Provações

1461 Words

As noites seguintes passaram com uma lentidão c***l. Por mais que Helena tentasse seguir com naturalidade, eu não conseguia. O veneno do ciúme havia escorrido para as veias da minha lucidez, me mantendo sempre em estado de alerta, como um animal ferido prestes a atacar. Henrique. O nome dele agora ecoava nos meus pensamentos como um martelo em ferro. A forma como ele olhou pra ela, como ousou tocá-la, rir com ela, provocando minha presença como se não passasse de um detalhe. E o pior: ele não recuou. Não teve medo. Não se intimidou. Como um fantasma que se recusa a ser exorcizado, ele voltou. ** Foi num jantar beneficente dias depois, promovido por um hospital particular da cidade. Eu e Helena chegamos juntos, mãos dadas, como sempre. Mas eu sentia. Havia algo no ar. Um incômodo, uma

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