabado de chegar à Filadélfia, cidade onde nascera, e m*l desceu da estação, o mesmo já estava arrependido de seu retorno. E saindo da mesma, passou pelo bar onde jogava cartas todas as noites e viu que tudo continuava sujo e f**o, do mesmo jeito que sempre fora.
Hans continuou caminhando pela cidade, ainda sem se sentir bem com o ambiente, principalmente porque a chuva não dava trégua desde que ele descera do trem. Isso sem contar que Hans ainda não havia entendido o porquê de ter viajado, já que não sabia como tinha acordado dentro do trem, muito menos o porque ter acordado num trem que estava voltando para sua cidade natal.
As ruas, que mais pareciam um labirinto, o fizeram retornar ao hotel onde morava. Sim! Mesmo ganhando bem, o homem de meia-idade morava sozinho em um quarto de hotel. Hans entrou e passou pela portaria sem cumprimentar a recepcionista: algo comum de seu comportamento, pois ele sempre fora rude e m*l-educado com as pessoas. Por isso a mulher nem lhe deu atenção, como de costume.
Assim que chegou a seu quarto, viu que o mesmo continuava sujo e empoeirado, do mesmo jeito que gostava que fosse. Até a mancha de sangue no tapete, do tiro que dera na própria cabeça, ainda estava lá. Foi então que Hans percebeu que nunca tinha saído daquelas paredes e, por mais que tentasse ir embora, ele sempre voltava para o mesmo lugar.
AL CAPONE
Era um homem que, por mais que trabalhasse em mais de um emprego, estava ficando bastante pobre. Sua vida consistia em viver com o mínimo possível e se contentar com isso, pois o país estava passando por uma grande depressão financeira.
Um dia, caminhando pela rua de madrugada para ao menos tentar esquecer a tristeza do mundo ao seu redor, uma figura surgiu em sua frente na forma de um homem educado e bem vestido. Ele ofereceu fama, dinheiro, joias, emoção e muitas mulheres, se o pobre homem fizer um sacrifício de morte em nome de Satã.
O pobre homem, vendo naquele pacto uma oportunidade de mudar radicalmente de vida para melhor, tratou logo de correr atrás de uma vítima e escolheu um mendigo, porque ninguém iria sentir falta de um sem-teto, morto em uma ocasião qualquer.
Com a promessa de lhe dar um pouco de comida, o homem trouxe o mendigo até sua casa e, após matá-lo com um profundo corte no pescoço, desenhou um pentagrama e vários símbolos ritualísticos em toda a casa, com o sangue do sem-teto.
Após isso, retirou o coração do homem morto e começou o ritual, oferecendo a Satã o sacrifício humano. Dias depois, começou a ganhar dinheiro liderando um grupo criminoso, contrabandeando bebidas alcoólicas e não parou mais.
AS BOMBAS
Carlos, Rubén e Ramon eram os três piores assassinos e**********s e latrocinas de todos os tempos, que já haviam pisado os pés no México. Juízes tinham prazer em condená-los e mandados de prisão se amontoavam nas penitenciárias de todo o país, como um dossiê maligno que contavam seus crimes cada vez mais hediondos.
Mas ao mesmo tempo em que seus currículos criminais aumentavam, muitos tinham medo de prendê-los, porque eles eram tão violentos, que até a sombra deles era motivo suficiente, para assustar policiais e cidadãos.
Isso tudo porque quando estavam presos, não existiam cadeias ou paredes que os segurassem: eles sempre conseguiam fugir e voltavam a aterrorizar o México de novo, de um jeito tão c***l e sádico, que nem os anjos do céu ou os demônios do inferno, conseguiam suportar aquela trindade macabra.
Carlos, Rubén e Ramon eram de uma natureza humana tão odiosa, que os cidadãos de todo o México não tinham rotina, muito menos lugar seguro, para aqueles monstros que possuíam tantas mortes no currículo, mesmo que a maioria delas vivesse ecoando dentro de suas cabeças.
Por isso, numa decisão unânime de todos os juízes que já os incriminaram, quando eles foram presos novamente, os doutores da lei passaram por cima dos direitos humanos e dos partidos sociais mexicanos.
Carlos, Rubén e Ramon foram presos com grossas correntes e levados para Plaza de la Constitución. Ao chegar, algumas das famílias sobreviventes dos assassinatos, estupros e latrocínios dos três, amarraram dinamites nos corpos deles e de lá do Palácio o presidente deu a ordem para a execução.
Os policiais acenderam as dinamites e os três explodiram em praça pública, ao som de um cortejo de seiscentos e dezesseis mariachis, que passaram o dia tocando boleros, enquanto as famílias dançavam em cima dos pedaços explodidos daquele trio macabro.
O PINTOR SURREAL
Tinha um enorme prazer em admirar as próprias obras. Seus quadros ficavam sempre expostos no Museu Metropolitano de Arte, em Nova York, com uma sala dedicada apenas para suas telas. E ele passava o dia ali, parado às vezes ou passeando pela sala, observando cada detalhe que ele mesmo tinha pincelado.
A única coisa que o entristecia, era o fato de que desde o dia em que começou a frequentar a sessão dedicada ao seu trabalho, muitas pessoas deixavam de aparecer. Apenas um ou outro visitante dava as caras. E quando ele ia comentar algo, elas simplesmente fugiam assustadas, dizendo ver a imagem de um homem bastante angustiado.
Ele, que no pacto deveria esquecer o próprio nome, então estava triste por estar preso aos quadros e por ter misturado o próprio sangue nas tintas, para obter mais realismo. Ele sabia que aquele pacto que fizera com o d***o, para obter fama e fortuna, tinha um preço. E esse preço tinha sido alto demais, até mesmo para ele.
Agora seus dias se resumem a ir de galeria em galeria, apreciar suas obras e assombrar os visitantes que ali surgiam, como se seu fantasma fosse parte surreal de um plano maligno de ressurreição dos mortos.
UMA LUZ NO FIM DO FILME
Josh estava bastante feliz naquela semana, por ter arrumado seu primeiro emprego de lanterninha em um famoso cinema da cidade de Nova York: o Nitehawk. Sua alegria era ainda maior, porque na mesma semana o Circo Psicótico, programa onde o Palhaço Taquicardia conta suas histórias macabras, iria fazer uma transmissão especial em todos os cinemas do país.
Tudo ia bem ao novo emprego, até que Josh se apaixonou Lindsay: a filha de um rico empresário que sempre ia ao cinema com os amigos, mas nunca dava bola para ele, por mais cordial que Josh fosse com ela.
Uma vez, por conta dessa paixão avassaladora e de tanto segui-la pelo cinema, Lindsay fez um enorme escândalo e humilhou Josh na frente de todos os presentes, fazendo com que o gerente o demitisse, não tendo outra forma para resolver a situação.
Transtornado com o rumo que sua vida estava tomando, no outro dia, Josh chegou na porta do Nitehawk, ingeriu veneno e correu por dentro do cinema até perder a vida na frente do telão, espumando pela boca e sangrando pelos buracos da cabeça.
Aquele fato foi tão chocante para os donos do cinema, que para não aumentar ainda mais o escândalo, deram a Josh um enterro digno com todas as despesas pagas. Tanto que o jovem fora enterrado com sua farda de lanterninha.
Anos se passaram após o incidente, mas até hoje ninguém consegue explicar a misteriosa luz de lanterna que aparecia durante algumas noites, quando a sala onde Josh tinha perdido a vida, estava vazia.
O CRAVO AMALDIÇOADO
Sonya havia comprado um antigo cravo por uma pechincha, das mãos de antigo um restaurador de Baton Rouge. O instrumento tinha pertencido a uma pianista que o jogou pela janela do seu apartamento e em seguida havia cometido suicídio, pulando da varanda do mesmo, logo em seguida, se estraçalhando em cima do cravo, sem dó nem piedade.
Ela, que não acreditava em nada dessas histórias de assombração, levou o cravo para casa, colocou o instrumento em sua sala e, como era iniciante no piano, pôs-se a tocar as mais belas melodias que seus estudos lhe permitiam tocar, e até mesmo músicas populares que conhecia, prazerosamente.
Com o tempo, Sonya começou a sentir uma tristeza inexplicável. Suas músicas, que antes despertavam nela uma enorme alegria de viver, tamanha a carga de felicidade que tinha, agora eram cada vez mais cheias de lamúrias, até que uma forte depressão veio e se apossou de sua alma.
Nenhum de seus familiares conseguiu entender o estado físico, mental e espiritual em que ela se encontrava, pois os exames dela acusavam sempre uma ótima saúde. E aquilo ia se agravando, mesmo com os mais caríssimos tratamentos que fazia e remédios que tomava.
Em uma manhã sombria de domingo, o terror: encontraram Sonya sem vida, estrebuchada sobre o cravo destruído, como se tivesse pulado em cima dele. Em cima da mesa de centro, um copo vazio e ao lado, um pequeno vidro de veneno.
ANÕES DE JARDIM
Isaac era um garoto que nasceu apenas para ser malvado: nenhum brinquedo ou animal de estimação sobrevivia muito tempo em suas mãos.
Um dia o garoto estava no jardim de sua casa em Abita Springs na Louisiana, brincando de atirar pedras nos gatos da vizinhança enquanto seus pais tinham ido ao supermercado, quando avistou ao longe, um homenzinho de chapéu pontiagudo, de mais ou menos uns dez centímetros de altura, passando perto de seus brinquedos.
Isaac caminhou silenciosamente e, antes que o homenzinho pudesse perceber a presença dele e correr, o garotinho pisou violentamente nele, matando o pequenino esmagado como se fosse uma barata.
De repente, enquanto Isaac retirava o homenzinho morto da sola de sua sandália, milhares de outros homenzinhos surgiram ao redor da criança e, ao verem a pasta esmagada do que um dia fora um deles, atacaram-no violentamente, rasgando-o com afiadas facas em miniatura, garras e até mesmo com os próprios dentes.
O garoto tentou gritar. Mas um dos pequenos homenzinhos entrou em sua boca, cortando sua língua para que o mesmo não pudesse emitir nenhum tipo de som e continuaram com o ataque em grupo, até Isaac parar de se mexer.
Quando os pais de Isaac chegaram do supermercado, viram o garoto todo extirpado no chão do jardim, como se tivesse sido desossado, pois estava sem língua, com a garganta cortada e quase toda a carne dos seus ossos havia sido retirada.
SEPARADOS DEPOIS DA MORTE
Brenda fora contratada como cozinheira de um famoso restaurante em Nova Orleans, localizado na cobertura de um dos principais prédios comerciais da Bourbon: o PASIA KRIMO. Ela era recém-formada e ficou bastante feliz ao conseguir seu primeiro emprego, no primeiro restaurante que colocou currículo.
Porém, mais que o currículo, a beleza da jovem logo atraiu a atenção de seu patrão Steven, fazendo-o seduzi-la, cada vez mais e semanas depois os mesmos acabaram se tornando amantes.
Aquele clima delicioso e ao mesmo tempo perigoso de amor proibido estava começando a perder a vergonha e ganhar forças, sendo notado pela clientela e alguns funcionários. O amor só terminou quando Tiffany, a esposa de Steven flagrou os dois saindo juntos.
Transtornada, Brenda descobriu que estava grávida e foi forçada por Tiffany a abortar. Tiffany dopou Brenda, esfaqueou seu ventre com treze facadas, cada uma representando um mês de traição, mais os meses de gestação.
Brenda, que ainda gemia de dor, foi jogada telhado do restaurante, vindo a cair de cabeça no chão, sofrendo um traumatismo craniano irreversível. Após cometer o assassinato, Tiffany sumiu e nunca mais apareceu em lugar algum.
Steven, ao saber da notícia, também se matou. Só que ele fez isso ingerindo arsênico, a fim de encontrar a amada na outra vida. Porém ao desencarnar, o fantasma dele começou a assombrar a parte da frente do restaurante e o de Brenda a cozinha.
E nunca mais se encontraram novamente.
A CORUJA
Os moradores de Salem, Massachusetts, lotavam a igreja local todos os domingos em cultos extremamente fervorosos, até que um dia os moradores da cidade começaram a ouvir estranhas lamentações vindas da mesma, quando ela estava fechada.
Quando todos estavam comentando sobre o assunto, os fiéis atribuíram os estranhos barulhos a uma coruja que apareceu recentemente e voava pelas imediações da igreja, todas as noites, durante quase três meses.
Tomados de grande coragem e bastante incomodados com os barulhos causados pela coruja, alguns homens que frequentam a igreja se uniram para caçar e m***r a ave. Eles se armaram e saíram de casa de madrugada, a fim de caçarem a ave sem despertar a curiosidade, ou serem criticados pela atitude que decidiram tomar.
Assim que chegaram perto da igreja e avistaram a ave e começaram a atirar. Como as espingardas tinham silenciador, eles não se incomodavam em errar, até que um deles acertou a coruja no peito, de longe. Atingida pelo tiro, a ave caiu no chão. Mas quando os homens chegaram perto do local, a coruja não estava lá.
Dias depois, os todos em Salem, sem exceção, juravam ver a ave em vários pontos da cidade, piando seu canto fúnebre e trazendo a morte das pessoas, como uma espécie de vingança, principalmente no dia em que terminava a terceira temporada do Circo Psicótico, onde o Palhaço Taquicardia se despedia de seu público, prometendo trazer histórias ainda mais macabras, dessas com cenários sombrios onde corujas piam alto, para dar um clima ainda mais aterrorizante.
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