Jaime Beaumont
Faz um mês que minha vida virou do avesso. Trabalho feito um condenado, entre a empresa e o hospital. Apaguei minhas noites de farra, cortei os encontros sem compromisso, enterrei os bares e as mulheres fáceis. Tudo pra tentar enterrar junto o desejo que me consome por dentro… por uma mulher casada.
Hoje, depois de muita insistência do Pepe, topei sair. Mesmo bar da última vez. Mas com uma missão clara: eu preciso tirar esse corpo da seca. Quase dois meses sem t*****r — e isso pra mim é um milagre, ou melhor, uma tortura. Antes, um dia já era demais. Agora tô virando quase um monge.
— Fala, irmão — Pepe me cumprimenta com aquele sorrisinho de sempre.
— Vamos entrar logo — respondo, seco.
— Hoje a noite é nossa, moleque!
— Como sempre, né?
— Você que virou um careta, v
