Viviane Narrando
Fui andando devagar até a mesa, encarando aquelas flores como quem encara um desafio. Tentava imaginar quem poderia ter mandado ou se realmente era pra mim. O estômago já embrulhava só de pensar. Saí dos meus pensamentos quando ouvi um barulho lá fora — pesado, apressado. Nem dei muita moral, continuei andando até a mesa, peguei o buquê nas mãos: rosas grandes, vermelhas, cheias de espinho. O cheiro invadiu meu nariz, forte demais pra ser coincidência. Fechei os olhos por um instante, sentindo o coração ainda batendo forte por causa de tudo que tinha acontecido.
Respirei fundo, abri os olhos, a garganta seca. Foi aí que escutei as vozes. Yasmin e... o Paulo César. Deixei o buquê sobre a mesa na hora, virei na direção da porta, e ela se abriu. Yasmin entrou primeiro, com
