Samantha Cruz Desde que a May saiu de casa, estou com um aperto no peito que não me larga. Não somos irmãs de sangue, mas o que temos é ainda mais forte. São mais de onze anos de amizade, de segredos compartilhados, de quedas e recomeços lado a lado. Eu a conheço como a palma da minha mão, e o silêncio dela me apavora. Devia ter ido com ela. Sei disso. Ainda mais sabendo que o Gustavo já a agrediu outras vezes. Mas a May insistiu em resolver sozinha. Disse que precisava encerrar esse ciclo por ela mesma. Talvez ela estivesse certa… mas meu coração diz o contrário. Muita gente poderia pensar que fui uma péssima amiga por não denunciar aquele desgraçado da primeira vez que levantou a mão pra ela. A verdade? A vontade que eu tive foi de arrebentar aquele canalha até ele pedir pelo amor de

