Jaime Beaumont
Assim que entro no quarto, tiro o paletó, afrouxo a gravata e jogo o corpo na poltrona próxima à janela. Londres está escura, fria e silenciosa — o completo oposto da bagunça de sentimentos que carrego no peito.
Pego o celular e, sem pensar muito, disco o número da Mayara.
Uma chamada. Duas. Três…
Caixa postal.
Suspiro, frustrado.
Decido deixar uma mensagem:
"Oi, amor... Tentei falar com você, mas caiu na caixa postal. Estou com saudade. Muita. E antes que saiba por outros meios ou imagine coisas, quero te contar eu mesmo: vou jantar com a Rebeca hoje. Mas, por favor, não se preocupe. Esse jantar não tem nenhum outro propósito além de encerrar de vez qualquer ilusão que ela ainda tenha. Prometo que será rápido. m*l posso esperar pra voltar pro Brasil e te encher de b
