Viviane Narrando A raiva dele atravessou a linha telefônica como um raio, e eu podia sentir cada centímetro da fúria do Malfeitor pulsando do outro lado. Era quase palpável, aquele cheiro de controle, possessividade e raiva misturado que ele carregava, e por mais que me deixasse tensa, eu não pude deixar de sorrir sozinha. Sabia, com absoluta certeza, que a Mércia ia ter o que merecia. A sensação de poder e justiça se misturava com o meu próprio prazer em manter a cabeça fria enquanto ele, lá dentro da cadeia, sentia cada batida do meu coração como um aviso: eu estava no comando da situação, e ele podia confiar nisso. — Então, ruiva… — ele começou, a voz rouca e carregada — tu tá confirmando que a Mércia tá usando meu nome? — Confirmadíssimo, Henrique. Ainda meteu banca, do jeito que eu

